Brasil

VIAJANDO PELO TOCANTINS: PALMAS, JALAPÃO E ARAGUAIA

 

Julho de 2022: depois de ficarmos dois anos e meio (desde janeiro de 2020) sem viajar para qualquer lugar, devido à pandemia de COVID-19, resolvemos fazer uma viagem pelo Brasil, para o estado do Tocantins, para conhecer a capital do estado (a cidade de Palmas, situada aproximadamente, na região central do estado), a região de cerrado do Jalapão situada à leste de Palmas e a região do Rio Araguaia (de transição do cerrado para a Amazônia) situada à oeste de Palmas. Nosso principal objetivo era não só conhecer o Jalapão e mergulhar nos seus famosos fervedouros (dentre outras das diversas atrações desta região), mas também conhecer a cidade de Palmas e a região do Rio Araguaia.

  


Jalapão – Ricardo e Divina em um dos fervedouros da região do Jalapão

 

Desembarcamos de nosso voo da Gol na cidade de Palmas e dedicamos algum tempo para conhecer esta cidade que foi planejada e construída para ser a capital de Tocantins. O estado de Tocantins surgiu em 1988 com a emancipação do norte de Goiás: ele é o mais recente estado das unidades que compõe a República Federativa do Brasil. Palmas foi criada em 1989, sendo construída no centro geográfico do estado e planejada para ser sua capital, o que de fato se tornou realidade em 1990.

 


Palmas - Aeroporto de Palmas com a Lua

 

Nós ficamos hospedados no Hotel Ibis de Palmas que é uma cidade realmente muito quente, portanto, é sempre bom andar com uma garrafinha de água junto, para se hidratar. No centro de Palmas, a nossa primeira visita foi à Praça Central da cidade, a Praça dos Girassóis que concentra uma série de monumentos, prédios importantes e atrações turísticas como o Palácio Araguaia, um Relógio de Sol, o Memorial Coluna Prestes, o Monumento aos 18 do Forte de Copacabana e as árvores e palmeiras com pássaros nelas, especialmente araras. 



Palmas - Divina em frente ao Palácio Araguaia

 


Palmas - Ricardo em frente a vitrais no Palácio Araguaia

 


Palmas - Ricardo em mural no Palácio Araguaia

 


Palmas - Relógio de Sol na Praça dos Girassóis




Palmas - Arara em praça central de Palmas



Palmas - Casal de araras voando sobre Palmas

  


Palmas - Memorial Coluna Prestes

 


Palmas - Monumento aos 18 do Forte de Copacabana

 

                 A Coluna Prestes foi um movimento liderado por Luís Carlos Prestes entre os anos de 1925 e 1927 (Prestes posteriormente conheceria e estudaria o marxismo, se transformando possivelmente na maior liderança comunista no Brasil) que percorreu o interior do Brasil (inclusive a região do atual estado do Tocantins) denunciando os desmandos do governo republicano da época (a famosa “república do café com leite” que basicamente atendia os interesses dos fazendeiros latifundiários de São Paulo e de Minas Gerais, daí o “café” e o “leite”). Os integrantes da coluna eram jovens oficiais que participaram das revoltas militares de 1922 (Revolta dos 18 do Forte de Copacabana) e 1924. A “República do café com leite” só cairia com a Revolução de 1930 liderada pelo gaúcho Getúlio Vargas, movimento este que, em certo sentido, também foi uma consequência da Coluna Prestes.

            Fomos também passear e nadar nas águas agradáveis do Rio Tocantins (é importante ficar em uma área do rio Tocantins cercada por telas para evitar as piranhas; em alguns pontos turísticos, a praia tem estas telas protetoras) que na altura de Palmas vira um grande lago comprido, pois ele é represado rio abaixo. Pegamos inclusive um barco e fomos até a Ilha Canela que fica no meio do Rio e é uma atração turística: de lá admiramos o belo Pôr do Sol no Rio Tocantins. Após o entardecer, quando voltamos da Ilha Canela, jantamos no Restaurante Rosa Madalena, situado na margem do Rio Tocantins.

 


Palmas - Rio Tocantins forma um lago em Palmas

 


Palmas - Divina na Ilha Canela

 


Palmas - Relaxando na Ilha Canela


 Palmas - Ricardo na Ilha Canela no Rio Tocantins

 


Palmas - Ilha Canela no final da tarde

 


Palmas - Divina no pôr do Sol no Rio Tocantins

 


Palmas - Vista de Palmas do barco no trajeto de volta da Ilha Canela

 


Palmas - Divina no restaurante Rosa Madalena

 

            Em um outro dia, fomos visitar o parque Cesamar que fica mais afastado do centro da cidade e que é conhecido pelas suas tranquilas capivaras que ficam pastando e fazendo pose para os turistas se aproximarem a poucos metros delas para que sejam tiradas fotos.

 


Palmas - Parque Cesamar - Eu Amo Palmas

 


Palmas - Parque Cesamar - Divina com capivaras



Palmas - Parque Cesamar - Iguana



Palmas - Parque Cesamar - Lagoa

 

            Fomos também conhecer locais como o “Palacinho” que é a primeira edificação de Palmas construída em 1989 (onde hoje funciona o Museu Histórico do Tocantins), a Feira do Bosque (onde experimentamos um delicioso caldinho) e o Cinesesc, onde assistimos um filme francês; fomos também em alguns momentos beber cerveja ou chopp gelado nos dois principais shoppings da cidade, o Shopping Palmas e o Shopping Capim Dourado.

 


Palmas - Palacinho, primeira construção de Palmas

 


Palmas - Feira do Bosque

 


Palmas - Feira do Bosque com caldinho quente

 


Palmas – Cinesesc no SESC de Palmas

 


Palmas - Chope gelado em Shopping de Palmas

 


Palmas - Divina bebendo uma cerveja gelada

 

   Compramos junto a empresa “Jalapão Trips” de Ecoturismo (<https://jalapaotrips.com.br/>) um passeio de 5 dias para a região do Jalapão que fica no cerrado em uma região mais montanhosa situada à leste de Palmas. Foi um excelente investimento: foram 5 dias fantásticos e tivemos um guia muito bacana, o Alex, que foi muito atencioso e nos proporcionou uma bela viagem. Recomendamos! Nesse tour pelo Jalapão, além do nosso guia Alex, tivemos no carro também a companhia da Dayane e da filha dela, a Duda (elas são da cidade de São Paulo), que foram boas companheiras de viagem, pois estavam em uma “vibe” muito bacana.

Aliás é importante avisar que NÃO dá para ir para o Jalapão com carro normal: só é possível viajar pelas estradas de terra que levam até o Jalapão usando veículos com tração nas quatro rodas. E mesmo assim é importante conhecer as estradas. Vimos turistas com carro com tração nas quatro rodas atolado nas estradas cheias de areia (as estradas estavam secas em nossa viagem e mesmo assim carros atolavam na areia seca, portanto, imagino que na época de chuvas sejam ainda pior). Portanto, recomendamos: para ir para o Jalapão, é necessário comprar um pacote com alguma agência de ecoturismo e relaxar deixando para o guia (que também é o motorista e é experiente) a tarefa de guiar até as belezas escondidas do Jalapão.

O Parque Estadual do Jalapão é uma região montanhosa situada na parte leste do estado do Tocantins, próximo com a fronteira deste estado com os estados do Maranhão, do Piauí e da Bahia. As duas maiores cidades da região (onde nos hospedamos) são Mateiros e São Félix do Tocantins.

 




Imagem - Mapa onde está situado o Jalapão à leste de Palmas (Fonte: Google Maps)

 


Jalapão - Estrada de terra pelo Parque Estadual do Jalapão

 


Jalapão - Eu Amo Jalapão, letreiro em Mateiros

 


Jalapão - Placa no Jalapão com inscrição “A Felicidade está nas coisas simples”

 


Jalapão - Ricardo com papagaio no Jalapão

 


Jalapão - Sabores de sorvete do Jalapão

 


Jalapão - Divina tirando uma sesta e descansando na rede na viagem pelo Jalapão

 

            No caminho até o Jalapão, passamos por cachoeiras e pontos turísticos interessantes, como a Pedra Furada, o Cânion Sussuarana e a lagoa do Japonês. Pudemos também desfrutar de um belíssimo pôr do Sol sobre um mirante interessante construído na forma de um “ninho”.

 


Palmas a caminho do Jalapão - Cachoeira escorrega Macaco

 


Palmas a caminho do Jalapão - Cachoeira do Roncador ou da Roncadeira

 


Palmas a caminho do Jalapão - Cachoeira do Evilson – Taquaruçu

 


Palmas a caminho do Jalapão - Hotel no final da primeira tarde do tour

 


Palmas a caminho do Jalapão - Pedra Furada, um grande bloco de pedra

 


Palmas a caminho do Jalapão - Divina na Pedra Furada em frente ao buraco maior esculpido pela ação da chuva e dos ventos

 


Palmas a caminho do Jalapão - Um buraco menor na Pedra Furada

 


Palmas a caminho do Jalapão - Lagoa do Japonês

 


Palmas a caminho do Jalapão - No barco na Lagoa do Japonês, com nosso guia Alex



Palmas a caminho do Jalapão - Ricardo na Lagoa do Japonês

 


Palmas a caminho do Jalapão - Subindo no mirante em forma de ninho para admirar o pôr do Sol

 

 Palmas a caminho do Jalapão - Ricardo e Divina durante o pôr do Sol



Palmas a caminho do Jalapão - Pôr do Sol sobre o cerrado no Jalapão

 


Jalapão - Placas com distâncias de localidades

 

            Dentre as várias atrações do Jalapão, uma delas foi visitar as suas famosas dunas, ao cair da tarde, em um horário em que o calor do Sol fica mais ameno.

 


Jalapão - Divina com a Serra do Espírito Santo ao fundo, perto das dunas

 


Jalapão - Sobre o carro com a Serra do Espírito Santo ao fundo

 


Jalapão - Serra do Espírito Santo ao fundo

 


Jalapão - Divina em um balanço com asas em um bar perto das dunas

 


Jalapão - Bar com música ao vivo perto das dunas

 


Jalapão - Divina nas dunas ao pôr do Sol

 


Jalapão - Divina, Ricardo, as dunas e a Serra ao fundo

 


Jalapão - Divina nas dunas do Jalapão

 


Jalapão - Divina e Ricardo nas dunas

 


Jalapão - Divina com areia das dunas

 


Jalapão - Ricardo e Divina com as dunas ao fundo

 


Jalapão - Divina com as dunas ao fundo



Jalapão - Admirando o pôr do Sol sobre as dunas

 


Jalapão - Pôr do Sol visto das dunas

 

            No Jalapão visitamos também uma prainha do Rio Novo, onde nadamos nas suas águas deliciosas.

 


Jalapão - Rio Novo

 


Jalapão - Prainha no Rio Novo

 

            Fizemos também um rafting em uma outra região do Rio Novo: foi libertador, descer as corredeiras sobre o bote inflável nas águas refrescantes do Rio.

 


Jalapão - Rafting no Rio Novo - Entrando no espírito

 


Jalapão - Rafting - Divina com flor da região perto do local de início do rafting

 


Jalapão - Rafting - Após a preparação inicial

 


Jalapão - Rafting – Início



Jalapão - Rafting - Durante a descida na correnteza

 


Jalapão - Rafting - final

 

            No Jalapão visitamos também a cachoeira do Rio Formiga e a cachoeira das Araras.

 


Jalapão - Cachoeira no Rio Formiga - Ricardo e Divina - entre os fervedouros 1 e 2

 


Jalapão - Cachoeira do Rio Formiga - vista da cachoeira

 


Jalapão - Cachoeira das Araras - Ricardo e Divina

 


Jalapão - Cachoeira das Araras – Ricardo

 

            Mas o grande destaque de qualquer viagem pelo Jalapão é visitar e nadar nos seus fervedouros. Visitamos 5 fervedouros e eu não vou me lembrar dos nomes deles, portanto vou numerá-los de 1 a 5, seguindo a sequência em que eles foram visitados (só o Fervedouro 3 que eu sei que se chama “Por Enquanto”).

