Américas 2

Esta página tem informações sobre viagens para países das Américas que ocorreram a partir de julho de 2017


CONHECENDO SEATTLE, PORTLAND E VANCOUVER


Julho de 2023: viajamos para conhecer as cidades de Seattle e Portland (situadas no noroeste dos Estados Unidos, na costa do Pacífico) e a cidade de Vancouver (situada no sudoeste do Canadá, também na costa do Pacífico).


SEATTLE (EUA)

 

Desembarcamos na cidade de Seattle, a maior cidade do estado de Washington, no extremo norte da costa do Pacífico dos EUA, fazendo fronteira com o Canadá. É importante lembrar que a capital dos Estados Unidos (que fica na costa leste, ou seja, na costa do Atlântico) é denominada Washington, D. C., ou Distrito de Colúmbia (o equivalente à nossa Brasília, D.F., ou Distrito Federal), mas que o estado de Washington fica na costa oeste dos Estados Unidos do outro lado do país: portanto, em certo sentido os Estados Unidos têm dois estados com “o mesmo nome”, Washington, que homenageiam o primeiro presidente dos EUA que foi o líder dos colonos na luta de independência contra a Inglaterra (“Revolução Americana) que foi conquistada em 1776.

Seattle é um dos principais polos de desenvolvimento tecnológico dos EUA, sediando empresas como a Boeing, a Microsoft e a Amazon.

 

 

Seattle – Skyline de Seattle visto a partir de um passeio de Ferry Boat

 

O grande símbolo da cidade de Seattle é a bela e imponente Torre de observação “Space Needle” (“Agulha do espaço”) com 184 metros de altura e que foi construída para a Feira Mundial de 1962.

 

 

Seattle – Divina e a Space Needle

 


 Seattle – Embaixo da Space Needle

 

 

Seattle – Vista do alto da Space Needle

 

 

Seattle – Deitados no piso de vidro no alto da Space Needle

 

 

Seattle – Divina sentada sobre o piso de vidro no alto da Space Needle

 

Perto do Space Needle fica o Museu da Cultura Pop (Museum of Pop Culture) que vale muito a pena conhecer, sobretudo para quem gosta de rock e ficção científica.

 

 

Seattle – Divina em frente ao Museu da Cultura Pop

 

 

Seattle – Estrutura com guitarras no interior do Museu da Cultura Pop

 

 

Seattle – Ricardo em instalação referente a uma obra de ficção científica do Museu da Cultura Pop

 

 

Seattle – Divina em instalação referente a uma obra cinematográfica do Museu da Cultura Pop

 


Seattle – Traje de Leonard Nimoy em Star Trek no Museu da Cultura Pop

 

Uma outra atração turística que também fica perto do Space Needle e que se mostrou surpreendentemente encantadora e plena de objetos belíssimos é o Museu de esculturas de vidro do artista Dale Chihuly, denominado “Chihuly Garden and Glass”. Foi talvez o local mais fascinante que visitamos nesta viagem, sobretudo para nós que não conhecíamos muito acerca deste tipo de arte envolvendo esculturas de vidro.

 

 

Seattle – Divina no Museu de esculturas de vidro do artista Dale Chihuly

 

 

Seattle – Ricardo no Museu de esculturas de vidro do artista Dale Chihuly

 

 

Seattle – Divina no Jardim do Museu de esculturas de vidro do artista Dale Chihuly

 


Seattle – Ricardo no Jardim do Museu de esculturas de vidro do artista Dale Chihuly

 

 

Seattle – Museu de esculturas de vidro do artista Dale Chihuly

 

Outra atração turística perto também da Torre do Space Needle, sobretudo para quem gosta de ciência e para os nerds em geral, é o Pacific Science Center (o Museu de Ciência de Seattle).

 


Seattle – Pacific Science Center (Seja Curioso)

 

No centro de Seattle, conhecemos a sua magnífica Biblioteca Pública que é um orgulho desta cidade e que conta com 11 andares!

 

 

Seattle – Ricardo em frente à Biblioteca Pública

 


 Seattle – Divina dentro da Biblioteca Pública

 

Um passeio bacana em Seattle é caminhar pela região do “Waterfront” (Beira-Mar) e pelo Public Market Center (Centro de Mercado Público) que é perto do Waterfront. Dá também para avistar (se as condições climáticas permitirem) o Monte Santa Helena (Mount Saint Helens) que é um grande vulcão ativo.

 

 

Seattle – Divina no Waterfront

 


Seattle – Visão do vulcão do Monte Santa Helena a partir do Waterfront

 


Seattle – Em frente à entrada do Public Market Center

 

 

Seattle – Rock à beira da água

 

Visitamos diversas outras atrações de Seattle, como o Frye Art Museum, o Green Lake, o Woodland Park Rose Garden, a Universidade de Seattle e o Hing Hay Park (uma praça chinesa).

 

 

Seattle – Frye Art Museum

 

 

Seattle – Green Lake

 


 Seattle – Patinhos no Green Lake

 

 


Seattle – Ricardo no Woodland Park Rose Garden (Jardim de Rosas)

 

 

Seattle – No Woodland Park Rose Garden, ao fundo, modelo sendo fotografada e casamento ocorrendo

 

 

Seattle – Universidade de Seattle

 


Seattle – Hing Han Park (praça chinesa)

 

 

Seattle – Arco na entrada do Hing Han Park

 

Quando estávamos em Seattle, tudo no mesmo dia, estrearam nos cinemas os filmes Barbie e Oppenheimer (fomos assistir ambos em Seattle) e ocorreu um show gigantesco da atriz Taylor Swift, algo que atraiu turistas de diversas outras regiões dos Estados Unidos, deixando os hotéis cheios (devido a isto os ônibus urbanos foram tornados gratuitos, pelo governo local, em toda a cidade por dois dias, algo que aproveitamos para passear mais ainda pela cidade). As pessoas (sobretudo as moças) se vestiram a caráter tanto para o show da Taylor Swift, quanto para assistir o filme Barbie: foi muito bacana ver pelas ruas as roupas que as pessoas escolheram vestir para assistir estes dois eventos!

 


Seattle – Pessoas indo para o show da Taylor Swift em um estádio

 


Seattle – Pessoas indo assistir ao filme Barbie

 

Um problema grave que encontramos nas ruas das três cidades (Seatte, Portland e Vancouver) que visitamos – e que pelo visto é um problema da maioria das grandes cidades dos Estados Unidos – é a grande quantidade de moradores de rua nestas cidades, algo bastante visível para qualquer turista. Boa parte destes moradores de rua é de viciados em drogas, e, pelo que nos informamos, ao contrário do Brasil, a grande maioria deles são viciados em drogas vendidas em farmácias, os denominados opioides (como a oxicodona e o fentanil) cujas vendas foram desregulamentadas – e, em certo sentido, “liberadas” – em farmácias nos Estados Unidos (essa desregulamentação não ocorreu no Brasil) há muitos anos e que vem causando uma verdadeira epidemia de viciados (adictos) nestas drogas opioides que causam muita dependência (o fentanil é 50 vezes mais viciantes que a heroína): o que se vê em algumas das ruas parece um verdadeiro apocalipse zumbi, com muitas pessoas paralisadas em posições estranhas (quase como estátuas) devido ao efeito do uso destes opioides! Para se ter uma ideia em 2021 o número de mortes por overdose de opioides nos Estados Unidos foi de aproximadamente 80 mil: para colocar em perspectiva a enormidade desta quantidade de pessoas, este número pode ser comparado, por exemplo, com o número de aproximadamente 47 mil homicídios que ocorreram em 2021 nos Brasil e que tornam a violência um dos maiores problemas de nosso país (levando em conta, obviamente, que a população brasileira é cerca de dois terços da população dos EUA). Proporcionalmente, nos Estados Unidos morrem mais pessoas somente por overdoses destes opioides do que a quantidade de pessoas que morrem no Brasil por homicídios.

 

 

Seattle – Viciado em opioides nas ruas de Seattle

 

 

Seattle – Viciados em opioides nas ruas de Seattle

 

PORTLAND (EUA)

           

Portland é a maior cidade do estado do Oregon. Na costa oeste, de frente para o Oceano Pacífico, nos Estados Unidos, há três estados: o estado da Califórnia (ao sul, fazendo a fronteira com o México), o estado de Washington (ao norte fazendo fronteira com o Canadá) e, entre os dois (no meio), o estado do Oregon. Portland é uma cidade agradável, aberta e bastante receptiva a turistas com diversas belas atrações.