Há mais de 100 fervedouros na região do Jalapão, sendo que cerca de 20 estão abertos parta a visitação. Em primeiro lugar, a água dos fervedouros é refrescante (ou seja, ela não está quente ou fervendo, como indicaria uma leitura literal do nome). O nome fervedouro vem do fato de que eles são, na verdade, nascentes de rios subterrâneos que, geralmente, não têm espaço para vazão da água e, por isso, formam uma espécie de piscina natural: com a pressão exercida para cima pela água que jorra do lençol freático, as pessoas ficam flutuando o tempo todo e não conseguem se afundar na areia dele, mesmo que tentem. A sensação de tentar afundar uma perna na areia de um fervedouro é indescritível e, na verdade, intrigante e muito divertida, pois a areia do fundo que parecia sólida acaba “se transformando em água”.

 


Jalapão - Fervedouro 1 com a Divina na escada de entrada do fervedouro

 


Jalapão - Fervedouro 1 com Ricardo e Divina dentro do fervedouro

 


Jalapão - Fervedouro 2 com Dayane, Divina, Duda e Ricardo

 


Jalapão - Fervedouro 2 com Divina e Ricardo

 


Jalapão - Fervedouro 3 - Entrada do Fervedouro Por Enquanto

 


Jalapão - Fervedouro 3 com Ricardo e Divina dentro do Fervedouro Por Enquanto

 


Jalapão - Fervedouro 3 com Ricardo e Divina na escada de entrada no fervedouro

 


Jalapão - Fervedouro 4 com Ricardo e Divina

 


Jalapão - Fervedouro 4 com Ricardo nadando

 


Jalapão - Fervedouro 5 - Na trilha para o Fervedouro

 


Jalapão - Fervedouro 5 com Ricardo na escada

 

            No encerramento do nosso tour de cinco dias pelo Jalapão, pudemos ainda parar para admirar a Serra da Catedral.

 


Jalapão - Serra da Catedral

 


Jalapão - Serra da Catedral sendo admirada sobre o carro

 

            Após o tour de 5 dias pelo Jalapão, de volta a Palmas, alugamos um carro para visitarmos a região do Rio Araguaia que fica no lado oeste do estado do Tocantins na área de transição de vegetação do cerrado para a floresta amazônica e mais próxima à fronteira com o estado do Pará. Fomos primeiro para a cidade de Caseara, situada na margem direita do Rio do Côco (que é um afluente do Rio Araguaia que se encontra com o Araguaia alguns poucos quilômetros ao norte, ou seja, rio abaixo, da cidade de Caseara) e perto da sede do Parque Estadual do Cantão. Em Caseara, ficamos hospedados na Pousada Sonho Meu.

 


Imagem - Estrada de Palmas às margens do Rio Tocantins até Caseara às margens do Rio Araguaia (Fonte: Google Maps)

 


Araguaia - Caseara

 

Fizemos alguns belos passeios de barco pelo Rio Araguaia, quando pudemos observar a flora e a fauna local, em especial, os pássaros da região.

 


Araguaia - Navegando pelo Rio Araguaia

 


Araguaia - Divina em praia do Rio Araguaia

 


Araguaia - Ricardo nas águas do Rio Araguaia

 


Araguaia - Margem do Rio Araguaia

 


Araguaia - Divina nadando no Rio Araguaia



Araguaia - Garça no Rio Araguaia

 


Araguaia - Final da tarde navegando no Rio Araguaia

 


Araguaia - Ricardo no Rio Araguaia no final da tarde

 


Araguaia - Pôr do Sol no Rio Araguaia com a Divina

 


Araguaia - Belo pôr do Sol no Rio Araguaia

 


Araguaia - Anoitecer no Rio Araguaia

 

            Passeamos também pelas trilhas do Parque Estadual do Cantão situado na região ribeirinha. A Divina chegou a ver um boto nadando perto da entrada pelo rio do Parque Estadual do Cantão.

 


Araguaia - Entrada no Parque Estadual do Cantão pelo rio

 


Araguaia - Divina vendo um boto na entrada do Parque Estadual do Cantão

 


Araguaia - Ricardo em trilha no Parque Estadual do Cantão

 


Araguaia - Sede do Parque Estadual do Cantão

 


Araguaia - Trilha no Parque Estadual do Cantão

 

            Fomos também conhecer a região da chamada Lagoa da Confusão, em um município de mesmo nome que é banhado pelos Rios Formoso e Javaé. Este município é conhecido por ser o maior produtor de arroz irrigado do estado do Tocantins, além de outras plantações, como de soja e de feijão, por exemplo.

 


Araguaia - Divina na Lagoa da Confusão

 


Araguaia - Ricardo na Lagoa da Confusão

 

            Atravessando de carro as plantações da região, foi possível perceber que muitos animais acabam por coexistir com essas plantações, como vimos nos casos de cervos, emas e tuiuiús.

 


Araguaia - Cervo em plantação

 


Araguaia - Ema em plantação

 


Araguaia - Tuiuiú perto de plantação

 

            Conhecer a região do Araguaia foi um passeio complementar fantástico à viagem que tínhamos feito antes pelo Jalapão. Após retornarmos para Palmas, antes de pegarmos o voo de volta para São Paulo, ainda deu tempo para irmos no cinema e assistirmos o filme “Elvis”, sobre a vida do famoso astro do rock: realmente o ator que interpreta o músico Elvis Presley fez um trabalho muito bom.

Logo após voltarmos dessa viagem para nossa casa em Maranduba (praia de Ubatuba, estado de São Paulo), aproveitamos o Sol para dar um banho nos nossos quatro vira-latas (Laila, Vênus, Leia e Nino): lavá-los e depois enxugá-los é divertido e eles gostam e curtem muito (e nós também), até porque eles sentem que estão sendo cuidados!

 


Maranduba - Divina enxugando os cachorros (Laila, Vênus e Nino) após o banho




Maranduba - Minha viralata Leia (que não saiu na foto anterior)

 

            Essa viagem para o Tocantins foi deliciosa e nos trouxe muitos bons momentos: especialmente viajar pelo Jalapão (a joia do Tocantins), pela nossa experiência, custa MUITO menos que uma viagem equivalente para o exterior, por exemplo, e é algo que de fato pode ser muito satisfatório e reconfortante. Quem nunca foi para o Jalapão, recomendamos muito conhecer essa região. Foi muito bacana, após dois anos e meio sem viajar, devido à pandemia de COVID-19, realizar uma viagem tão legal como essa para o Tocantins! 



VISITANDO A ILHABELA – MARÇO DE 2018


Em março de 2018 decidimos ir visitar a Ilhabela, junto com a Sueli, irmã da Divina. Conhecemos muitos locais bonitos e praias lindas. O único problema foram as picadas de pernilongos e borrachudos, mas sobretudo de um inseto bem pequenininho (parece um pontinho preto) que na maioria das vezes não dá quase para enxergar, mas que faz muito estrago e arranca muito sangue e é chamado pelos locais de “porvinha” (como um diminutivo de “pólvora”, ou seja, uma contração de “polvorazinha”). Abaixo mostramos algumas das fotos desta viagem.


Praia da Ilhabela



Passeando pela Ilhabela




 Ricardo com cachorrinho



 Esperando o barco para conhecer o outro lado da Ilhabela



Dentro do barco para ir até a praia de Castelhanos




Em praia durante o passeio de barco para Castelhanos




Praia de Castelhanos



Navio no canal entre São Sebastião e Ilhabela




Praia de Jabaquara



 Pedra do Sino



 Almoçando perto da Pedra do Sino



Obra de arte na Ilhabela




Ricardo na piscina do hotel




Ricardo, Sueli e Divina na balsa




Navio no porto de São Sebastião







PARAOLIMPÍADAS – RIO DE JANEIRO –

SETEMBRO DE 2016


No mês de setembro de 2016, pegamos o carro e fomos pela Rodovia Dutra para a cidade do Rio de Janeiro, para assistir os jogos das Paraolimpíadas e passear pela cidade maravilhosa.





Conhecemos as instalações do Parque Olímpico, por onde passeamos durante um belo dia com muito sol.













Assistimos a diversas competições de diferentes modalidades das Paraolimpíadas.





Pudemos também conhecer o sistema de transporte BRT, com ônibus em corredores exclusivos que iam até a Barra da Tijuca e foram construídos especialmente para os Jogos Olímpicos, uma conquista para a cidade e um dos legados das Olimpíadas para o Rio de Janeiro.  




Fomos também passear pelas praias da Barra da Tijuca.



Em seguida, pegamos o carro e fomos para a região da praia de Copacabana, cheia de turistas encantados com a cidade e a recepção afetuosa dos brasileiros.


  
No último dia das Paraolimpíadas fomos ao Maracanã, onde ocorreu uma bela cerimônia de encerramento.
















Foi um espetáculo belíssimo. Consideramos que as Olimpíadas foram muito importantes para o desenvolvimento brasileiro por permitir aumentar o fluxo de turistas estrangeiros para o Brasil. 


NOSSA EXPERIÊNCIA NO MINEIRÃO DURANTE A COPA 



         Nosso grande desejo era assistir um jogo da Copa AO VIVO! Num dia destes, faltando poucos dias para o início dos jogos, o site da FIFA decidiu vender ingressos a partir da meia noite de um dia de semana. Bom, tentei entrar no sistema pouco depois desse horário, mas, pelo visto, uma multidão teve a mesma ideia que eu; o site ficou em modo de espera. Solicitei então que tocasse uma campainha na hora que o meu pedido conseguisse ingressar no site, deixei o computador ligado no quarto e fui dormir. Por volta das quatro da madrugada, no computador tocou uma sirene em altíssimo som que parecia que um carro de polícia tinha entrado no quarto! Comecei então a tentar comprar ingressos, primeiro para jogos no Itaquerão e no Maracanã. Mas toda hora que tentava efetuar a compra, o site dizia que os ingressos já tinham sido vendidos para outras pessoas. Até que decidi tentar comprar um jogo para o Mineirão em Belo Horizonte (capital de Minas Gerais) e acabei conseguindo comprar dois ingressos para o grande clássico Colômbia versus Grécia, que ocorreria no dia 14 de junho de 2014, um sábado, as 13:00. No mesmo dia, reservei pelo site booking.com duas diárias para duas noites (as noites de 13 e 14 de junho) num novo hotel “econômico” de Belo Horizonte, o Soft Inn.

         Assistimos a abertura da Copa em nossa casa, no dia 12 de junho, quinta-feira, com nossas duas cachorrinhas vira-latas (a Laila e a Vênus) devidamente trajadas com lacinhos verdes e amarelos e com nosso sobrinho de Sorocaba, o Paulinho que estava passando uns dias aqui.






Como acompanhamento, bebemos diversas cervejas diferentes feitas de trigo que o Paulinho (que se mostrou um bom especialista no ramo) tinha escolhido numa ida a um supermercado da cidade: uma delícia! Aliás, diversas delícias! Foi um jogo emocionante, mas o Brasil ganhou da Croácia por 3 a 1. Então depois de muita comemoração, começamos a nos preparar para a longa viagem de Ubatuba até Belo Horizonte de carro que faríamos no dia seguinte: 720 km.
            No dia seguinte (sexta-feira, dia 13) acabamos acordando mais tarde do que deveríamos, tomamos café, terminamos de aprontar as malas e lá pelas 11:00 da manhã partimos. Fomos escutando alguns “podcasts” que baixei do site jovemnerd.com.br, uma dica que o Paulinho nos deu. Baixei vários (quase) 50 “podcasts”=debates sobre diversos temas “nerds”; alguns deles de análise de filmes como Matrix ou Blade Runner). Baixei estes podcasts (ou nerdcasts) em mp3 para um pen drive, para podermos escutar no aparelho de som do carro. Na viagem de ida e volta, creio que escutamos quase uns dez! Um bom passatempo para uma viagem longa como esta. Geralmente eu revezo no volante com a Divina, mas desta vez dirigi a ida e a volta inteirinha, pois não deu sono. Cada um dos podcasts tem em média de uma a duas horas de duração. Aqueles podcasts sobre assuntos mais nerds, como sobre ciência, tecnologia e ficção científica são bons, informativos e divertidos. Mas aqueles sobre história, não são tão bons: eles cometem alguns erros banais e acabam reforçando visões de senso comum, como o Paulinho já tinha me alertado.
Demos carona para o Paulinho até a rodoviária de Jacareí onde ele pegou um ônibus para São Paulo e de lá outro para Sorocaba. No caminho até Jacareí escutamos dois “nerdcats” interessantes: um sobre a história do Google e outro sobre o filme (e livro) “O Código Da Vinci”. Foi bacana, porque o Paulinho que já é um ouvinte destes nerdcasts há muito tempo, nos explicou bastante sobre este universo! Depois disso, escutamos na ida e na volta alguns outros interessantes podcasts, como por exemplo, aqueles sobre os seguintes temas: viagens no tempo; apocalipse; teorias da conspiração; a série Os Simpsons; Histórias Alternativas; o filme Blade Runner.
            Eu e a Divina pensamos que a Copa é boa para o nosso país e estamos percebendo que a mídia e alguns setores mais abastados da sociedade estão torcendo para as coisas darem errado durante a Copa, usando o raciocínio de que isto será bom para eles derrotarem a presidenta Dilma. Este é o raciocínio mais mesquinho que se pode ter: sabotar a copa é sabotar o Brasil (e não a Dilma). Todo mundo pode ter a opinião que quiser, é claro, sobre o governo da presidenta Dilma, mas torcer contra a Copa é de um primarismo tacanho! Se você pensa assim, talvez seja melhor parar de ler este texto... ou, quem sabe, tentar mudar de ponto de vista!
            Pegamos a Fernão Dias (a estrada federal que liga a cidade de São Paulo à cidade de Belo Horizonte), depois de Atibaia. Percorremos mais de 500 km dela e pagamos R$ 9,00 (nove reais), em seis pedágios de R$ 1,50 cada um. A concessão desta estrada foi feita no governo Lula em 2007 e adotou o critério de que ganhava a concessão, a empresa que oferecesse a menor tarifa de pedágio. Um critério bem diferente foi utilizado nas privatizações dos governos tucanos em SP e isto acabou redundando em pedágios caríssimos nas rodovias estaduais paulistas por 30 anos (que infelizmente ainda vão demorar para acabar)! É por isso que o pedágio da rodovia Imigrantes que liga São Paulo a Santos custa o absurdo de R$ 21,20 para apenas 74 km! E que outras rodovias estaduais paulistas têm também pedágios caríssimos. Os governos tucanos escolheram como critério, para a concessão, o maior valor de outorga (valor pago ao governo do estado e muitas vezes financiado por bancos públicos) e não o menor valor da tarifa! Alguns argumentam que a Imigrantes é uma rodovia melhor que a Fernão Dias, mas isto é uma meia verdade, pois ela seguramente não é mil por cento melhor! Aliás, em nossa viagem a rodovia Fernão Dias estava até que bastante razoável! Eu não sou contra pagar um valor justo de pedágio para a manutenção de uma estrada duplicada, mas sou contra ser literalmente roubado por uma tarifa absurdamente cara de pedágio, graças a privatizações com critérios duvidosos que na prática fazem grandes empresas lucrarem quantias descomunais de dinheiro à custa dos usuários destas estradas.
Chegamos no hotel Soft Inn de BH (Belo Horizonte) por volta das 22:00 da sexta-feira. Este hotel é de uma rede e funciona mais ou menos no mesmo estilo relativamente mais econômico (como o “ibis budget”, antigo “formule 1”) que outros hotéis de grandes redes. Estava funcionando há apenas duas semanas e naquela noite estava abarrotado de colombianos. Aliás, toda a cidade de BH foi invadida por colombianos com suas camisetas amarelas (parecidas com as do Brasil). Um texto publicado no blog do Luis Nassif, intitulado “A impressionante invasão colombiana na Copa do Mundo do Brasil”, afirmava: “Impressionado com a verdadeira invasão colombiana. Torcida absolutamente sensacional a colombiana presente no Brasil. E eles mandaram a torcida titular, a que é acostumada a jogos de futebol. Alguns falam em cerca de 100 mil colombianos no Brasil para ver a Copa do Mundo. Invadiram. João Saldanha já disse certa feita, nos anos 80, falando sobre o fanatismo do colombiano por futebol, que no dia que o Brasil sediasse novamente uma Copa do Mundo, os colombianos iam invadir em peso. Palavras proféticas. Torcida fanática impressionante. Impressionou a imprensa internacional e a todo mundo acostumado à Copa do Mundo. Não tenho a menor dúvida: a Colômbia jogará em casa no Brasil! Isso reflete o quanto os sulamericanos estão tratando a Copa do Mundo do Brasil como uma Copa do Mundo do continente. Eles também fazem parte da festa, como se fosse organizada no país deles.” Ele termina ressaltando um comunicado da FIFA sobre este jogo que diz: “O jogo foi em Belo Horizonte. Mas, se dissessem que era Bogotá, ninguém acharia estranho, tamanha foi a presença de sua torcida na arquibancada.” Pelas informações que temos não está ocorrendo somente uma invasão de colombianos, mas de argentinos, de mexicanos, etc. Isto é muito importante para a integração da América Latina e para nos aproximarmos mais de nossos vizinhos!
O Brasil gastou 8 bilhões de reais na construção dos 12 estádios. Outros cerca de 20 bilhões de reais foram gastos em benefícios reais para o país como em aeroportos, portos, metrôs, corredores de ônibus, etc. E somente durante o período de cerca de um mês que dura a Copa, os turistas estrangeiros deixarão no Brasil cerca de 30 bilhões de reais! Isto é mais do que tudo que foi gasto para que ela se realizasse. Para se ter uma ideia, de 2010 a 2014 foram gastos 825 bilhões de reais pelo governo brasileiro em educação e saúde no Brasil, cerca de 100 vezes mais do que o que se gastou nos 12 estádios! Aliás, segundo a FIPE-USP, somente a Copa das Confederações de 2013 acrescentou 9,7 bilhões ao PIB do país, mais do que foi gasto nos estádios! Segundo estudo da FGV, até 2019, a Copa vai gerar 183 bilhões de reais na economia nacional! E isso se refletirá no aumento da arrecadação de impostos que viabilizará mais gastos em educação e saúde por parte dos governos municipais, estaduais e federal. Ou seja, a Copa vai permitir que se gaste mais (e não menos) com educação e saúde. Quem coloca as coisas em termos de “estádios” contra “educação e saúde”, não está analisando o problema da perspectiva correta. Um ponto de vista que leva em conta a sinergia existente na economia é: os estádios são necessários para melhorar a educação e a saúde no país.
Na parte do hotel com as geladeiras de venda de bebidas (refrigerantes) e comidas rápidas (sanduiches frios já pré-prontos), conheci uma funcionária bastante jovem que estava trabalhando em seu primeiro dia no hotel, seu primeiro emprego. E ela estava se virando para atender à multidão de hóspedes colombianos. Perguntei o que ela achava dos coxinhas que são contra a Copa. Ela disse não entendê-los e achar um absurdo, pois assim como ela, muitos conseguiram seus empregos graças a Copa. Além disso, para o Brasil, a Copa é uma verdadeira alavanca para ajudar na melhoria das condições de vida, ao atrair centenas de milhares de turistas estrangeiros para o Brasil que vão gastar muito dinheiro aqui e gerar mais renda, riqueza e impostos que poderão permitir aumentar gastos com educação e saúde!
            Aliás, como já se afirmou a Copa dura um mês, mas os benefícios que ela produz são para a vida toda. Ficarão para a população das cidades brasileiras diversas obras de infraestrutura que aconteceram por causa da Copa, como a renovação dos aeroportos e dos sistemas de transporte. Do lado do hotel em que estávamos, por exemplo, passava o “Move”, um BRT (Bus Rapid Transit) que é na verdade um corredor com canaletas exclusivas e segredadas para grandes e rápidos ônibus, com o pagamento sendo efetuado nas estações de embarque (como ocorre no sistema de transporte urbano de Curitiba). As estações do Move são muito bem estruturadas.



        Este “Move” ia pela avenida Antonio Carlos do centro de BH até a lagoa da Pampulha (um belo passeio turístico de BH), passando pelo campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pelo Mineirão e também pelo bairro São Cristovão, justamente onde estava situado o nosso hotel Soft Inn. Quando pegamos este “Move” (R$ 2,85 por pessoa) para ir ao Mineirão estávamos em dúvida se deveríamos ir de táxi (de carro não queríamos ir por causa do problema do estacionamento), mas não nos arrependemos, pois o Move foi visivelmente bem mais rápido que os taxis e os carros da avenida ao lado do corredor, pois o ônibus ia sem obstáculos pelo corredor que estava situado no centro da avenida! São duas faixas de cada lado somente para os ônibus de modo que eles só param nas estações. Ou seja, é o transporte coletivo sendo priorizado em relação ao transporte individual. Este sistema se mostrou muito bem planejado, oferecendo transporte público de qualidade e com dignidade para a população que mais necessita deste tipo de transporte!
            Na ida, pegamos o Move na estação pertinho do hotel e descemos na estação do Move mais próximo ao estádio do Mineirão; percorremos os quarteirões finais a pé.



        A polícia estava com várias barreiras para impedir que os “Black blocs” e outros manifestantes violentos chegassem perto do estádio.



            Cerca de 200 destes “Black blocs” fizeram uma manifestação no centro da cidade a cerca de 10 km do estádio e foram contidos por cerca de 1200 policiais que encontraram com eles punhal, soco-inglês e outros “instrumentos”. Eu decididamente não aceito quem se manifesta cobrindo o rosto. Durante a ditadura as pessoas se manifestavam de cara aberta, assim como na campanha das diretas e na campanha pelo impeachment do Collor. Quem se manifesta escondendo o rosto é, por exemplo, o pessoal racista da KKK=Ku Klux Klan! Aliás, quem esconde o rosto é porque sabe que está fazendo algo errado e por isso tem vergonha do que faz!
             No caminho até o estádio, havia muitos estabelecimentos turísticos se adaptando para receber os turistas estrangeiros, inclusive no idioma!


            Enquanto isto, nas proximidades do estádio, torcedores colombianos e gregos se confraternizavam e se divertiam numa boa.



            O estádio estava abarrotado de colombianos (a torcida grega tinha algumas centenas de pessoas apenas) e também de brasileiros.



Total de pagantes: 57 mil. O Mineirão estava lindo e muito seguro. Há quase 20 anos, nos anos 90, estive num congresso acadêmico em BH e fiquei hospedado no Mineirão, em uns alojamentos para estudantes. O estádio foi reformado e estava bem diferente, muito mais bem estruturado e seguro. O sistema de segurança parecia de aeroporto, com raios X verificando tudo que os torcedores portavam: eu tive que tirar o cinto da minha calça para passar no detector de metais, por exemplo.


       
            No começo do jogo, uma decepção. A FIFA junto com a Globo decidiram televisionar apenas pouquíssimos 7 segundos do pontapé inicial em uma bola de futebol, dado por um jovem brasileiro paraplégico vestindo uma roupa robótica (exoesqueleto) conectada diretamente ao seu cérebro. Um desrespeito à ciência brasileira e ao cientista brasileiro Miguel Nicolelis que o idealizou. Para quem quiser saber mais sobre esta verdadeira sacanagem (me desculpem o termo) leia o artigo “FIFA dá ao exoesqueleto menos tempo que o de um comercial da Budweiser” disponível em: http://www.viomundo.com.br/denuncias/fifa-da-ao-exoesqueleto-menos-tempo-que-um-comercial-da-budweiser.html





            O estádio estava belíssimo por dentro, com toda aquela torcida colombiana vibrante. A visão do jogo era boa e estar tão perto da bola realmente é muito bom para quem gosta de futebol.