Dentre outras atrações turísticas, em Portland visitamos o Museu de Arte de Portland (onde estava ocorrendo uma exposição sobre o trabalho do cineasta Guillermo del Toro), a Portland State University (Universidade Estadual de Portland), a famosa (e imensa) livraria Powell’s City of Books (na sua entrada, em uma pilastra, aparece escrito “Carpe librum” ou “Aproveite o livro”, uma variação de “Carpe diem” ou “Aproveite o dia”), o OMSI – Oregon Museum of Science and Industry (Museu da Ciência e da Indústria de Oregon), o Arlene Schnitzer Concert Hall e o Water Front Park (parque à beira do Rio Willamette).

 


Portland – Portland Art Museum (Black Lives Matter – Vidas Negras Importam)

 


Portland - Piano sendo tocado em público ao lado do Museu de Arte de Portland

 

 

Portland – Exposição sobre Guillermo del Toro no Museu de Arte de Portland

 

 

Portland – Pinóquio em exposição sobre o trabalho de Guillermo del Toro

 

 

Portland – Biblioteca da Universidade Estadual de Portland

 


 Portland – Entrada da livraria Powell’s City of Books (Carpe Librum ou Aproveite o Livro)

 

Portland – Divina consultando um livro na livraria Powell’s City of Books

 


Portland – Divina na livraria Powell’s City of Books (Silence is Death ou Silêncio é Morte)

 

 

Portland – Arlene Schnitzer Concert Hall

 

 

Portland – Oregon Historical Society

 

 

Portland – Lan Su Chinese Garden

 

 

Portland – Em frente ao Oregon Museum of Science and Industry – OMSI

 


Portland – Entrada do Oregon Museum of Science and Industry – OMSI

 

 

Portland – Rio Willamette

 

 

Portland – Ponte para pedestres sobre o Rio Willamette (Tilikum Crossing)

 

 

Portland – Praça com jatos de água perto do rio Willamette

 

 

Portland – Patinhos em área gramada ao lado do Rio Willamette

 

            Em Portland, também pudemos apreciar um show de rock aberto em uma rua fechada para o trânsito de carros (tipo calçadão). Foi muito bacana e pudemos até apreciar uma cerveja no calor que estava fazendo.

 

 

Portland – Ricardo e Divina no show de rock na rua

 

 

Portland – Rock na rua

 

 

Portland – Tirando uma soneca enquanto não começa o rock

 

Um passeio belíssimo – e que vale muito a pena – em Portland é visitar o International Rose Test Garden (Jardim Internacional de Testes de Rosas) que é fora do centro da cidade (na região do zoológico), mas pode ser alcançado fácil e rapidamente por meio de transporte público (ônibus). Nós simplesmente adoramos passear no meio dos mais diferentes roseirais, com rosas de todas as cores e tamanhos: este Jardim de Rosas é imenso e lindo!

 

 

Portland – Internatinal Rose Test Garden

 


Portland – Divina no International Rose Test Garden

 


Portland – Divina se maravilhando com as rosas

 


Portland – Divina, uma rosa, passeando no Jardim de Rosas

 

 

Portland – Ricardo e Divina no Jardim de Rosas

 

            Em Portland, fizemos um Day Tour (Passeio de um Dia) em que fomos conhecer regiões mais afastadas da cidade, como as cachoeiras Multnomah e Latourell e o ponto de observação “Crown Point Vista House” do Rio Columbia.

 

 

Portland – Rio Columbia

 


Portland - Crown Point Vista House (ponto para observar o Rio Columbia)

 


 Portland – Cachoeira Multnomah

 

 

Portland – Cachoeira Latourell

 

Um problema que vimos nessa viagem é o atraso tecnológico do sistema ferroviário dos Estados Unidos: a viagem de trem entre Seattle e Portland foi extremamente lenta e demorada, com o trem simplesmente parando (ou as vezes desacelerando até quase parar) várias vezes no meio do caminho (sem ser em estações) transformando uma viagem de trem por cerca de 280 km em algo muito mais demorado do que por carro ou mesmo por ônibus. Uma reportagem da CNN de 187/04/2023 mostra que enquanto a China já construiu 42 mil quilômetros de linhas de trem de alta velocidade em 15 anos (entre 2008, quando foi inaugurado o primeiro trem de alta velocidade da China, e 2023), os Estados Unidos têm apenas 600 km de trens com velocidade maior que 160 km/h (link: <https://edition.cnn.com/travel/article/high-speed-rail-us/index.html>). Estes números tão díspares mostram que os Estados Unidos estão perdendo a corrida tecnológica para a China: isto ocorre não somente na área de trens de alta velocidade, mas também em diversos setores. Viajar de trem é algo gostoso para quem curte (sobretudo por podermos apreciar as paisagens no transcorrer do trajeto), mas o trem tem que ser rápido o suficiente (tem que ter uma velocidade intermediária entre viajar de ônibus e viajar de avião) para que a viagem compense em termos financeiros e no quesito tempo de viagem.

 

 

Portland – Dentro do trem entre Portland e Seattle

 

 

Portland – Trens na estação ferroviária

 

Portland – Estação de Trem

 

 

VANCOUVER (CANADÁ)

 

            Vancouver é a maior cidade da costa oeste do Canadá e pertence ao estado da Columbia Britânica. É uma cidade agradabilíssima de conhecer e com uma vida cultural bastante intensa.

 

 

Vancouver – Vista da cidade de Vancouver

 

            Na primeira noite nossa em Vancouver fomos assistir uma peça teatral musical muito bacana com músicas dos Beatles, no “Bard on the Beach” (“Bardo na Praia”), uma instalação teatral lembrando o formato de um circo (com várias lonas) que é montada perto da praia no verão em Vancouver (link: <https://bardonthebeach.org/>). Como o inverno canadense é muito rigoroso, fazendo com que eles tenham que permanecer em locais fechados na maior parte do tempo, no verão, os canadenses apreciam muito participar de atividades em locais abertos.

 


 Vancouver – Ricardo e Divina na entrada do Bard on the Beach

 

 

Vancouver – Dentro do Bard on the Beach

 

 

Vancouver – Divina e Ricardo no Bard on the Beach

 

            Em Vancouver valeu muito a pena conhecer o seu Museu de Ciência, o Science World (onde pudemos passear por esqueletos de Dinossauros e conhecer a sonda “Deepsea Challenger” projetado por James Cameron para explorar o fundo dos oceanos); apreciamos também os cartazes, que eram mostrados em painéis eletrônicos, de cientistas importantes quando ainda eram crianças, de modo a estimular a curiosidade científica dos pequeninos desde a infância. Por exemplo, em um cartaz que mostrava uma foto de uma menininha estava escrito (em inglês):” O mundo precisa de mais nerds, Jane Goodall, primatologista, 6 anos de idade”.

Conhecemos também a imensa e maravilhosa Biblioteca Pública de Vancouver (a VPL – Vancouver Public Library), que conta com um belo jardim no seu teto, bem como visitamos o Chinatown (bairro chinês) e o Roedde House Museum (que fica em uma mansão de 1893, no final do período vitoriano), onde assistimos uma exibição (show / concerto) de jazz muito bacana.

 


 Vancouver – Science World (Museu de Ciência de Vancouver)

 


Vancouver – Dinossauro no Science World

 


 Vancouver – Deepsea Challenger projetado por James Cameron (meio apertado) no Science World

 

 

Vancouver – O mundo precisa de mais nerds, Jane Goodall, primatologista, 6 anos de idade

 


 Vancouver – Ponto de Interrogação em frente ao Science World (Ciência é Questionamento)

 

 

Vancouver – Frente da Biblioteca Pública de Vancouver

 


Vancouver – Jardim no alto da Biblioteca Pública de Vancouver

 

 

Vancouver – Passeando pelas escadas rolantes da Biblioteca Pública de Vancouver

 


Vancouver – Divina em Chinatown

 


Vancouver – Show de dança e música em Chinatown

 


Vancouver – Dr. Sun Yat-Sen Classical Chinese Garden (Jardim Chinês)

 


 Vancouver – Barcos no False Creek

 


Vancouver – Museum of Vancouver (MOV)

 

 

Vancouver – Observatório Gordon Southam

 

 

Vancouver – Estação de Trem de Vancouver

 

 

Vancouver – Piano em público no passeio ao redor do False Creek

 

 

Vancouver – Roedde House  Museum

 

 

Vancouver – Jazz no Roedde House  Museum

 


 Vancouver – Assistindo o Concerto de jazz no Roedde House  Museum

 

            Fomos também passear no Stanley Park, na região do Porto de Vancouver (é possível fazer uma bela e tranquila caminhada pelo “Seawall Water Walk”) e na região da praia de Kitsilano (onde há inclusive uma piscina pública aberta a todos no verão).