       
No final do jogo, alguns brasileiros “coxinhas” e playboyzinhos tentaram gritar xingamentos e impropérios para a Dilma, mas várias pessoas (inclusive eu) pediram para que eles tivessem mais educação e respeito, até mesmo devido ao fato de que se eles estavam ali assistindo aquele jogo era porque aquela pessoa que eles estavam xingando foi justamente quem ajudou a organizar todo o evento da Copa, dando a eles a oportunidade de estarem ali (uma lógica que penso que eles não conseguem entender)! Logo em seguida os xingamentos pararam. Mas deu para ver que os palavrões vinham de jovens com muita grana e pouca educação. Pelos preços dos ingressos para este e os outros jogos da Copa, os brasileiros mais pobres decididamente não estavam presentes. Deu para ver nitidamente, por exemplo, que existiam pouquíssimos negros no meio da torcida! A Dilma deu uma boa resposta aos que a xingaram, dizendo que durante a ditadura ela resistiu à tortura física e que não seriam uns xingamentos mal educados que iriam tirá-la de seus propósitos e fazê-la recuar de suas lutas. Creio que este episódio mais a ajudou; os que a estão xingando nos estádios, em sua suprema ignorância, nem conseguem perceber este fato: que estão justamente auxiliando o objeto de seu ódio irracional! Eles estão criando uma simpatia entre o eleitorado e a presidenta Dilma. Muitas pessoas pobres devem estar raciocinando: se os mais endinheirados desrespeitam e tratam com falta de educação a maior autoridade constituída do país, eles possivelmente tratarão os mais humildes de um modo ainda mais desrespeitoso e desumano.
            Percebemos que os mineiros (e os brasileiros de modo geral) estão sendo muito gentis com os turistas estrangeiros e mesmo com os turistas brasileiros, como era o nosso caso. Várias vezes, pessoas se prontificaram em nos ajudar sem sequer solicitarmos, como por exemplo, quando parecia que estávamos perdidos.
O estádio estava bonito e a torcida também, mas o time da Grécia estava muito fraquinho e foi derrotado facilmente pela seleção da Colômbia (por 3 a 0). Quando o juiz apitou o final de jogo, a torcida colombiana comemorou!




Devemos aqui lembrar que a Colômbia é o segundo país mais populoso da América do Sul, depois do Brasil e na frente, inclusive, da Argentina: é, portanto, um país muito importante com quem temos fronteiras. Tem muita gente que diz que gastos com estádios são supérfluos. Não concordo. O futebol é uma paixão nacional. O Brasil é o país com melhor desempenho em copas do mundo ao longo da história e tem campeonatos nacionais e estaduais importantes. Ter estádios confortáveis e seguros para os torcedores se divertirem é SIM muito importante. Estes estádios também serão um legado para o país depois dos 32 dias que dura a Copa, assim como as obras de mobilidade urbana e os aeroportos. Mas uma parcela daqueles que não gostam de futebol ou que nunca foram num estádio não conseguem enxergar isto.
            Após o jogo, saímos andando na direção do Mineirinho (o ginásio de esportes que fica ao lado do estádio) e rapidamente chegamos na Lagoa da Pampulha, um dos belos cartões postais da cidade.




Andando pelos caminhos que a contornam, chegamos rapidamente à famosa Capela de São Francisco.




Esta é seguramente uma das obras mais importantes do nosso grande arquiteto Oscar Niemeyer.




Ela estava aberta para visitações e entramos para conhecê-la por dentro. Foi aí que recebi um telefonema de meu irmão Roberto que estava ao lado da minha querida avozinha Sylvia que estava fazendo aniversário e com quem conversei pelo telefone. Foi uma feliz coincidência, pois ela, que está bem idosa, é uma católica praticante!
           Para comemorar, no final do dia, pegamos um outro ônibus (não era o Move) organizado para evento da Copa, para o centro da cidade (onde chegamos rapidinho e com segurança) e lá fomos a um restaurante comer um feijão tropeiro com picanha, enquanto assistíamos um outro jogo da Copa pela televisão: estava uma delícia!
O futebol é uma paixão no mundo todo. É o esporte que mais apaixona os seres humanos pelo planeta. Se calcula que cerca de 3 bilhões de seres humanos (metade da humanidade) assistirão aos jogos. É uma janela de visibilidade imensa para o Brasil e muito mais importante que todo o retorno financeiro que a realização da Copa em nosso país provocará. O Brasil tem condições de aumentar MUITO o número de turistas estrangeiros nos próximos anos. Esta janela de visibilidade ajudará a tornar isto realidade nos próximos anos. O boca a boca de quem gostou de vir para cá atrairá muitos outros turistas. O nosso país não tem problemas de fronteiras com seus vizinhos, tem ecossistemas belíssimos, cenários paradisíacos, um povo miscigenado receptivo, com uma música reconhecida no mundo todo, uma culinária única e deliciosa e uma cultura única. Tem tudo para ser um dos maiores receptores de turistas em termos mundiais. E o turismo é a indústria que mais cresce no planeta, tem um potencial para ser um setor econômico mais limpo que outros setores e gera MUITA riqueza. A imprensa estrangeira (que não tem os interesses em jogo e a tendenciosidade anti-governo da imprensa nacional) está elogiando a Copa de 2014. Vários jornais estrangeiros estão afirmando que a Copa do Brasil de 2014 está a caminho de ser a melhor Copa de todos os tempos. Jornalistas estrangeiros (da ESPN, do New York Times e da BBC, por exemplo) têm escritos artigos elogiando a infraestrutura das cidades e dos estádios da Copa. Segundo o jornalista inglês Jason Davis: “Se a Copa do mundo for assim como está sendo no Brasil, que todas as Copas do Mundo sejam no Brasil”. O canal Eurosport afirmou que com apenas quatro dias de jogos a Copa do Brasil já caminhava para ser a maior de todos os tempos.
Em termos psicológicos, o futebol é a sublimação da guerra, por meio pacíficos. Durante um mês, 32 países “fazem uma alegoria da guerra”, só que por outros meios e de um modo pacífico. Durante muitos séculos diversos destes países fizeram guerras sangrentas e de verdade entre si (e infelizmente diversos ainda continuam fazendo a guerra, muitas vezes por interesses de dominação econômica sobre outros povos). Parodiando o lema da juventude dos anos 70: faça o futebol (e o amor), não faça a guerra! A catarse coletiva no futebol se transforma em uma brincadeira. Em vez de “vamos invadir o país X”, a mensagem passa a ser “vamos derrotar a seleção do país X”. Em vez de “vamos massacrar os cidadãos de uma certa nação no seu território”, o lema passa a ser” vamos ‘massacrar’ o time desta nação dentro das quatro linhas do campo de futebol”. Em termos antropológicos, o futebol é um “fóssil” comportamental de quando corríamos atrás da caça pelas savanas africanas: agora nós (ou pelo menos alguns de nós que nos representam) corremos atrás da bola. O Carl Sagan em um de seus livros adota este ponto de vista para analisar o fenômeno da paixão esportiva. No lugar dos totens, que simbolizavam os povos antigos em suas lutas uns contra os outros, temos hoje os símbolos, os hinos e as camisas de cada seleção. E penso que o futebol atrai tanta atenção pelo fato de ser fácil de entender e barato: basta uma bola qualquer (pode ser de meia ou improvisada de outra forma – a bola não precisa ter características especiais como no caso do basquete) e um espaço aberto para já se sair jogando. Além de tudo, o fato de os resultados terem um baixo escore (2 a 1, por exemplo, ao contrário de outros esportes, como o basquete, onde é possível placares como 106 a 92), aumenta ainda mais a sua emoção, pois paradoxalmente aumenta a sua imprevisibilidade. Em esportes com placares com números grandes é quase impossível um time mais fraco ganhar de um mais forte. Mas no futebol isto não é tão improvável assim de ocorrer. A retranca (com contra-ataques mortais) que muitos técnicos usam é uma estratégia que, goste-se ou não, já deu muitos resultados positivos para times em inferioridade técnica.
No domingo (15 de junho), dia seguinte ao jogo que assistimos, tomamos café no hotel mesmo e as 11:00 pegamos a estrada de volta para Ubatuba. A volta foi tranquila e chegamos em casa por volta das 21:30.
Pelo que percebemos, ocorreu tudo bem, nestes primeiros dias da copa. Não está ocorrendo, até agora neste início de Copa, o caos que a grande mídia/imprensa previu. É bom lembrar que a revista Veja em uma de suas capas infames de alguns anos atrás previu que os estádios só estariam prontos para a Copa em 2038. E eu pergunto: Como uma revista como a Veja é ainda lida por quem pretensamente quer se informar de forma minimamente imparcial? Uma possível resposta: só se for por um leitor masoquista! Mas talvez existam outras respostas. Aliás, é bom lembrar que o maior partido de oposição no Brasil não é o PSDB ou o DEM, mas sim o “PIG=Partido da Imprensa Golpista” que manipula as informações de forma gritante, dentre outros motivos, pelo fato de ter seus interesses contrariados. Assim sendo, não alimente o fascismo: não dê dinheiro para a grande imprensa brasileira = Globo, Abril/Veja, Folha, Estadão, etc. Procure na internet outros meios mais interessantes para se informar. Há de tudo na internet, do melhor e do pior, basta ter discernimento e saber procurar. A grande imprensa brasileira clamou pela intervenção militar em 1964 e, com exceções mínimas, deu apoio ao golpe militar que acabou com a democracia em nosso país em 64. Esta mesma imprensa vai preparando o terreno para um golpe contra governantes eleitos que tenham uma plataforma progressista e de real desenvolvimento social em nosso país. A mídia claramente vai preparando o terreno psicológico para um golpe e muitos de seus articulistas e jornalistas são pagos regiamente para incentivar nos seus leitores uma intolerância sem precedentes contra o outro lado: movimentos sociais, partidos de esquerda, governos progressistas, sindicatos, ambientalistas, propostas políticas que visem a diminuição da ainda imensa desigualdade de nosso país, etc. É só ver o nível de agressividade dos comentários dos leitores nos sites g1 e da folha: nazistas é a única qualificação possível para muitos deles. Esta mídia está criando uma pequena horda de nazistinhas!
Mas os setores mais humildes do país vão percebendo a importância da Copa para o Brasil; assita, a este respeito, este curto e inteligente depoimento de uma catadora de material reciclado de BH: http://www.youtube.com/watch?v=0Sq70dWIQdY.



Um dia (depois de acabar a Copa) ainda vamos assistir a um jogo no Itaquerão. A construção deste estádio é fundamental para a economia da Zona Leste (ZL) da cidade de São Paulo. Se calcula que a ZL tem 4 milhões de habitantes, mas que o Uruguai. É a região mais populosa e a mais pobre da maior cidade do país. E o coração da maior torcida brasileira. Não sou corintiano (a Divina é), mas tenho que me curvar aos dados. A cidade de São Paulo comporta sim este estádio; a inveja de alguns torcedores de outros times impede alguns de perceber isto. Muitas das pessoas de classes mais altas que estão indo assistir aos jogos no Itaquerão, nunca tinham estado em Itaquera na vida! E estão deixando lá seu rico dinheirinho. E gerando riqueza nesta região pobre da cidade. O principal problema de locomoção da cidade são os milhões de pessoas que têm que se locomover da ZL para trabalhar em outras regiões da cidade, saturando a linha leste-oeste do metrô, por exemplo. Gerar empregos de boa qualidade perto da moradia destes cidadãos é fundamental para termos uma cidade mais justa e mais sustentável.
Parte da classe média alta continua reafirmando o ponto de vista míope de que seria melhor se a Copa ocorresse em outro país. É um pouco da síndrome de vira-lata, misturada com um sentimento ruim de querer se diferenciar socialmente por meio de uma experiência que os outros (os mais pobres) jamais conseguirão ter – é o que está por trás da famosa propaganda televisiva da criança que repete para uma outra criança o mantra “eu tenho, você não tem, eu tenho você não tem”: um brinquedo, um carro, uma casa, um objeto de consumo caríssimo, etc. Para ir aos estádios tem que ter dinheiro, é claro, mas para vivenciar a experiência de conviver em um país durante um mês em que ocorre um evento como a Copa neste país, basta estar vivo e sair nas ruas! E isso vale para todo mundo – ricos, classe média e pobres. O sucesso da Copa vai aos poucos matando o sentimento ruim existente por trás do bordão “imagina na Copa”.
É claro que há alguns ajustes que estão sendo feitos conforme a Copa vai ocorrendo, nos hotéis, no sistema de transportes, nos estádios, nos aeroportos. Estes ajustes finais acabam acontecendo em qualquer lugar do mundo, é óbvio. Mas pelo que vimos e soubemos, até agora tudo está ocorrendo de modo organizado durante esta Copa que está sendo sediada em nosso país.
Entre um bando de militontos de extrema-esquerda que saem quebrando tudo com as caras cobertas por máscaras e um monte de reacionários de direita sem sensibilidade social e que se manifestam pelo fim dos programas de transferências de renda para a população mais pobre do país, ficamos com o caminho que o governo federal vem seguindo na última década, ao tomar ações concretas e sustentáveis politicamente para diminuir com as desigualdades existentes e infelizmente ainda muito fortes no Brasil.



Como torcedores brasileiros queremos que a nossa seleção ganhe a Copa. Apesar de que racionalmente analisando, as chances parecem não ser tão grandes. Mas como cidadãos brasileiros queremos em primeiro lugar que ocorra tudo nos conformes durante a Copa de modo a receber bem os turistas, a colaborar com o desenvolvimento social do Brasil e a ajudar na construção de um país mais justo.
 


GOIÁS E DISTRITO FEDERAL

Nossa experiência no novo Estádio Mané Garrincha de Brasília

Férias de julho de 2013: fomos passear pelo Planalto Central! Como tínhamos um Congresso para participar em Brasília, decidimos passear antes pelas suas redondezas no estado de Goiás. Primeiro fomos conhecer alguns parques e museus de Goiânia. Goiânia é uma cidade planejada e conta com belos e tranquilos parques para passear e relaxar.


       
No museu histórico (em estilo Art-Déco) que está situado na antiga casa de Pedro Ludovico (que ajudou no planejamento e na fundação de Goiânia nos anos 1930/1940), tivemos uma excelente guia que nos explicou toda a história de Goiânia e de como a sua construção foi na verdade um laboratório para a construção de Brasília alguns anos depois. 





O  Zoológico da cidade está  situado num belo parque perto do centro da cidade e tem uma parte somente dedicada aos belos pássaros de nossos país. Dentro do Zoológico há até um pequeno museu de zoologia!




Depois fomos nos banhar nas águas quentes de Caldas Novas. Lá pudemos conhecer a boa infraestrutura do Sesc que trata os usuários sempre com profissionalismo. E também nos divertimos muito no Hot Park que fica no município vizinho de Rio Quente.  Como é bom nadar em águas quentinhas...



Finalmente passamos alguns dias na bela cidade histórica de Pirenópolis, onde nos hospedamos numa excelente pousada em estilo colonial que foi a casa do embaixador do Brasil na Indonésia (chama-se “Pouso, café e cultura”)! Sair para passear pelas ruazinhas da cidade foi uma delícia, sobretudo para quem curte belas construções coloniais,






Nos banhamos em cachoeiras frias (como a do Abade, a de Santa Maria e a do Lázaro).



A água estava gelada, mas foi impossível resistir...



Fizemos também algumas interessantes e belas trilhas.


Numa das trilhas para uma das cachoeiras, encontramos uma pequena (mas venenosíssima) jararaca. 


E escalamos o pico dos Pirineus para ter uma visão de 360 graus da região com seus vales.



Acabamos ficando lá para admirar um belo por do sol!
 


Mas no meio destes passeios, descobrimos que no dia 14 de julho, o clássico Flamengo versus Vasco do futebol carioca iria ocorrer no novo Estádio Mané Garrincha de Brasília. Decidimos que iriamos reprogramar a viagem para dar tempo de ir ver este jogo. Abaixo vão algumas impressões sobre esta nossa experiência! São, vamos dizer assim, reflexões de cunho pessoal com algumas dicas.


Em primeiro lugar o preço mais barato para ver tal jogo era de R$ 50 (já a meia), o que eu penso que é um pouco salgado para muitos torcedores mais pobres. Uma das críticas feitas aos jogos da Copa das Confederações, era que na torcida predominavam pessoas da classe média alta, com muito poucos torcedores negros, por exemplo! Talvez os ingressos fossem mais caros, mas neste jogo que vimos deu para sentir que havia uma boa representação da população miscigenada que constitui o povo brasileiro. Mas fica a pergunta: e na Copa do Mundo? Como será?



O Flamengo está realizando um monte de jogos aqui em Brasília para forçar a nova administração do Maracanã a fornecer melhores condições financeiras para o time que tem a maior torcida do Rio (ou do Brasil, como eles gostam de dizer). E a torcida do Mengo aqui no Distrito Federal (DF) é imensa: o time considera esta a sua segunda casa! E eles têm lotado o estádio Mané Garrincha, com públicos superiores a 60 mil pagantes e rendas superiores a 4 milhões de reais...



Bom, já dá para perceber que não é verdade a crítica que dizia que este estádio seria um elefante branco, por Brasília não ter ainda times locais na primeira divisão do futebol brasileiro. O estádio pode ser o local de muitos jogos de times de fora do DF ou mesmo de jogos internacionais como foi o caso da Copa das Confederações. E também de shows. Há algumas semanas ocorreu no Mané Garrincha um show em tributo a Renato Russo que inclusive viveu e cresceu aqui na capital do Brasil. Segundo muitos foi um belo show com diversos nomes importantes da música brasileira e inclusive uma “ponta” do próprio homenageado cuja imagem apareceu cantando na forma de holograma. E dentro de dois meses vai ser a cantora Beyoncé que se apresentará no estádio Mané Garrincha e em 3 meses será a vez do Aerosmith. Portanto, este estádio tem tudo para se viabilizar economicamente e não ser um elefante branco!


O Estádio Mané Garrincha é belíssimo visto por fora e ainda mais bonito visto por dentro. A visão do campo é excelente de todos os pontos do estádio. Ele está nos padrões da Fifa, é acessível a pessoas com dificuldades de locomoção/cadeirantes e utiliza de técnicas de construção sustentáveis em termos ambientais, reutilizando águas da chuva, por exemplo, para o uso nos banheiros. E o estádio está a uma pequena distância do Setor Hoteleiro de Brasília onde estávamos hospedados (e também da Estação de Metrô que traz a população mais pobre da periferia da cidade), de modo que deu para ir e voltar a pé! A segurança proporcionada pela polícia do DF foi bastante efetiva, apesar de discreta. E os bombeiros estavam presentes para qualquer emergência. Tudo bem organizado. Tinha muita família, muitos casais jovens, muitas crianças e muitas mulheres assistindo ao jogo, o que foi um sinal do clima de segurança existente. Mas é bom avisar que para crianças bem novinhas, este parece ser um bom momento “educativo” para aprender uma grande parcela dos palavrões existentes. Achamos interessante quando em algumas manifestações de junho, alguns manifestantes reivindicaram educação pública e saúde pública padrão Fifa: é sinal de que a sociedade está percebendo que os estádios estão sendo entregues de forma correta e, salvo alguns imprevistos, com os padrões internacionais de qualidade exigidos pela Fifa. E já que conseguimos melhorar a qualidade nesta área, podemos e devemos também melhorar a qualidade de serviços públicos como saúde e educação!





Agora, que nos desculpem, mas os manifestante que pedem para cancelar a Copa, estão na verdade querendo que o Brasil dê um tiro no pé! Todos os gastos têm que ser fiscalizados e eventuais abusos e desvios devem ser punidos, é claro! Mas é muita tolice (desculpem-nos a expressão) pedir o cancelamento da copa e/ou assustar possíveis turistas estrangeiros, justamente agora que os estádios e as obras estão ficando prontos, justamente agora que vão começar a surgir os benefícios e a renda que vai ser gerada por estas obras, de modo a justificar os gastos feitos. As contas aproximadas em números redondos é que nos estádios para a Copa vão ser gastos cerca de 7 bilhões de reais com outros 20 bilhões de reais que serão gastos na infraestrutura que garantirá a mobilidade urbana nas 12 cidades sede da Copa: metrôs, trens, corredores de ônibus, aeroportos, etc. Quando as pessoas reclamam que o Brasil gastará cerca de 30 bilhões com a Copa, se esquecem que a maior parte destes gastos é com obras que vão melhorar muito as condições de transporte nestas cidades e que vão ficar como um legado para após a Copa. Bom, só para ter ideia de comparação, um estudo da FGV que pode ser acessado facilmente pelo google afirma que a Copa trará um benefício de R$ 142 bilhões: a Copa é, portanto, um excelente negócio para o nosso país. Há é claro outros estudos que apontam para ganhos diferentes para o país, mas é ÓBVIO que a realização da Copa no Brasil abrirá uma imensa oportunidade de visibilidade para o país no mundo, de modo a alavancar o turismo que pelas qualidades de nossa nação (história, cultura, praias, ecossistemas, paisagens, música, comida, etc) tem condições potenciais de atrair muito mais estrangeiros, gerando renda e emprego em nosso país que podem ajudar a diminuir a miséria e a pobreza extrema, deixando o país mais justo! É justamente com mais turistas estrangeiros gerando uma maior arrecadação de impostos que poderemos gastar mais com educação pública e saúde pública. Aliás, basta perceber a disputa entre as nações para sediar a Copa do Mundo (e o mesmo vale para as Olimpíadas) para perceber o erro crasso daqueles que saem em manifestações pedindo o cancelamento da Copa!


Compramos os ingressos pelo site do Flamengo quando ainda estávamos em Caldas Novas e aí está uma coisa que precisa melhorar muito. Compramos pelo cartão de crédito e depois de inserirmos todos os dados, o site não confirmou a compra, acusando erro. Achamos que a compra não tinha sido efetuada e tentamos comprar os dois ingressos de novo. Na verdade, descobrimos, alguns minutos mais tarde, que tínhamos feito uma compra em duplicidade. Para cancelar a segunda compra foi um calvário: tentamos entrar em contato INÚMERAS VEZES por dias a fio (durante, e atrapalhando, a viagem) com o Banco, com o Flamengo e com a empresa que o banco indicou como sendo a responsável pela venda, mas nada. Quando chegamos em Brasília no sábado, alguns dias depois, fomos imediatamente ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães onde retiramos os ingressos e onde nos foi informado que a segunda compra tinha sido cancelada (mas esta informação ainda não foi confirmada pelo Banco – ainda estou desconfiado). Portanto, cuidado incautos torcedores para não comprar ingressos em duplicidade pela internet! Para relaxar no final da tarde de sábado, subimos no alto da Torre de Brasília. 


 De lá deu para ver a cidade no fim da tarde: uma visão belíssima (e um passeio gratuito).


Perto da Torre tem uma feirinha de artesanato e venda de outros badulaques, onde é possível comprar coisas interessantes. Na noite de sábado fomos a uma casa chamada Clube do Choro assistir a um show maravilhoso de uma banda de músicos brasilienses chamada Kervansarai; eles misturam ritmos de vários países e culturas: Turquia, sul da Espanha, Egito, Líbano, norte da África, Azerbaijão, etc. Aliás, os embaixadores da Turquia e do Azerbaijão estavam presentes prestigiando este show.  O Kervansarai se autodenomina como uma banda de ritmos mediterrâneos. Aliás, caravançarai era o nome das hospedagens que abrigavam aqueles que viajavam com seus camelos pelos desertos do mundo árabe: aprendi isto lendo o livro “O homem que calculava”. Os músicos do Kervansarai são excelentes: procurem no youtube e deleitem-se!


Para quem quer conhecer muita coisa legal e gratuita e ao mesmo tempo aprender história, reserve um domingo em Brasília para, começando bem cedo de manhã, fazer quatro belos passeios guiados: pela ordem visitamos o Palácio do Planalto (onde a presidenta Dilma trabalha durante a semana), o STF (Supremo Tribunal Federal), o Palácio Itamaraty (sede do Ministério das Relações Exteriores) e o Congresso (Senado + Câmara). Dica crucial: as três primeiras visitas (Palácio do Planalto, STF e Itamaraty) guiadas só podem ser feitas aos domingos!Aliás, a tentativa de destruição do Itamaraty por vândalos mascarados durante uma das manifestações de junho foi algo deplorável; pudemos observar as marcas de destruição deixados por eles. Manifestação pacífica é um direito da cidadania! Manifestação violenta feita por gente mascarada que tenta destruir o patrimônio público é algo que beira o fascismo: lembra, por exemplo, a Ku Klux Klan (como seus capuzes) e toda a intolerância associada a esta organização norte-americana racista e de triste história! Quem luta por algo justo não tem porque esconder o rosto!