 

 

Vancouver – Stanley Park

 


Vancouver – Marina de barcos perto da região do Porto

 

 

Vancouver – Seawall Water Walk

 

 

Vancouver – Região do Porto de Vancouver

 

 

Vancouver – Praia de Kitsilano

 

 

Vancouver – Piscina pública de Kitsilano

 

            Em um dos dias desta viagem, fomos de ônibus visitar a cidade de Burnaby que fica ao lado de Vancouver, onde assistimos a um belo concerto do evento chamado “Sinfonia no Parque” (ao lado do “Deer Lake”) com músicas de Rossini e Bizet, bem como o tema da saga “Star Wars”: foi muito legal.

 

 

Vancouver – Programação da Sinfonia no Parque na cidade de Burnaby

 

 

Vancouver –Sinfonia no Parque na cidade de Burnaby

 

 

Vancouver – Público na Sinfonia no Parque na cidade de Burnaby

 

            Também em Burnaby visitamos parques, a Galeria de Arte de Burnaby, o Burnaby Village Museum e uma feira de rua que estava ocorrendo na cidade.

 


Burnaby – Burnaby Art Gallery

 

 

Burnaby – Burnaby Village Museum

 

 

Burnaby – Classe de escola antiga no Burnaby Village Museum

 

 

Burnaby – Bonde no Burnaby Village Museum

 


Burnaby – Parque em Burnaby

 


Burnaby – Feira de rua em uma espécie de calçadão em Burnaby

 

            Algo interessante é que no Canadá desde 2018 o uso recreativo da cannabis (maconha) foi legalizado (assim como em diversos estados dos EUA, como os estados que visitamos do Oregon e de Washington, que foi, este último, o primeiro estado dos EUA a legalizar o uso recreativo da cannabis). Como consequência, surgiram empresas e lojas para vender produtos para o consumo de maconha que sejam certificados, com controle de qualidade e pagadores de impostos (como, por exemplo, ocorre com as lojas que vendem bebidas alcoólicas no Brasil). Um destes estabelecimentos que visitamos em Vancouver (que fica em frente a um McDonald’s: aliás estávamos justamente procurando um estabelecimento McDonald’s para comer, quando vimos a loja “Inspired Cannabis” e resolvemos adentrar nessa loja para conhecê-la por dentro) é o “Inspired Cannabis” (que tem 16 lojas por todo o Canadá). A loja estava bem organizada e vendia uma gama de produtos à base de cannabis para serem consumidos (desde cigarros até chocolates), bem como produtos fazendo alusão à cannabis, como camisetas e blusas.

Não compramos nada: mesmo não consumindo este tipo de produto (cannabis), entendemos que é um passo importante a sua legalização, dentre outros motivos, para tirar do mundo do crime e regularizar todo o negócio envolvido (com inclusive consequências positivas na diminuição da violência pela descapitalização do narcotráfico, o que pode reduzir o número de encarcerados / presidiários e diminuir a necessidade e pressão pela construção de mais presídios, liberando recursos para outras áreas como educação, cultura, ciência e saúde pública). Este tipo de medida terá que vir acompanhada obviamente de políticas de saúde pública (nada é totalmente isento de consequências negativas na vida), mas pensamos que a legalização da cannabis é uma saída muito melhor do que a atual criminalização, com a consequente guerra às drogas e o aumento da violência pública decorrente disto. Enfim, para o Brasil, que está atrasado neste processo, um bom início talvez seja pela legalização do uso medicinal da cannabis que tem muitas vantagens para o combate de diversas doenças, como mostram vários estudos médicos.

 

 

Vancouver – Entrada da loja Inspired Cannabis

 

 

Vancouver – Interior da loja Inspired Cannabis

 


Vancouver – Alguns dos produtos vendidos na loja Inspired Cannabis

  

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VIAJANDO PELO HAVAÍ

 

         Janeiro de 2023: depois de ficarmos exatamente três anos sem viajar para o exterior, devido à COVID-19, decidimos viajar para conhecer o Havaí. Pegamos um voo da COPA com escalas na cidade do Panamá e em Los Angeles, tendo como aeroporto final o aeroporto internacional de Honolulu, na ilha de Oahu, uma das ilhas do Havaí: aliás, Honolulu é a capital do estado do Havaí, que se tornou o quinquagésimo estado dos Estados Unidos em 1959. A série policial televisiva “Havaí Cinco-Zero” (“Hawaii Five-0”) tem esse nome justamente devido ao estado do Havaí ser o 50º estado (ou seja, o estado de número 50) dos Estados Unidos. A ilha de Oahu, em particular, a mais povoada do estado, tem uma população de cerce de 1 milhão de habitantes, mais ou menos dois terços da população de todo o estado do Havaí. Em inglês o nome do estado tem duas letras i com um sinal de aspas simples entre essas duas letras, assim: “Hawai’i”. Eu aqui vou escrever sem as aspas simples “Hawaii” ou mesmo da forma aportuguesada “Havaí”.

 

Foto – Divina no aeroporto de Honolulu



Foto - Divina em frente à inscrição Aloha, uma saudação que significa Olá

 


Foto - Ricardo com Lei, o colar havaiano de flores


Foto – Aloha Divina

            Um pouco de História. Como é que o Havaí se transformou de um arquipélago independente em um território dos Estados Unidos? Um artigo publicado em português, em 7 de janeiro de 2023 no site da BBC, intitulado “Como família real do Havaí foi derrubada para transformar arquipélago em território dos EUA” (disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/internacional-64045878>) explica isso: "Em 1820, seu herdeiro, Kamehameha 2° (o rei do Havaí), abriu as portas do arquipélago a um grupo de missionários da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos. Em poucos anos, os missionários conseguiram converter a maior parte da população em cristãos protestantes. Eles também atraíram o interesse de investidores do seu país, que foram comprando grandes terrenos no Havaí, seduzidos pelos relatos de terras intocadas e condições climáticas ideais para o cultivo da cana-de-açúcar. E, assim, a influência dos latifundiários norte-americanos foi aumentando. [...] (A partir da década de 1880), além de buscar poder político, o grupo (de latifundiários) queria derrubar a monarca (a rainha Lili'uokalani) por motivos comerciais. Os Estados Unidos haviam decidido eliminar o privilégio do açúcar havaiano e os latifundiários queriam a anexação do Havaí aos EUA para poder desfrutar dos mesmos benefícios dos produtores locais. Sob o argumento de que os direitos dos comerciantes e dos latifundiários de origem americana estavam sendo prejudicados, o embaixador dos Estados Unidos no Havaí, John L. Stevens, pediu a intervenção das tropas americanas estacionadas no arquipélago. Em 1893, a rainha Lili'uokalani foi colocada em prisão domiciliar no Palácio 'Iolani e foi formado um governo provisório. O presidente norte-americano Grover Cleveland ordenou que fosse feito um relatório sobre os acontecimentos no Havaí, que concluiu que a deposição da rainha havia sido ilegal. O Congresso americano, entretanto, encomendou outro relatório, o relatório Morgan, que determinou, em 1894, que nem o embaixador Stevens, nem as tropas americanas, foram responsáveis pela deposição. No dia 4 de julho daquele ano (o mesmo dia em que se celebra a independência dos Estados Unidos), o governo provisório havaiano proclamou a República do Havaí. Sanford Ballard Dole foi declarado seu líder, e Washington reconheceu o novo governo. A rainha Lili'uokalani permaneceu detida até 1896. Ao ser libertada, ela se mudou para outra residência, onde viveu uma vida comum até a morte, em 1917. [...] Em 1898, o presidente americano William McKinley (republicano, que havia derrotado Cleveland) assinou a anexação do Havaí aos Estados Unidos, apesar dos protestos da oposição, que considerava a anexação ilegal. Este ato abriria o caminho para que, em 1959, o Havaí se tornasse o 50° Estado dos Estados Unidos.” Assim age o velho e nada bom imperialismo ianque: o poder do dinheiro, com o tempo, acaba reivindicando também deter o poder político!

            Em Honolulu, ficamos hospedados na famosa praia de Waikiki (com um famoso pôr do Sol e que é conhecida por seus surfistas), no Hotel “Royal Groove Waikiki”. Em uma das noites, no salão de entrada do nosso Hotel, pudemos até apreciar um show com músicos locais e dança Hula.