O Palácio do Itamaraty é uma construção belíssima, um verdadeiro ícone da nossa arquitetura.

 
Já o prédio do STF tem na sua frente a estátua da justiça representada como uma mulher com os olhos vendados: “a justiça é cega” no sentido de que não pode privilegiar nenhum dos lados, e para fazer isto, não pode ver quem são as partes em conflito, para não ser tendenciosa.


     
O Palácio do Planalto é onde trabalha a nossa presidenta Dilma. Nos finais de semana fica aberto para visitação. Nele, curvas e retas combinam-se para passar a sensação de harmonia.






Quando ainda estávamos passeando pela praça dos três poderes, conhecemos umas figuras que estavam andando de bicicleta com cachorros. Um deles conseguia levar três cachorros na bicicleta junto com ele. Detalhe: os cachorros subiam sozinhos para ficar o menorzinho numa cestinha e os outros dois sobre as duas coxas do sujeito. Eles até são de um grupo que se autodenomina “Dogs on bike”! Para quem é cachorreiro como a gente, foi divertidíssimo.




Finalmente, visitamos o Prédio do Congresso Nacional, com os dois “pratos” representando as suas duas casas: a Câmara dos deputados e o Senado. Se de fato a conduta de muitos parlamentares deixa a desejar, também é fato de que todos os parlamentares foram eleitos pelos nossos votos e que não há democracia plena sem um parlamento forte e representativo. Um bom conselho para quem está descontente com o seu parlamentar é tentar votar melhor nas eleições que acontecem com liberdade e periodicamente em nosso país desde saímos da ditadura militar!






Terminamos as 4 visitas guiadas lá pelas 16:00, a ponto de ir comer alguma coisa rapidamente e, em seguida, rumar para o novo Estádio Mané Garrincha: o jogo começou as 18:30. Visto de fora é uma arena belíssima.



Julho é bem seco em Brasília, portanto o céu da noite estava limpo de modo que nenhuma chuva poderia prejudicar o espetáculo. As duas torcidas chegaram em peso ao estádio mais de duas horas antes do jogo: até o início da partida ficaram brincando, se divertindo e escutando as músicas que tocavam pelo sistema de som do estádio. Não é possível entrar no estádio nem com latas de bebidas, nem com garrafas tanto de vidro (obviamente) quanto de plástico, por razões de segurança! Bebidas lá dentro somente são vendidas em copos de plástico. A torcida do Flamengo era muito maior que a do Vasco, mas mesmo assim, esta última fazia um bom barulho, desafiando e provocando os rubro-negros. Segundo foi argumentado, o fato de terem vindo muitos cariocas na transferência da capital do Rio para Brasília, acabou fazendo com que as torcidas para times cariocas aqui sejam maiores que as torcidas para times paulistas; mas mesmo assim, parece que aqui também há muitos corintianos, ô praga (brincadeirinha... assim os corintianos vão ficar bravos comigo...). Bom, me desculpem os cariocas, mas me parece que o futebol deles está meio ruinzinho, porque os dois times realmente não jogaram bem. Mas como o Vasco jogou ainda pior, o placar final foi Flamengo 1 versus Vasco 0, com gol do Paulinho ainda no primeiro tempo. Vitória merecida do Mengo!








Um país desenvolvido e justo é um país que fornece serviços públicos (tais como educação e saúde) de qualidade e gratuitos para toda a sua população. Mas é um país que também fornece condições de lazer com qualidade e acessíveis para esta mesma população: arte, cultura e, porque não, futebol (que não deixa também de ser uma arte). Quem contrapõe o lazer e a diversão em geral (incluindo o futebol que é uma paixão nacional) à educação/saúde, como se fosse ou um ou outro, tem uma visão muito pequena do país, da sociedade, do ser humano, do mundo. É mais ou menos como achar que o Brasil não pode ter um programa espacial porque ainda tem gente que morre de dengue! É muito limitado achar que é uma coisa contra a outra: é não perceber a complexidade do mundo, da vida, do ser humano, das coisas... Mas vá lá, democracia é aceitar a liberdade de expressão mesmo de ideias absurdas (desde que, obviamente, não violem os direitos de outros, como é o caso das ideias racistas). Portanto, em nome do espírito democrático, eu respeito aqueles que defendem tais ideias contrárias à Copa no Brasil, mas discordo totalmente. E, no que depender de nós, o Brasil vai realizar uma bela Copa do Mundo! Vamos torcer para as coisas darem certo, tentar ajudar a corrigir aquilo que esteja errado, receber e tratar bem os turistas estrangeiros e vamos também nos divertir um pouco, porque ninguém é de ferro! Em resumo, assistir a um clássico como este, com toda a festa das torcidas neste belo estádio Mané Garrincha foi uma experiência inesquecível!

No final do jogo, a saída dos torcedores ocorreu de forma tranquila, organizada e bem rápida. Deu até para admirar melhor a interessante estrutura interna desta belo Estádio. 



Foi um belo espetáculo: valeu obviamente todos os reais que gastamos para ver este jogo, pelo espetáculo proporcionado pelo jogo de futebol e pela torcida. Para quem está torcendo contra o Brasil e contra a Copa, fica aqui uma provocaçãozinha, invertendo o significado de uma expressão que muitos destes “contrariados” utilizam: “Imagina na Copa!” Com certeza vai ser muito, mas muito mais bonito ainda.

A Divina dedicou então todos os dias da semana seguinte para participar do XXXIV Congresso Interamericano de Psicologia.








Lá nos encontramos com as simpáticas professoras Ceneide Cerveny (orientadora de doutorado da Divina) e Rosa Macedo da PUC-SP.








Durante este evento a Divina apresentou o trabalho intitulado “Essa imagem refletida no espelho não é minha”.




Enfim, muitos torcem o nariz, mas Brasília é belíssima. Na frente da Torre de Brasília há uma praça com um chafariz e jatos de água iluminados. A visão de todo o Eixo Monumental com as suas famosas construções formou um cenário belíssimo para o fim da tarde na capital de nosso país.


PARANÁ - CURITIBA





O XI Encontro Nacional de Educação Matemática (XI ENEM) ocorreu na PUC-PR em Curitiba (PR), entre 18 e 21 de julho de 2013. Durante os trabalhos, o Ricardo tirou uma foto com seus 7 orientados do curso de Licenciatura em Matemática do IFSP-Caraguatatuba que foram ao evento. Da esquerda para a direita: Débora, Gabriel Lúcius, Gabriel Maia, Ricardo, Franciele, Caroline, Gilberto e Márcio.
 


Ao todo participaram 15 estudantes do curso de Licenciatura em Matemática do IFSP-Caraguatatuba. Abaixo, a foto com todos eles!



 

ESTADO  DO  PARÁ


RIO TAPAJOS

Julho de 2011: estamos em plena floresta Amazônica, no oeste do Pará, na cidade de Santarém, na frente de onde o rio Amazonas (barrento) encontra-se com o rio Tapajós (de águas da cor de guaraná e imenso chega a ter 18 km de largura e quase não dá para ver o outro lado). Ao encontrar-se, as águas do Amazonas e do Tapajós não se misturam por quilômetros. Nadar no Tapajós é delicioso, como temos feito todos os últimos dias!
Ficamos 4 dias em Alter do Chão (30 km de Santarém).

Se no final do ano o “Sim” for aprovado no plebiscito que ocorrerá aqui no Pará, Santarém será a capital do estado do Tapajós! Há argumento dos dois lados ... Mas o pessoal aqui do Tapajós se sente desamparado pelo governo estadual do Pará devido às imensas distâncias até Belém. Já quanto ao possíveis estado de Carajás, as questões envolvidas parecem ser outras.


Amanhã (SEXTA de manhã) vamos pegar o barco Amazon Star (dá para ver na web) até Belém (chega no domingo de manhã). Dois dias para não fazer nada no barcão, sem internet, sem celular, lendo um bom livro e curtindo o Rio Amazonas que é o mais caudaloso do mundo...

Depois, domingo mesmo, assim que chegarmos no porto pegamos um outro barco de 3 horas para a ilha do Marajó onde ficaremos uns 3 dias...


Fizemos vários passeios de barco em Alter: para o Lago Verde e a Floresta Encantada, para a Ilha do Amor, para a Foz do Tapajós ver o por do sol, etc.

Mas foi em Alter do Chão que fizemos um passeio fantástico para a Floresta Nacional (FLONA) do Tapajós, uma reserva federal. Andamos 1 hora e meia de lancha subindo o rio Tapajós até chegarmos a uma comunidade ribeirinha que recentemente recebeu benefícios como energia elétrica e mesmo acesso a celular: chama-se Maguary. Fizemos então uma caminhada de 4 horas por uma trilha até uma árvore imensa, uma Samauma que precisa de mais de 20 pessoas para ser “abraçada”...  Na ida combinamos com a matriarca da comunidade (todo mundo lá é parente) a preparação de duas galinhas para as 10 pessoas da caminhadas (tinha duas mineiras, três alemães, e uma família de Campinas). Ao voltarmos as galinhas estavam uma delícia! Mas os vegetarianos não fiquem bravos: no caminho fizemos um minuto de silêncio em homenagem às duas!


Na volta, paramos em umas praias deliciosas, observamos um boto na entrada de uma baia caçando (ou melhor pescando) peixes e vimos o sol se por do outro lado do Tapajós! Um passeio inesquecível!


Domingo a noite houve uma festa em Alter: a festa Borari em homenagem a cultura de índios da região. Se apresentou um grupo de dança de carimbó (típica daqui) muito bom. Como em Parintins tem o Garantido e o Caprichoso, aqui tem o Boto Cor de Rosa e o Boto Tucuxi, que competem em música, dança e animação como nos desfiles de carnaval do Rio! Houve uma exibição de alguns membros do Boto Cor de Rosa, como a Cabocla e a Rainha do Artesanato. Mas o mais legal foi a Sedução do Boto (um rapaz elegantemente vestido todo de branco) para com uma bela moça seduzida pelos encantos daquele boto!


E legal também foi ver a farra das crianças com a cobra “mimboia”, uma lenda da região: uma “cobra” imensa entra no campo aberto (como os dragões imensos na China, com gente carregando por dentro) com alguns indiozinhos (curumins) e indiazinhas (cunhatans) cavalgando a cobra. E uma hora, quando o animador dá a permissão, uma multidão de crianças que estão no canto do campo correm para entrar no “bucho” da cobra e a um novo comando elas rasgam todo o “couro” da cobra (que é feita de um tecido fino) e cada criança é estimulada a guardar um pedaço do couro dela! Muito legal e divertido!


Perto de Alter fomos também conhecer a cidade de Belterra. Nos anos 1920 o Ford tentou estabelecer a cidade de Fordlândia bem no alto do Rio Tapajós, mas não deu certo. Então nos anos 30 ele tentou fazer o mesmo em Belterra, mais perto de Santarém e também “faliu” 10 anos depois: era para ser uma cidade sem nenhuma intromissão dos governos brasileiros; no projeto 11 mil brasileiros trabalhariam na produção de látex, com toda a infraestrutura, educação, saúde, etc  providenciada pela empresa do Ford! Mas o ritmo pesado de trabalho não atraiu os ribeirinhos que eram de certo modo “livres” a beira dos rios e vivendo deles (peixe, água, transporte, etc). Mas, por outro lado, também não é bem assim, pois como vimos, a vida dos ribeirinhos é muita dura, e não pode ser “romantizada”. O empreendimento do Ford em Belterra teve no máximo 3 mil trabalhadores. No museu de Belterra, a Monica nos guiou e gentilmente nos deu uma verdadeira aula sobre a história do local. Seu site é: http://www.monicadebelterra.blogspot.com/. Somos muito gratos a ela (até ganhamos um DVD sobre a história da região)!

 Hoje, em Santarém, no museu Dica Frazão, conhecemos a própria Dona Dica Frazão, uma senhora com 90 anos e muito lúcida. Ela foi uma mulher revolucionária na Moda Brasileira: no meio do século XX, começou a costurar belos vestidos feitos de materiais da região amazônica: folhas, raízes, palha, flores, fibras...



São belíssimos! Roupas delas estão no museu do Vaticano e vestem a rainha da Bélgica! Danada! Ela mesmo nos guiou pelo museu (devagarinho, com o seu andador, mas contando tudo, por quase uma hora, antes do almoço dela)! Ela nos deu uma verdadeira aula sobre moda, arte, vestimentas e história.
Depois fomos no Centro Cultural João Fona, cujo atual diretor é um grande artista da região, o Sr. Laurimar Leal, que apesar de estar cego, nos recepcionou e contou histórias sobre seus quadros e suas pinturas: outra aula. Nos anos 30, Santarém teve uma prefeita (foi a segunda mulher prefeita do Brasil) que ele pintou e cujo quadro está exposto lá! Hoje, por coincidência, Santarém tem de novo uma prefeita!

É isso aí!
Hoje, só amanhã, como diz o José Simão! Aliás, só na semana que vem, se tiver internet na ilha do Marajó, a maior (ou uma das maiores, não sei) ilha fluvial-marítima do mundo!
Abraços,
Ricardo e Divina












RIO AMAZONAS


Adicionar legenda

Conhecer a Amazônia paraense é realmente uma experiência incrível. Passamos 5 dias incríveis em Santarém e Alter do Chão curtindo o Rio Tapajós. No penúltimo dia, ainda em Alter, saímos do hotel mais tarde e do outro lado da rua de terra ao lado de um poste havia um filhotezinho de Coruja, pequenininho, menor que um pintinho. Uma belezinha. E já estava ali no chão há horas, pois a atendente do hotel disse que desde de manhãzinha quando ela chegou para trabalhar o filhotinho já estava lá. Lá bem no alto do poste havia uma espécie de ninho meio desfeito que deve ser de onde a corujinha tinha caído. Daí o dilema: o que fazer? Se deixássemos o filhotinho ali, logo passaria um cachorro que o engoliria numa só tacada! Deduzimos que a coruja mãe deveria ter morrido ou abandonado o ninho e que de nada adiantaria subir e tentar colocar o filhotinho no ninho de novo. Bom, pegamos o filhotinho que coube na palma da mão e pensamos em quem poderia adotá-lo ali... Mas quem? Começamos a andar pela cidade e eis que nos deparamos com uma loja (chamada Araribá) de produtos indígenas bem bacana e meio alternativa. O seu dono é um cara bem legal, o Marcelo, um cabeludo paulista que está em Alter faz 13 anos e montou a melhor loja com artesanato indígena da região: tem produtos de dezenas de etnias diferentes. A loja está recomendada pelo nosso guia lonely planet do Brasil, o guia padrão dos viajantes independentes! Achei o Marcelo com cara de coruja e ele acabou ficando com a corujinha para criá-la (ele mora já perto da floresta e na casa dele tem até preguiça solta pelas árvores segundo ele). Legal, né! Mas a chance de ela ter sobrevivido é muito pequena. Mas vamos torcer... Ainda não escrevi um e-mail para ele perguntando se a corujinha sobreviveu. Tomara que sim.

Bom, o barco “Amazon Star” (capacidade para mais de 800 pessoas) entre Santarém e Belém, saiu sexta de manhã e chegou domingo de manhã. Fomos numa suíte (beliche, banheiro, ar condicionado e frigo bar). O mais barato é ir pendurando a própria rede do lado de centenas de outras redes, mas não temos mais a mesma juventude!
Foi uma experiência única descer o Amazonas. Ver o por do sol, navegar de noite, ver o nascer do sol, parar em cidades ribeirinhas só acessíveis por barcos. E uma das experiências mais incríveis foi quando passávamos por regiões habitadas por descendentes de índios isolados na floresta no meio do nada e que vinham em suas canoas junto com suas crianças e emitiam “gritos indígenas bem agudos”. Bom, todo mundo jogava do alto do barco coisas em sacos de plástico para eles (comida, roupas, etc), sacos estes que boiavam o tempo suficiente para eles pegarem. Os viajantes mais freqüentes já sabem disto e já trazem coisas para jogar e dar para eles. Vi muita gente chorando! Mas teve também uma história engraçada de um pessoal que estava na empolgação de jogar as coisas e acho que uma mulher pegou uma sacola e jogou, mas depois viu que era o saco de roupas (tipo mala) de um cara (não tinha documentos no saco, nem dinheiro, ainda bem), não sei seu marido, e não sei se ela já estava cansada das roupas que ele usava e decidiu que seria hora de renovar o armário... Ele reclamou, mas ela falou que foi por engano e acabou todo mundo dando risada!
Houve também o caso de indiozinhos, meninos e meninas ribeirinhos que conseguiam atracar com suas canoas no barco em movimento (com alta velocidade) lançando “prendedores” nos pneus que ficam presos do lado do barco (para ele não bater no cais). Eles conseguiam a proeza perigosa de prender a canoa no barco em movimento e subiam (escalavam) no barco para vender produtos (como sacos com camarões fritos). Todos bem pequeninos, alguns com 7 ou 8 anos. Vida dura!
Chegamos em Belém e imediatamente pegamos um barco para a Ilha de Marajó (3 horas), ilha que é maior que a Bélgica. Chegamos na cidadezinha de Camará e pegamos uma van para Salvaterra (meia hora) onde nos hospedamos na pousada Bosque dos Aruans (antigos índios da região). Um local muito agradável, com chalés confortáveis e um bom restaurante (com um bom café da manhã). Claro que jantamos o filé marajoara (carne de búfalo com queijo de búfala em cima, acompanhado por arroz a grega, purê e farofinha amarela: uma delícia). Fomos no dia seguinte à praia de Salvaterra (todas as praias desta viagem são de rio, com água doce), a chamada praia grande, que é bem gostosa e ficamos na barraca do Fernando que só tocou MPB (das 10 as 16), bem melhor que a chamada música “tecnobrega” típica das barracas daqui (música até  que divertida, mas meio enjoativa depois de algumas horas no ouvido a não sei quantos decibéis!): comemos isca de peixe e macaxeira... Noutro dia atravessamos de barco para o outro lado de um rio que tem ao lado de Salvaterra (não o rio Amazonas que fica de frente para Salvaterra) até a cidade de Soure (a capital informal do Marajó). Fomos então até a fazenda São Jerônimo onde fizemos um passeio incrível pela região: primeiro uma trilha de pontes de madeira pelo alto de um manguezal, depois de canoa por um igarapé e depois voltamos montados em búfalos os animais símbolo do Marajó: o meu búfalo chamado de Casagrande tinha mais de uma tonelada e aguentou bem o meu peso (e eu estou gordinho)! Na volta pegamos um mototaxi e fomos para a praia do pesqueiro: conforme a maré baixava dava para ver a praia recuando centenas de metros. Incrível! Só ficamos com medo de pisar na tal da raia que é comum aqui e que pode ferir (com a ferroada dela). Percebemos que aqui em Soure pela primeira vez a água parecia um pouco salobra, indicando que aqui o oceano Atlântico começa a vencer o Rio Amazonas: um duelo de titãs!
Curtimos muito os sucos e sorvetes daqui: cupuaçu, murici, açaí, tapioca, bacuri, etc. E os peixes: tucunaré, filhote, tambaqui, etc.

Realmente vale a pena conhecer a nossa Amazônia, até para saber a importância de preservá-la e ao mesmo tempo desenvolvê-la socialmente e economicamente para que os habitantes daqui possam viver com dignidade e inclusive protegê-la de interesses estrangeiros que com certeza existem!
Abraços amazônicos,
 Ricardo e Divina




BELÉM

Pessoal, a nossa viagem pelo Pará termina pela cidade de Belém.
Depois de conhecer Santarém e Alter do Chão nas margens do majestoso Rio Tapajós (com praias fantásticas), de navegar pelo Rio Amazonas durante dois dias rumo à sua foz, e de passar alguns dias conhecendo a ilha do Marajó, explorar Belém foi um delicioso exercício. Se Manaus é o coração da Amazônia, Belém é a sua porta de entrada! E é uma grande cidade, uma das maiores do país, com um grande porto e situada estrategicamente na entrada mais a leste da bacia do Amazonas (Macapá está na entrada mais a oeste).


O museu Emílio Goeldi, ativo na área das ciências naturais, em Belém, é uma das maiores riquezas brasileiras “imateriais” em termos de conhecimento acumulado sobre a Amazônia. Está situado dentro de um parque zoobotânico belíssimo no coração de Belém. E tem uma livraria muito interessante. Ele deve muito à tradição de cientistas naturais alemães que vieram aos nossos trópicos no século 19 seguindo a trilha aberta por Humboldt.


Uma outra atração de Belém é o Mangal das Garças, um parque a beira do rio, com uma alta torre de observação da cidade, com um borboletário (ou mariposário) muito legal, e um outro, vamos dizer, “aviário”, uma estrutura imensa, alta e fechada onde entramos, observamos e interagimos com muitos pássaros aprendidos pelo Ibama e que não podem ser soltos, pois já se acostumaram com a vida em cativeiro: para quem gosta de apreciar a beleza e o colorido dos pássaros e de escutá-los, NÃO TEM PREÇO: um mais bonito que o outro! Finalmente dentro do Mangal das Garças há também um orquidário e um museu naval (este propriamente esclarecedor sobre a importância dos rios e do oceano Atlântico na nossa história).



Belém tem também duas das mais belas igrejas do país, a catedral da Sé e a Basílica de N. S. Nazaré: por dentro são tão bonitas que não dá vontade de sair... No Círio, no mês de outubro, a multidão vai de uma à outra em procissão. Deve ser uma loucura. Belém, com este nome religioso, tem também um museu de arte sacra de primeira, recuperado e com visitas guiadas muito bem conduzidas. E nessa região cultural da cidade há ainda o forte do Castelo (ou Forte do Presépio) com um museu de história anexo, a Casa das Onze Janelas e a Corveta Solimões, um navio Museu mantido pela Marinha, muito bacana de conhecer (sobretudo pelo fato de podermos andar em quase todo ele).  Finalmente, em termos culturais, foi muito legal conhecer o Josynaldo, um jovem artista paraense que está com uma interessante exposição no museu da UFPA. Ele foi gentil em nos "guiar" pela sua exposição e pareceu ser também um produtivo escritor, tendo em vista o seu grande diário com suas anotações e reflexões!



Agora o que pega alguns (como nós) é a gastronomia. Num dia comemos o famoso Pato no Tucupi no restaurante Avenida (perto da Basílica): show! A noite comemos um tacacá, na barraca da Dona Maria, em frente ao colégio Nazaré (que foi considerado o melhor tacacá de Belém por uma revista). Muito bom. Nos outros dias, tudo foi na mesma sequência: caruru, maniçoba, a tapioquinha deliciosa, etc... E os sorvetes, meu Deus! A considerada melhor rede de sorveteria da cidade é a Cairu, com sabores típicos da região que eu nunca tinha escutado falar. Quem aí já ouviu falar em Uxi: sem palavras... Como também são os sorvetes de tapioca, de açaí, de cupuaçu, de taperebá, ...


Parte das docas (na orla do rio) de Belém (que geralmente em muitas cidades portuárias é uma região degradada) foi recuperada e hoje é a “Estação das docas”, segura, com restaurantes, lojas, choperias e shows de música: um ambiente aberto, ao lado do rio e muito convidativo. Mais além das docas está o famoso Mercado Ver-o-peso: dentro dele vende-se todo tipo de peixe, e ao lado tem a parte de artesanato e a parte de perfumes e “poções”/remédios extraídos de ervas e plantas da Amazônia, que é um episódio a parte pelo seu caráter pitoresco, folclórico e divertido. Ao norte de Belém (no noroeste do estado do Pará), entre 70 e 200 km há praias belíssimas, mas que não pudemos conhecer, devido à falta de tempo.