 


Foto - Apresentação de músicos locais no saguão do Hotel Royal Groove Waikiki

 


Foto – Ukuleles, instrumentos musicais parecidos com cavaquinhos

 


Foto - Divina em Waikiki

 


Foto - Árvore bonita em Waikiki

 


Foto - Divina em frente à estátua de surfista em Waikiki

 


Foto - Divina em frente à inscrição em shopping de Waikiki

 


Foto - Ricardo em pôr do sol em Waikiki

 


Foto - Ricardo em Waikiki com água do mar de cor azul bem claro

 


Foto - Prédios da praia de Waikiki ao fundo

 


Foto - Hotel em Waikiki com exposição Love and Surf in old time Hawaii

 

            Nas redondezas de Waikiki, fomos conhecer alguns locais bem bonitos, como o canal Ala Wai, a praia Ala Moana (com águas calmas e em frente a um belo parque) e o monte Diamond Head.

 


Foto - Ala Wai Canal

 


Foto - Ala Moana Beach

 


Foto - Ponte no Ala Moana Beach Park

 


Foto - Monte Diamond Head

 

            Um passeio que fizemos para os arredores da cidade de Honolulu foi para visitar Pearl Harbor, o porto naval da marinha estadunidense no Havaí que, mis de dois anos após o início da Segunda Guerra Mundial, quando os EUA ainda não tinham entrado na guerra e mantinham uma política de neutralidade, foi atacado pelos japoneses na manhã de 7 de dezembro de 1941.

 


Foto - Ricardo em Pearl Harbor

 

            Passeamos também pela região central de Honolulu, onde visitamos o Palácio Iolani, o Parlamento local (Hawaii State Capitol), a Aloha Tower e o Museu Estadual de Arte do Havaí (Hawaii State Art Museum); neste último, durante a noite, assistimos shows (também gratuitos) de música (em especial, de rap) em seu pátio que ficou aberto para os visitantes.

 


Foto - Divina em frente ao Iolani Palace

 


Foto - Visão externa do Hawaii State Capitol, o parlamento local

 


Foto - Entrada do Hawaii State Art Museum

 


Foto - Hawaii State Art Museum de noite com exibição de músicos

 


Foto - Aloha Tower

 

            Vimos também shows (gratuitos) de dança Hula, em dois momentos, no Royal Hawaiian Center e no Ala Moana Centerstage.

 


Foto - Esperando o Show de Hula

 


Foto - Show de Hula no Royal Hawaiian Center

 


Foto - Show de dança Hula no Ala Moana Centerstage

 

            Realmente, poder passear por Honolulu foi muito bacana e trouxe diversas surpresas.

 


Foto - Apoio para prender bicicleta em forma de bicicleta

 


Foto - Loco Moco, prato típico havaiano, ovo frito sobre o arroz

 


Foto - Comendo sorvete com fruta na Universidade do Havaí em Honolulu

 


Foto - Sorvete com frutas

 


Foto – Quadro à venda da Santa Ceia com Elvis ao centro e outros astros do rock

 


Foto - Restaurante Marugame Udon na Kuhio Avenue em Waikiki com famoso macarrão chinês com bons preços

 

            Fizemos também um tour de um dia que em uma van deu a volta em toda a ilha Oahu, de modo que conhecemos diversos locais fascinantes no trajeto, como o Templo Budista Byodo-In. Também fizemos diversas paradas à beira da estrada para admirar a costa litorânea da Ilha de Oahu e o Oceano Pacífico.

 


Foto - Divina no Byodo-In Temple em Oahu

 


Foto - Divina e Ricardo no Byodo-In Temple em Oahu

 


Foto - Ricardo e Divina em parada para apreciar o oceano Pacífico

 


Foto - Parada Halona Blowhole Lookout - visao da Halona Beach Cove

 


Foto - Visão da costa leste da ilha de Oahu a partir da parada Halona Blowhole Lookout

 


Foto - Parada Makapu'u Lookout na costa leste da ilha

 

            Além da ilha de Oahu, nesta viagem fomos conhecer também uma das outras ilhas do Havaí, a “Hawaii Big Island” ou “Ilha Grande do Havaí” (ou mais simplesmente “Hawaii Island” ou “Ilha do Havaí”), a maior das ilhas do arquipélago havaiano e famosa, dentre outros motivos, por seus vulcões. Apesar de as principais ilhas do Havaí que são atrações turísticas estarem distanciadas entre si de poucas dezenas de quilômetros, o transporte entre elas (pelo menos para turistas) é feito unicamente por meio de aviões: foi assim que fomos e voltamos para a Ilha Grande do Havaí a partir da ilha de Oahu. Ficamos sete dias na Ilha Grande do Havaí. Como essa é uma grande ilha (a “Hawaii Belt Road”, ou seja, a estrada em anel que pela costa circunda toda ela tem uma extensão de 419 km) e como as suas atrações turísticas estão espalhadas por toda essa ilha, resolvemos alugar um carro (Kia) para termos mais autonomia. As duas maiores cidades da Ilha Grande do Havaí são Kona na costa oeste e Hilo na costa leste (ambas são muito menores que Honolulu).

 


Imagem - Posição da ilha de Oahu, à noroeste, com a cidade de Honolulu, e da Ilha do Havaí, à sudeste (Fonte: Google Maps)

 


Foto - Carro (Kia) que alugamos

 

            Para chegar na pousada da Irene (a primeira pousada em que nos hospedaríamos) que está na costa sudeste da Ilha Grande do Havaí (um pouco ao sul da cidade de Hilo, a segunda maior cidade da Ilha Grande do Havaí, situada na costa leste), após pousarmos de manhã no aeroporto internacional de Kona (a maior cidade da Ilha Grande do Havaí) situado na costa oeste, decidimos circundar a ilha, de carro, pelo seu lado norte, para conheceremos durante o trajeto algumas atrações desta região, como algumas praias e a cidade de Hilo, por exemplo.

 


Foto - Aeroporto de Kona

 


Foto - Maniniowali beach (praia) em Kua Bay

 


Foto - Kings Shops, um shopping aberto com um belo lago ao lado

 


Foto - Imiloa Astronomy Center, um museu de ciências situado na Universidade do Havaí, na cidade de Hilo

 


Foto - Ricardo nadando no Carlsmith Beach Park, na cidade de Hilo, onde uma grande tartaruga dormia tranquilamente

 


Foto - Tartaruga dormindo no Carlsmith Beach Park

 


Foto - Carlsmith Beach Park, parque de Hilo com tartarugas

 


Foto - Árvore bonita em Hilo

 

            A primeira pousada na qual ficamos durante quatro dias foi o “Lava Tree Tropic Inn”, a “pousada da Irene” que fica ao lado do pequeno, mas interessante parque “Lava Tree State Monument” com “árvores de lava” (“Lava Trees”) ou seja árvores que foram cobertas por lava no passado após alguma erupção vulcânica e ficaram “petrificadas”. A pousada fica “atrás” deste parque, meio escondida no meio do mato e com um portão de entrada (com cadeado) bem distante de onde a pousada realmente está (situado a muitas centenas de metros): como quando chegamos de carro já era de noite (bem escuro) foi difícil achar, mas conseguimos. A dona da pousada, a Irene, é uma senhora muito simpática que vive sozinha nesta pousada (que na verdade é a casa dela) bem no meio do mato e que serve um café da manhã delicioso com muitas das frutas colhidas de seu próprio pomar. Todas as hospedagens desta viagem nós reservamos pelo site “Booking”.

 


Foto - Divina na pousada da Irene, o Lava Tree Tropic Inn

 


Foto - Divina em frente ao jardim da pousada da Irene

 


Foto - Pousada da Irene

 


Foto - Parque Lava Tree State Monument

 

            Esta pousada quase foi soterrada pelas lavas da erupção de 2018 do vulcão Kilauea; para maiores informações leia o verbete “Erupção do Kilauea de 2018” do Wikipedia disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Erup%C3%A7%C3%A3o_do_Kilauea_de_2018>. A Irene mostrou-nos uma foto aérea que ilustra como a lava chegou perto, na verdade a algumas centenas de metros da pousada. No caminho de destruição a lava destrói tudo que encontra: casas, prédios, estradas, fazendas etc.

 


Foto - A lava na parte inferior esquerda da foto aérea chegou perto da pousada da Irene no canto direito superior da foto

 


Foto - Estrada que ficou coberta de lava em 2018, perto da pousada da Irene

 


Foto - Ricardo em frente à montanha de lava da erupção de 2018 que chegou perto da casa da Irene

 

            No primeiro dia que tivemos na Ilha Grande do Havaí, pegamos o carro e subimos até a metade do “Mauna Kea” (até onde turistas podem ir com carros alugados), a montanha de um vulcão extinto com 4207 metros de altitude, com neve no seu topo (no inverno) e que abriga muitos grandes observatórios com grandes telescópios oriundos de colaborações com diversos países do mundo. Só vi tantos grandes telescópios assim no deserto do Atacama, no norte do Chile. Paramos o carro no “Onizuka Center for International Astronomy” que é o limite em que turistas podem chegar com carros alugados (está mais ou menos no meio da subida para o topo do Mauna Kea e o resto da estrada não é todo asfaltado). Neste “Onizuka Center” (situado a uma altitude de 2800 metros) há uma exposição científica e uma lojinha que vende livros, camisetas e materiais para aficionados por astronomia e para professores que trabalham na área da educação científica; nele há também um “pequeno telescópio” (em comparação com os observatórios gigantescos no topo do Mauna Kea) disponível para turistas (e com instrutor ao lado) e nas proximidades há trilhas para observamos a região no seu entorno. Este foi o máximo que chegamos dos grandes observatórios com telescópios situados no topo do Mauna Kea: mesmo não tendo ido até o topo, foi bem legal esse nosso passeio neste dia. Para saber mais sobre quais são os observatórios astronômicos que estão no topo do Mauna Kea, consulte o verbete em português da Wikipedia “Observatórios de Mauna Kea” (disponível em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Observat%C3%B3rios_de_Mauna_Kea>), ou melhor ainda, o verbete em inglês do Wikipedia “Mauna Kea Observatories” (disponível no link: <https://en.wikipedia.org/wiki/Mauna_Kea_Observatories>), bem como o site “Maunakea Observatories” (disponível em: < https://www.maunakeaobservatories.org/>). Um dos observatórios, o Gemini Norte, é uma colaboração que inclui o Brasil, além de Estados Unidos, Reino Unido, Chile, Austrália e Argentina.

 


Imagem - Observatórios com Telescópios no topo do Mauna Kea, sem neve no verão

(Fonte: <https://about.ifa.hawaii.edu/facility/mauna-kea-observatories/>)

 


Foto - Mauna Kea com observatórios com telescópios no seu topo

 


Foto - Topo do Mauna Kea com telescópios

 


Foto - Ricardo no Onizuka Center for International Astronomy no meio da subida para o topo do Mauna Kea

 


Foto - Telescópio disponível para turistas no Onizuka Center

 


Foto - Ricardo em exposição com telescópios no Onizuka Center

 


Foto - Divina no meio da subida para o topo do Mauna Kea, perto do Onizuka Center

 

            Em um outro dia fomos visitar o Vulcão Kilauea, o grande vulcão ativo do Havaí, situado no “Volcanoes National Park”, pois nele há um outro vulcão, o Mauna Loa, o “maior vulcão em escudo do mundo”, com 4169 metros de altitude, segundo a wikipedia (<https://pt.wikipedia.org/wiki/Mauna_Loa>). Mas o Mauna Loa é muito alto e portanto não chegamos até ele; portanto a grande atração mesmo é o Vulcão Kilauea com 1247 metros, considerado o Vulcão mais ativo do mundo atualmente (<https://pt.wikipedia.org/wiki/Kilauea>). Alguns dias de chegarmos na Ilha Grande do Havaí, em 05/01/2023 o Vulcão Kilauea entrou em erupção novamente, mas desta vez sem provocar tantos estragos como provocou na erupção de 2018 (<https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/01/06/vulcao-kilauea-no-havai-entra-em-erupcao-novamente.ghtml>). O Mauna Loa e o Kilauea são uma espécie de irmão vulcão maior e irmão vulcão menor, dois vulcões ativos (o Mauna Kea onde estão os observatórios com telescópios não é um vulcão ativo).

 

Foto - Divina perto do Kilauea

 


Foto - Ricardo em frente ao vulcão Kilauea

 


Foto - Ricardo e Divina no vulcão Kilauea

 


Foto - Divina tendo ao fundo a cratera do vulcao Kilauea

 


Foto - Steam vents ou saídas de vapor perto do Kilauea

 

            Nas proximidades do Vulcão Kilauea, a alguns quilêmetros, está uma outra cratera vulcânica antiga e seca, a Kilauea Iki Crater, que tem uma trilha por dentro dela: é possível descer até dentro da cratera e atravessar pelo meio dela, ao longo do seu diâmetro. 

 


Foto - Trilha pela Kilauea Iki Crater vista de cima

 


Foto - Ricardo na trilha por dentro da Kilauea Iki Crater

 


Foto - Ricardo e Divina na Kilauea Iki Crater Trail

 

            Perto da Kilauea Iki Crater, nós visitamos por dentro, o Tubo de Lava Thurston (“Thurston Lava Tube”), uma “caverna” que atravessamos de ponta a ponta.

 


Foto - Thurston Lava Tube

 


Foto - Entrada do Tubo de Lava

 

            Nessa região vemos muitos “nenês”, um pássaro (uma espécie de pato) típico desta ilha do Havaí que é protegido por lei, inclusive por placas solicitando para os carros pararem quando os nenês estiverem atravessando as estradas da região.

 


Foto - Placa para carros em que está escrito Freie para o Nenê ou em inglês Brake for Nene

 


Foto – Pássaro cuja espécie é denominada Nenê na região do Kilauea

 

            Por dentro do parque onde está o Vulcão Kilauea (o tíquete de entrada para carros vale por até 7 dias, o que é interessante, pois a região do parque é bem grande), fomos para o sul até encontrarmos a costa do Oceano Pacífico e pudemos admirar os arcos esculpidos em pedra, pelo mar na beira da costa, como o Holei Sea Arch.

 


Foto - Oceano Pacífico ao sul do parque onde está o Vulcão Kilauea

 


Foto - Holei Sea Arch (Arco)

 

            No dia seguinte, fomos passear pela costa leste da Grande Ilha do Havaí, ao norte de Hil (Hamakua Coast). Fomos à Cachoeira Rainbow, ao Honoli'i Beach Park, ao belo Laupahoehoe Beach Park e ao Waipio Valley.

 


Foto - Rainbow Falls nas redondezas de Hilo

 


Foto - Praia embaixo de uma ponte no Honoli'i Beach Park

 


Foto - Divina no Laupahoehoe Beach Park

 


Foto - Ricardo no Laupahoehoe Beach Park

 


Foto - Waipio Valley na Hamakua Coast

 

            Depois fomos para a região localizada mais ao sul da Ilha Grande do Havaí, onde nos hospedamos na pousada “Ocean View Paradise” (na verdade é a casa ampliada do Troy, o dono da propriedade) que tinha um agradável Spa (Banheira) ao ar livre.

 


Foto - Spa na Pousada Ocean View Paradise

 

            No dia seguinte em que nos hospedamos na Ocean View Paradise, nos deslocamos para ao extremo sul da Grande Ilha do Havaí (um local denominado “Ka Lae”, ou seja, “O Ponto” / “The Point”) que é o ponto situado mais ao sul dos Estados Unidos: a sua latitude é 18,9111o N (<https://en.wikipedia.org/wiki/Ka_Lae>). A área que tem fortes ventos abriga um parque eólico. Lá tivemos a sorte de ver uma baleia nadando perto da costa.

 


Foto - Extremo Sul da Grande Ilha do Havaí  e dos Estados Unidos como um todo, com parque de energia eólica ao fundo

 


Foto - Estrada perto do ponto mais ao sul do Havaí

 

No caminho para o extremo sul da Ilha (Ka Lae), passamos ao lado de uma estação de satélite (para pesquisas astronômicas) da instituição sueca “Swedish Space Corporation” (<https://sscspace.com/services/satellite-ground-stations/our-stations/south-point-station/>).

 


Foto - Universal Space Network, Swedish Space Corporation, South Point Satellite Station

 

            No extremo sul da ilha, estacionamos o carro onde a estrada asfaltada acabava e fomos a pé (em uma caminhada de cerca de 1 hora para ir e o mesmo tanto para voltar) até a praia de areia verde Papakolea. Ela está situada numa região de acesso difícil: para chegar até ela é necessário descer um penhasco até a beira do mar.