No São José Liberto (no prédio recuperado de uma antiga prisão) há um museu de gemas e pedras preciosas extraídas na região amazônica que é muito interessante e que rivaliza com o existente em Ouro Preto!
É isso aí. Esperamos ter dado um pouquinho do sabor de conhecer Belém e a nossa Amazônia paraense, estimulando outros que queiram enfrentar tal aventura. Em nossa opinião (talvez um pouco autoritária, vá lá) brasileiro tem que por definição conhecer (e bem) a Amazônia que é talvez uma das nossas maiores riquezas (dos brasileiros, dos sul-americanos e, indiretamente, da humanidade).
Abraços,  
Ricardo e Divina






FOTOS DE VIAGENS PELO BRASIL

Desde o “século passado” (muito antes deste Blog surgir) fizemos muitas viagens pelo Brasil, a maior parte delas de carro. Viajamos pelo país até o seu extremo leste (Paraíba), até o seu extremo sul (Rio Grande do Sul), até o seu extremo oeste (Acre) e até o seu extremo norte (Amapá) – os estados de Amapá e Roraima estão em uma postagem especial junto com as três Guianas na “aba” Américas! Mas não é preciso ir longe: bem aqui pelas nossas redondezas, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, há lugares belíssimos para desfrutar de suas paisagens! Além de conhecer locais, conhecemos muitas “figuraças” inesquecíveis: viajar também é conhecer a cultura e povo local, e consequentemente fazer amigos! Colocamos abaixo algumas das fotos que achamos mais representativas de alguns dos locais que visitamos por este “Brasilsão” afora. Na sequência, sempre colocamos um título (do local visitado) e uma foto logo abaixo da chamada do título. Divirtam-se e degustem um pouquinho do nosso lindo e interessante país!

AMAZONAS – Manaus – nadando no Rio Negro



AMAZONAS – Manaus – navegando pelo Rio Solimões



AMAZONAS – Manaus – Teatro Amazonas



AMAZONAS – Manaus – Festa do Bumba Meu Boi



AMAZONAS – Presidente Figueiredo



AMAZONAS – Presidente Figueiredo – dando de mamar para o Peixe boi filhote



AMAZONAS – Humaitá – sul do estado



AMAZONAS – Humaitá – Transamazônica



ACRE – Rio Branco – Museu da Borracha



ACRE – Reserva extrativista Chico Mendes



ACRE – Castanheira – Árvore belíssima da Amazônia



ACRE – Xapuri – Museu Chico Mendes



ACRE – Na verdade foto da cidade boliviana de Cobija bem na fronteira com o Acre



RONDÔNIA – Porto Velho



RONDÔNIA – Porto Velho – Navegando pelo Rio Madeira (Titanic?)



RONDÔNIA – Guajará-Mirim – Rio Mamoré



RONDÔNIA – Costa Marques – Real Forte Príncipe da Beira



MATO GROSSO – Cuiabá – Parque da cidade



MATO GROSSO – Cuiabá – “Centro” geodésico da América do Sul



MATO GROSSO – Chapada dos Guimarães (Parque Nacional)



MATO GROSSO – Chapada dos Guimarães - Cachoeira



MATO GROSSO – Jaciara – Cachoeira



MATO GROSSO – Jaciara – Cachoeira de água mineral cristalina dentro de uma caverna



MATO GROSSO – Jaciara – Rafting



MATO GROSSO – Jaciara – Iniciando a decida pelo rapel



MATO GROSSO – Jaciara – Ricardo fazendo rapel por baixo da queda d’água



MATO GROSSO – Jaciara – Rapel = felicidade!



MATO GROSSO DO SUL – Pantanal – Hotel fazenda



MATO GROSSO DO SUL – Pantanal – Arara



MATO GROSSO DO SUL – Bonito



MATO GROSSO DO SUL – Bonito – mergulhando com os peixes



MATO GROSSO DO SUL – Serra da Bodoquena



GOIÁS – Cidade de Goiás Velho – Casa da Cora Coralina



GOIÁS – Chapada dos Veadeiros (Parque Nacional) – Piscina natural



GOIÁS – Chapada dos Veadeiros – Desfiladeiro com cachoeira



GOIÁS – Parque Nacional das Emas – Entrada



GOIÁS – Parque Nacional das Emas – Rio Formoso



DISTRITO FEDRAL – Brasília – Catedral



DISTRITO FEDRAL – Brasília – Congresso Nacional



DISTRITO FEDRAL – Brasília – Manifestação pela Reforma Agrária (MST)



MARANHÃO – São Luís



MARANHÃO – Alcântara – Cidade histórica/colonial



MARANHÃO – Alcântara – Museu do Centro de Lançamentos de Foguetes



MARANHÃO – Lençóis Maranhenses (Parque Nacional) – Dunas do nosso “Saara”



PIAUÍ – Delta do Rio Parnaíba



PIAUÍ – Sete Cidades (Parque Nacional)



PIAUÍ – Serra da Capivara (Parque Nacional)




PIAUÍ – Serra da Capivara – Inscrições rupestres



PIAUÍ – Serra da Capivara – Onde estão os mais antigos registros humanos do Brasil



CEARÁ – Fortaleza



CEARÁ – Canoa Quebrada



CEARÁ – Jericoacoara



CEARÁ – Jericoacoara – Lagoa de Jijoca



CEARÁ – Jericoacoara – Lagoa de Jijoca – Paraíso de água doce



CEARÁ – Ubajara (Parque Nacional) - Caverna



RIO GRANDE DO NORTE – Natal – Forte dos Três Reis Magos



RIO GRANDE DO NORTE – Natal – Passeio nas dunas com dromedários



RIO GRANDE DO NORTE – Praias belíssimas



RIO GRANDE DO NORTE – Extremoz



RIO GRANDE DO NORTE – São Miguel do Gostoso



RIO GRANDE DO NORTE – Barreira do Inferno (Centro de Lançamento de Foguetes)



PARAÍBA – João Pessoa



PARAÍBA – João Pessoa – vista a partir da Ilha de Areia Vermelha



PERNAMBUCO - Recife



PERNAMBUCO – Olinda



PERNAMBUCO – Fernando de Noronha (Parque Nacional) – Arquipélago



PERNAMBUCO – Fernando de Noronha – Divina mergulhando com tartarugas marinhas



BAHIA – Salvador



BAHIA – Salvador – Filhos de Gandhy



BAHIA – Praia do Forte – com as tartaruguinhas (do projeto TAMAR) indo para o mar



BAHIA – Represa/Usina Hiroelétrica de Sobradinho – Rio São Francisco



BAHIA – Chapada Diamantina



BAHIA – Chapada Diamantina – Piscina natural



BAHIA – Chapada Diamantina – olhando para baixo na cachoeira da Fumaça (a mais alta do Brasil, com mais de três centenas de metros de queda)



BAHIA – Caravelas – Pousada alternativa



BAHIA – Caravelas – Museu da Baleia



BAHIA – Abrolhos (Parque Nacional Marinho)



BAHIA – Abrolhos – Com os atobás (as aves da foto)



BAHIA – Abrolhos – mergulhando para admirar os peixes




RIO GRANDE DO SUL – Itaimbezinho – Aparados da Serra (Parque Nacional)



SANTA CATARINA – Florianópolis



PARANÁ – Estrada da Graciosa



PARANÁ – Guaraqueçaba



PARANÁ – Reserva Natural de Salto Morato (mantida pelo “O Boticário”)



PARANÁ – Ilha de Superagüi (Parque Nacional) – Mangue




PARANÁ – Foz de Iguaçu – Usina Hidroelétrica de Itaipu



PARANÁ – Foz de Iguaçu (Parque Nacional)



PARANÁ – Foz de Iguaçu – Divina com os simpáticos quatis



PARANÁ – Foz de Iguaçu – Fronteira Tríplice



ESPÍRITO SANTO – Itaúnas - Dunas



ESPÍRITO SANTO – Guarapari - Lagoa da Coca Cola



ESPÍRITO SANTO – Pedra Azul (Parque Estadual)



MINAS GERAIS – Serra do Caparaó (Parque Nacional) – Pico da Bandeira - na fronteira com o Espírito Santo



MINAS GERAIS – Diamantina – Cidade histórica



MINAS GERAIS – Serra do Cipó (Parque Nacional) – piscina natural



MINAS GERAIS – Serra do Cipó – passeando de caiaque



MINAS GERAIS – Serra do Cipó – Estátua do Juquinha



MINAS GERAIS – Santuário do Caraça



MINAS GERAIS – Santuário do Caraça – Lobo guará as três da madrugada na frente da igreja!



MINAS GERAIS – Santuário do Caraça – Lobo guará olhando para mim (Ricardo) que estou sozinho com ele de madrugada! Sorte que é um lobo-bom!



MINAS GERAIS – Ouro Preto



MINAS GERAIS – Mariana – Entrada da Mina de Ouro



MINAS GERAIS – Serra da Canastra (Parque Nacional)



MINAS GERAIS – Serra da Canastra – Nascente do Rio São Francisco



MINAS GERAIS – Delfinópolis



MINAS GERAIS – Delfinópolis – Piscina natural



MINAS GERAIS – Ibitipoca (Parque Estadual)



MINAS GERAIS – Ibitipoca – Janela para o céu (lá no fundo da foto)




MINAS GERAIS – Aiuruoca



MINAS GERAIS – Aiuruoca – com o cavalo na água



MINAS GERAIS – Itamonte – subindo...



MINAS GERAIS – Itamonte – descendo...



MINAS GERAIS – São Lourenço



MINAS GERAIS – São Tomé das Letras



MINAS GERAIS – Bueno Brandão



MINAS GERAIS – Bueno Brandão – Piscina natural



MINAS GERAIS – Gonçalves



MINAS GERAIS – Extrema



RIO DE JANEIRO – Vista da cidade da cidade do Rio de Janeiro



RIO DE JANEIRO – Jardim Botânico da Cidade Maravilhosa



RIO DE JANEIRO – Serra da Bocaina (Parque Nacional)



RIO DE JANEIRO – Serra da Bocaina (Parque Nacional) – O homem vitruviano brasileiro!



RIO DE JANEIRO – Angra dos Reis



RIO DE JANEIRO – Usina nuclear de Angra



RIO DE JANEIRO – Parati



SÃO PAULO – fronteira com Rio de Janeiro pelo litoral – Aldeia indígena



SÃO PAULO - Ubatuba – Projeto Tamar com Barbara e Lucas



SÃO PAULO – Ilha Anchieta – com Letícia, Vitor e Junior



SÃO PAULO - Ubatuba – Com professor Iuda



SÃO PAULO – Ubatuba – com Vênus e Laila



UBATUBA - Sobrinhas. Sentadas: Neusa, Bárbara, Karina, Caroline, Divina. De pé: Cristiano, Renato, Ricardo 



SÃO PAULO – Cunha



SÃO PAULO – São Luiz do Paraitinga



SÃO PAULO – Brotas



SÃO PAULO – Brotas – Rafting



SÃO PAULO – Brotas – Boia-cross



SÃO PAULO – Caverna do Diabo



SÃO PAULO – PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira) – Espeleólogos explorando as cavernas!



SÃO PAULO – Com Eduardo e Marta Suplicy (ainda casados)



SÃO PAULO – Exposição sobre os trabalhos de Escher no Centro Cultural Banco do Brasil


SÃO PAULO –Os sobrinhos no solar dos amigos



SÃO PAULO – Com papai, mamãe, Renata e Letícia na Vila Mariana



SÃO PAULO – na USP com a vovó Sylvia, a titia Íris, a Marília e a Débora



SÃO PAULO – Boas risadas com o ex-presidente Lula



SÃO PAULO – Mairinque – com os irmãos Luis, Carlos, Reginaldo, Neusa e Sueli no aniversário da Gabi




SÃO PAULO – Mogi das Cruzes – com titio Serginho


BRASÍLIA - Marília - nossa querida prima!





SÃO PAULO – Mogi das Cruzes – com o Roberto, a Débora, a Gabriela e a Natália





SÃO PAULO – Mogi das Cruzes – com o Mogli



SÃO PAULO – Mogi das Cruzes – com a Bali



UBATUBA - MARANDUBA - Março de 2017: com parentes e amigos



UBATUBA - Dezembro de 2017 - Árvore de Natal feita com lixo recolhido do mar

UBATUBA - Maranduba - Janeiro de 2018 - Com Neusa e sobrinhos Gabrielli, Adil e Paulo junto com Gabriele

UBATUBA - MARANDUBA - Janeiro de 2018 - Moqueca de banana da terra: com Adil, Paulo, Gabriele, Eduarda, Lucas, Daniela, Daniel, Bruna e Vitor







UBATUBA - MARANDUBA - Fevereiro de 2018 - Almoço de carnaval com: Neusa, Luis, Ilva, Caroline e Karina