 


Foto - Vista de longe da praia de areia verde Papakolea

 


Foto - Ricardo com a praia Papakolea Green Sand, com areia verde ao fundo

 


Foto – Ricardo nadando na Papakolea Green Sand Beach, praia com areia verde

 

            Em outro dia de passeio fomos passeando rumo ao norte pela costa leste da Ilha Grande do Havaí até a cidade de Kona. Passamos pelo Hookena Beach Park, pelo Pu'uhonua O Honaunau National Historical Park e também pela Arena de Rodeio Hounaunau situada bem perto deste parque e onde estava acontecendo um rodeio justamente na manhã em que estávamos passando por lá.

 


Foto - Ricardo no Hookena Beach Park

 


Foto - Pu'uhonua O Honaunau National Historical Park

 


Foto - Hounaunau Rodeo Arena (Arena de Rodeios)

 

            Antes de chegarmos na cidade de Kona, passamos pelo “Kona Point”, uma região de beira-mar com as ondas do oceano incidindo com força nas pedras litorâneas.

 

 


Foto - Divina em Kona Point

 


Foto - Divina perto de árvores com flores nas cercanias de Kona Point

 

            Na cidade de Kona, foi possível curtir a feirinha situada ao longo da avenida da praia, com tendas vendendo de tudo, desde sorvete na forma de raspadinha havaiana (“Shave Ice”) até roupas e artesanatos.

 

 


Foto - Divina à beira-mar em Kona

 


Foto - Ricardo em Kona experimentando uma raspadinha havaiana ou shave ice

  


Foto - Divina em rua de Kona

 


Foto - Pôr do Sol em Kona

 

            Foi bacana poder voltar a viajar para o exterior depois da pandemia de COVID-19, sobretudo de modo a conhecer um local tão bonito quanto o Havaí. Dito isto é importante lembrar que nós o Brasil temos também um litoral paradisíaco, como é o caso da praia de Maranduba, em Ubatuba, no litoral norte paulista, onde vivemos.



VIAJANDO POR BELIZE

Véspera de Natal de 2019. Viajamos para Belize, pela COPA, fazendo uma escala rápida na cidade do Panamá. Belize (as antigas Honduras Britânicas) é um pequeno país centro-americano que ficou independente da Inglaterra em 1981. Ao chegarmos de avião deu para ver a faixa de litoral com a conhecida barreira de corais deste país que é a segunda maior do mundo, perdendo somente para a barreira de corais da Austrália.


Foto – Litoral de Belize visto do avião

Belize o único país da América central Continental (do istmo que liga a América do Sul à América do Norte) que fala inglês: todos os outros falam espanhol! Faz divisa com México (ao norte) e com a Guatemala (a oeste e ao sul). E tem o mar do Caribe em seu litoral. Assim como seus dois vizinhos, Belize têm vários sítios arqueológicos com ruínas de antigas cidades da civilização maia.


Foto – Cidade de Belize

            A população desta nação é de cerca de 400 mil habitantes. A sua capital, a cidade de Belize, tem aproximadamente 60 mil habitantes.


Foto – Mar do Caribe visto da cidade de Belize

            A cidade de Belize em si não é propriamente muito turística, mas foi possível visitar locais interessantes nesta cidade.


Foto – Letreiro com o nome Belize

            No hostel em que nos hospedamos em Belize City, conhecemos o Kareem, filho da dona do hostel, que nos guiou de carro duas vezes para passeis situados não muito longe da cidade de Belize. No primeiro dia, fomos pela manhã conhecer Altun Ha, um sítio arqueológico com ruínas de uma antiga cidade maia.

Foto – Museu de Altun Ha

As ruínas de Altun Ha inspiraram o logo da cerveja mais popular de Belize (a gostosa cerveja Belikin) e também estão impressas em notas do dinheiro que circula no país, o dólar de Belize que vale exatamente meio dólar norte-americano (a economia acaba sendo dolarizada e é possível pagar quase tudo no país com dólares norte-americanos.


Foto – Vista de Altun Ha a partir do alto de um templo

Altun Ha foi uma importante cidade maia com entre 8 mil e 10 mil habitantes. Ela existe desde 200 a.C. e floresceu até o colapso da civilização maia que se deu aproximadamente por volta do ano 900 d.C. A maior parte dos seus templos são do período entre os anos 550 e 650 d.C.


Foto – Ruínas de Altun Ha junto com Kareem, a namorada dele, a Divina e eu

Depois, de tarde visitamos um refúgio dos chamados “macacos barulhentos” ou “howler monkeys” chamado “Community Baboon Sanctuary”. Os machos alfa destes macacos (que não são macacos babuínos, como o nome do santuário indica) fazem barulhos gigantescos para defender o seu território, as suas fêmeas e os seus filhotes. O link a seguir mostra um vídeo de 1minuto e 51 segundos com os sons de grande intensidade produzidos pelos macacos barulhentos de Belize (“The AMAZING Howler Monkeys in Belize”): <https://www.youtube.com/watch?v=i-K_t0s21xs>.


Foto – Macaco barulhento
  
No dia seguinte, também a partir da cidade de Belize, fomos conhecer as ruínas da antiga cidade maia de Lamanai. Para isto tivemos que subir o “New River Lagoon” de barco, passando por uma vegetação de floresta tropical muito bonita e eventualmente também ao lado de fazendas de menonitas, pessoas que pertencem a uma religião cristã muito conservadora e que em alguns casos chega a rejeitar totalmente artefatos tecnológicos que surgiram após a revolução industrial...


Foto – Divina subindo o rio de barco para Lamanai

Lamanai chegou a ter até 35 mil habitantes no período clássico da civilização maia, entre os anos 250 d.C. e 900 d.C.


Foto – Divina na entrada de Lamanai

Lamanai significa “crocodilo submergido” em maia e isto dá uma boa indicação do ambiente composto por uma densa floresta tropical úmida deste local.


Foto - Lamanai

Uma das mais belas ruínas de Lamanai é o Templo da Máscara que tem duas faces de homens esculpidas ao lado da escada principal para subir nele.


Foto – Face no Templo da Máscara

Foi um passeio bonito tanto em termos históricos / arqueológicos quanto em termos ambientais.


Foto – Ricardo descendo o rio de barco de volta de Lamanai

O foco inicial do dia seguinte foi o Zoológico de Belize que fica a 47 km a sudoeste da cidade de Belize e funciona mais como uma casa de recuperação para animais selvagens que não conseguiriam sobreviver por algum motivo (por exemplo, por estarem feridos) fora do zoo: ele tem uma filosofia diferente e acaba em certo sentido sendo “poroso” com o mundo exterior da floresta tropical existente ao seu redor, para alguns dos animais que estão em cativeiro. Mais informações podem ser obtidas no site do Zoológico de Belize no link: <https://www.belizezoo.org/>.


Foto – Zoo de Belize

Após o passeio no Zoo, estivemos também em “Old Belize” que tem uma espécie de praia artificial (“Kukumba Beach”) e é uma versão encapsulada com a história e cultura de Belize sobretudo (mas não somente) voltada para turistas provenientes dos cruzeiros que passam pela região.


Foto – Old Belize

Então pegamos um ônibus e nos deslocamos para a cidade de San Ignacio, na região de floresta úmida próxima da fronteira com a Guatemala, onde ficamos hospedados por 4 noites, inclusive na noite do réveillon da virada de ano de 2019 para 2020. San Ignacio é uma espécie de cidade polo para quem deseja fazer tanto passeios por ruínas maias, quanto passeios pela floresta ou com esportes radicais (como o “boia cross”). Lá um dos primeiros passeios que fizemos foi para conhecer o Projeto de Conservação da Iguana verde que fica em um anexo do San Ignacio Resort Hotel.


Foto – “Green Iguana Conservation Project”

No dia seguinte contratamos um “tour” para irmos até as ruínas de Caracol, a maior “joia maia” em termos arqueológicos de Belize e que fica localizada bem proximamente à fronteira com a Guatemala.


Foto – Ruínas maias de Caracol

Caracol chegou a ter 150 mil habitantes no seu auge. O seu mais alto templo, denominado de Canaa, terminou de ser construído por volta do ano 800 d.C.


Foto – Vista da floresta a partir do topo de “Canaa”, o templo mais alto de Caracol

A densa floresta ao redor de Caracol deixa o sitio ainda mais impressionante, até pelo fato de estar situado em uma altitude maior que a região ao redor.


Foto – Ruínas de Caracol com arco-íris

Um dos edifícios das ruínas Caracol tinha inclusive objetivos astronômicos relacionadas a algumas datas específicas do ano.


Foto – Edifício com objetivos astronômicos de Caracol

No trajeto de ida para Caracol pudemos conhecer e explorar a Rio Frio Cave (Caverna do Rio Frio).


Foto – Rio Frio Cave

No trajeto de volta de Caracol para San Ignacio mergulhamos nas águas de um poço natural na base da cachoeira “Big Rock Falls”.


Foto – Nadando nas águas da cachoeira de “Big Rock Falls”

No dia seguinte fomos com ônibus de linha mesmo conhecer as ruínas maias de Xunantunich. Este sítio arqueológico pode ser visitado sem a necessidade de contratar um guia.


Foto – Ruínas de Xunantunich

As ruínas de Xunantunich ficam nas proximidades da cidade de San José Succotz que por sua vez está a cerca de 10 km de San Ignacio.


Foto – Edifício de Xunantunich

Esta cidade foi construída no topo de uma colina nivelada; boa parte dos edifícios datam do século 7 d.C.


Foto – Vista do alto de um edifício de Xunantunich

Na entrada do sítio arqueológico há um museu bem interessante que por exemplo descreva um pouco a visão de mundo prevalecente entre os maias (inclusive do ponto de vista da religião deles), como por exemplo a ideia de que no universo existiriam 13 níveis associados ao céu (“paraíso”) e 9 níveis associados ao mundo subterrâneo.


Foto – Céu e mundo subterrâneo para os maias

Neste museu também é explicado como era o “jogo de bola” (“juego de pelota”) dos maias.


Foto – Jogo de bola dos maias

Para chegar até as ruínas de Xunantunich – e depois para voltar – é necessário atravessar um trecho bem pequeno pelo Rio Mopan por meio de uma balsa.


Foto – Balsa para ir para e voltar de Xunantunich

Em San Ignacio aproveitamos (pagando uma taxa para isso) para curtir a piscina do Hotel Midas, que ficava ao lado do River Park Inn onde estávamos hospedados.


Foto – Na piscina do Hotel Midas

Então já no dia 02 de janeiro do novo ano de 2020, pegamos um ônibus de volta para a cidade de Belize e daí pegamos um “water taxi” (um “taxi aquático”, ou seja, uma lancha grandona) para a cidade de San Pedro que fica em um Caye (uma espécie de elevação rasa formada sobre e nas proximidades de um recife de coral). Consta que a música “La isla bonita” (“A ilha bonita”) de Madonna tem como base de inspiração o Caye Ambergris onde está situada a cidade de San Pedro. O principal meio de transporte de San Pedro são veículos pequenos bem característicos.


Foto – Veículos utilizados para transporte em San Pedro

No hotel que a gente ficou (Hotel Pedro) o dono tinha dois grandes e belos cachorros com os quais a gente brincou bastante.


Foto – Com cachorros de hotel em San Pedro

As praias de San Pedro não são muito acessíveis pelo matinho associado a algas e vegetação marítima existentes. Por isso eles constroem diversos cais de madeira que entram algumas dezenas de metros no mar e de onde é possível entrar na água e nadar sem contato com este “matinho”.


Foto – Praia de San Pedro

Frequentamos a piscina de um hotel situado em frente à praia. Apesar de janeiro ser considerada alta temporada, não havia assim tantos turistas em San Pedro.


Foto – Piscina e praia em San Pedro

Neste hotel também havia na ponta de um cais de madeira um escorregador para cair com velocidade dentro do mar que foi o que fiz...


Foto – Escorregando em praia de San Pedro

O mar é bem tranquilo nesta praia de San Pedro porque 800 metros à frente da praia está situada a barreira de corais de Belize que é aonde o mar acaba quebrando por meio de ondas.


Foto – Mar calmo em frente a San Pedro

Fizemos um passeio de barco até a região da barreira de corais onde pudemos nadar e por meio de um “snorkel” ver o fundo do mar alguns metros abaixo de nós.


Foto – No barco que nos levou para fazer snorkel na barreira de corais

Nadamos em meio a diversos tubarões-enfermeiros (também conhecidos como tubarões-lixa) que apesar de grandes e meio amedrontadores são pacíficos e não atacam seres humanos. Nadamos também no meio de uma raia enorme e de uma grande tartaruga marinha. Por fim vimos um polvo numa toca e uma braçuda nadando quase embaixo do barco que nos trouxe.


Foto – Voltando do snorkel na barreira de corais

Conhecer Belize foi encantador, sobretudo pelas ruínas maias e pelos passeios na floresta e na barreira de corais.
Mas voltar para casa e brincar com nossos quatro vira-latas (Laila, Vênus, Leia e Nino) foi muito bom também. A primeira coisa que fizemos foi dar um bom banho (o primeiro de 2020) nos quatro cachorros.


Foto – Secando nossos quatro cachorros, após o banho que demos neles

Para finalizar, 2019 foi um ano muito ruim para o Brasil com retrocessos imensos e cortes de recursos feitos pelo governo Bolsonaro nas áreas da educação, da cultura, da ciência, do meio ambiente, dos direitos dos trabalhadores, etc. Este é para quem tem um mínimo de lucidez política um governo de extrema-direita com características fascistas. Vivemos uma onda sem precedentes de obscurantismo no Brasil em 2019. Esperamos que 2020 não seja assim tão ruim, mas isto dependerá da luta de todos nós para que não ocorram mais retrocessos!

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VISITANDO PORTO RICO


Natal de 2018 (25/12/2018): decidimos viajar para Porto Rico e conhecer este país. O estado Livre Associado de Porto Rico é um território não incorporado dos Estados Unidos situado em uma ilha no mar do Caribe que atualmente conta com uma população de cerca de 3,5 milhões de habitantes. Nesta ilha originalmente povoada pelos índios taino, Cristóvão Colombo desembarcou em 1493 em sua segunda viagem, reivindicando-a para a Coroa de Castela (atual Espanha). Após a guerra hispano-americana de 1898 os Estados Unidos adquiriram Porto Rico (junto com outras colônias espanholas).
Os porto-riquenhos são por lei cidadãos naturais dos Estados Unidos e podem circular livremente entre a ilha e o continente, mas como não é um estado dos EUA, Porto Rico não tem voto no Congresso dos Estados Unidos, que rege o território com jurisdição total por meio da Lei de Relações Federais de Porto Rico de 1950 e, portanto, pelo fato de ser um território dos Estados Unidos, os residentes na ilha de Porto Rico são privados de direitos em nível nacional e não votam para presidente e vice-presidente dos Estados Unidos, apesar de poderem eleger um governador.
            A capital de Porto Rico e maior cidade do país é San Juan que conta com uma população de aproximadamente 350 mil habitantes. Nosso avião desembarcou na cidade de San Juan, mas no dia seguinte nos transportamos, por meio de um carro que alugamos, para a cidade de Arecibo na costa norte da ilha, assim como San Juan, mas mais a oeste.
            Em Arecibo está o maior Radiotelescópio do mundo com uma antena de 305 metros de diâmetro.

 Foto – Ricardo no Observatório de Arecibo

            O Radiotelescópio de Arecibo foi construído originalmente em 1963 na cratera de um vulcão extinto para estudar a ionosfera da Terra.

Foto – Entrada do Observatório de Arecibo

            Um radiotelescópio é um telescópio que basicamente capta as ondas (eletromagnéticas) de rádio provenientes do espaço em vez de captar a luz visível (que também são ondas eletromagnéticas só que com outras frequências e portanto outros comprimentos de onda).

Foto – Divina no Observatório de Arecibo

            O filme de ficção científica “Contato” de 1997 e que tem a atriz Judie Foster interpretando o papel principal de uma astrofísica tem algumas cenas se passando no Observatório de Arecibo. O filme “Contato” é baseado em um livro de ficção homônimo escrito pelo físico e divulgador da ciência Carl Sagan e que tem a sua trama centrada em um contato que é estabelecido entre a humanidade e uma civilização desenvolvida extraterrestre. Alguns trechos do filme com três minutos de duração e que se passam em Arecibo podem ser vistos no link: <https://www.youtube.com/watch?v=C9DuMK0uo1c>.

Foto – Pôster do filme “Contato” no Centro de Visitantes do Observatório de Arecibo

            O radiotelescópio de Arecibo está envolvido ativamente no programa SETI – “Search for Extraterrestrial Intelligence” (“Procura por Inteligência Extraterrestre”).

Foto – Entrada do Centro de Ciências e Visitantes do Observatório de Arecibo

            Há na entrada um Centro Informativo para Visitantes com informações valiosas e inclusive um meteoro em exposição que pode ser tocado. Mais informações sobre o Observatório de Arecibo (“Arecibo Observatory”-AO) podem ser obtidas no link <https://www.naic.edu/ao/>.

 Foto – Meteoro no Observatório de Arecibo

Na cidade de Arecibo vistamos também outras atrações como a Estátua do Nascimento do Novo Mundo em homenagem às navegações e “descobrimentos” realizados por Colombo: no final do século 15 e início do século 16 ele realizou quatro viagens para a América. A este respeito, uma resenha sobre o livro “As quatro viagens” de autoria de Laurence Bergreen (Editora Objetiva) pode ser lida no link <https://vermelho.org.br/coluna/as-viagens-de-colombo/>.

Foto - Estátua do Nascimento do Novo Mundo

            De Arecibo atravessamos o norte da ilha de carro para o leste de novo e fomos até a cidade de Fajardo, onde ficamos hospedados na “The Tiny House” (“A Casa Pequenina”), hospedagem que organizamos pelo site <www.booking.com>.

Foto – “The Tiny House”, onde nos hospedamos em Fajardo, jundo com o carro Kia que alugamos

Lá fizemos um passeio muito legal de caiaque de noite na “Laguna Grande”, uma baia bioluminescente. O efeito é causado por algumas espécies de algas planctônicas unicelulares dinoflageladas: com a agitação das águas, elas liberam fótons de luz deixando a água iluminada, particularmente nas noites sem Lua. Quem está interessado acerca deste tema pode saber um pouco mais no link: <https://www.biologianet.com/curiosidades-biologia/bioluminescencia.htm>. Para quem estiver mais interessado, recomendamos assistir um vídeo curto (4 minutos) sobre a experiência de passear de caiaque em uma lagoa bioluminescente de Porto Rico, disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=bA0IywSHbZY>.

Foto - Se preparando para ir para a baia bioluminscente de Laguna Grande


Foto – De caiaque em uma lagoa bioluminescente de Porto Rico (foto disponível na internet)

            De Fajardo continuamos nossa viagem pelo litoral leste e sul da ilha até a cidade de Ponce.

Foto - Vista do litoral de Porto Rico


            Dirigir por essa região litorânea da ilha foi muito bom, sobretudo pelas belas paisagens costeiras que avistamos.

Foto - Praia no litoral sul da ilha de Porto Rico

             Ponce é a segunda maior cidade de Porto Rico com cerca de 150 mil habitantes.

Foto – Praça central de Ponce

             Ponce é conhecida como sendo uma cidade com muitos museus e outras instituições dedicadas à cultura.

 Foto – Museu de História de Ponce

Foto – Museu de Arte de Ponce

            Na região costeira próxima à cidade, na praia de La Guancha, foi possível interagir com simpáticos pelicanos.

Foto – Pelicanos em “La Guancha”, Ponce

            No Hotel Holiday Inn também situado nas proximidades de Ponce, pudemos na beira da piscina e olhando em direção ao mar, admirar um belíssimo pôr-do-sol.

Foto – Pôr-do-sol visto do hotel Holiday Inn de Ponce

            Também visitamos o Centro Cerimonial Indígena de Tibes, um sítio arqueológico e turístico muito bem preservado não somente sobre a cultura indígena dos tainos, mas também das civilizações que antecederam os índios tainos na ilha.

Foto - Centro Cerimonial Indigena de Tibes

            Para fazer esta viagem alugamos um carro Kia azul que foi muito útil para o objetivo de conhecer diferentes regiões da ilha. Dirigir pelas estradas de Porto Rico foi bem tranquilo. Uma das coisas legais nesta viagem de carro foi admirar as “fazendas” de produção de energia eólica (que usam a energia dos ventos).

Foto – Equipamentos para produção de energia eólica

            Voltamos então para a cidade de San Juan onde passamos os últimos dias de nossa viagem.

Foto – Praia de San Juan com turistas

            Há muitos hotéis de beira-mar que disputam entre si a praia.

Foto – Praia de San Juan com edifícios

            O mar em algumas áreas é bem forte e venta muito, por isso foram construídas algumas proteções para se contrapor à força do mar.



Foto – Costa de San Juan com pedras

            Há até algumas piscinas naturais água mais calma para banhar-se formadas graças a estruturas rochosas que impedem que o mar chegue com força até a praia.

Foto - Praia com estrutura que impede o mar bravo

            Em uma das lagunas urbanas da região deu até para ver uma mulher que saiu para remar em águas tranquilas em uma prancha grande levando junto seu cachorro que parecia estar curtindo.

Foto – Remando com o cachorro

            Então partimos para conhecer o ponto turístico de mais destaque de San Juan: a Cidade Velha ou “Old San Juan”.

Foto – Rua decorada com guarda chuvas em Old San Juan

            A Cidade Velha está muito bem preservada em termos históricos e arquitetônicos e conta com ruas e praças muito bonitas.

Foto – Praça de Old San Juan

            Em 2015, Porto Rico legalizou o uso da maconha para fins medicinais; mais informações a respeito disso (em inglês) podem ser encontradas no link: <https://www.nbcnews.com/news/latino/puerto-rico-s-pot-boom-medical-marijuana-industry-touts-growth-n985026>. Na Cidade Velha (“Old San Juan”) passamos na frente a um dos estabelecimentos das “Puerto Rico Cannabis Company”, uma empresa deste setor.

Foto – Em frente a um estabelecimento do grupo “Puerto Rico Cannabis Company” em rua de Old San Juan

            Em Old San Juan as ruas são antigas e estreitas: portanto o ideal é estacionar o carro e bater pernas de modo a conhecer a Cidade Velha da melhor forma.

Foto – Ricardo em Old San Juan

            As diferentes visões da cidade que existem a partir da Cidade Velha permitem ter uma ideia mais efetiva a respeito dela e de seu entorno.

Foto - Ricardo e Divina em Old San Juan

            É possível inclusive caminhar na calçada de onde se pode avistar o mar do Caribe.
  

Foto – Vista do mar e de Old San Juan

            Pela vista que se tem do mar, é possível perceber que San Juan devia ser um porto bastante estratégico para a Coroa espanhola na época do colonialismo hispânico, sobretudo para os seus barcos e caravelas.

Foto - Old San San Juan, com o castelo, o mar e um navio de cruzeiro

Hoje são os navios de cruzeiro que desembarcam turistas aos montes para conhecer Old San Juan.

Foto – Navio de cruzeiro atracado em Old San Juan

            A grande atração na ponta mais a oeste de Old San Juan é o Castelo de San Felipe del Morro com uma extensa área gramada para chegar até ele.

Foto - Castelo de San Felipe del Morro

            A partir do Castelo del Morro a visão que se tem do mar também é muito bonita.

Foto – Vista do Castelo

            De noite a Cidade Velha também é muito bonita para se passear e admirar as suas construções antigas.     



Foto – Old San Juan de noite

            Conhecer diferentes regiões da ilha de Porto Rico foi divertido. Eu (Ricardo) alguns dias antes da viagem estava com problemas de pedras em um Rim, mas – ainda bem – foram eliminadas antes de viajar: a este respeito, este passeio do ponto de vista da nossa saúde transcorreu muito bem, o que foi muito tranquilizador.

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Conhecendo a República Dominicana e o Haiti

Fim da tarde do dia de Natal de 2017: pegamos o avião da Gol no aeroporto internacional de Guarulhos para conhecer a República Dominicana e o Haiti, países que compartilham a ilha de Hispaniola no Caribe.

República Dominicana

Desembarcamos no Aeroporto Internacional de Punta Cana que fica na ponta leste da ilha, na região onde existem muitos Resorts que atraem turistas do mundo todo, mas, sobretudo, da Europa, dos Estados Unidos e do Canadá, para descansar nas águas cálidas (quentinhas) e de cor azul turquesa (azul bem clarinho)! Este se tornou um destino muito desejado por turistas de países ricos que no inverno amargam temperaturas muito abaixo do zero Celsius!

Foto - Visão de Punta Cana do avião

Tínhamos alugado um carro (Kia Rio) para um período de 11 dias por meio de um site da internet (economybookings.com do “Booking Group”) da empresa “Inter Rent”. Mas quando chegamos no balcão desta empresa “Inter Rent” no aeroporto a funcionária simplesmente disse que eles não tinham qualquer carro para nos entregar, pois eles tinham feito uma espécie de “overbooking” de seus veículos (alugado pela internet mais carros do que eles de fato tinham para entregar). Foi algo revoltante, uma atitude totalmente antiprofissional por parte desta empresa. Como já tínhamos inclusive pago uma parcela do aluguel do carro adiantado, quando voltamos da viagem solicitamos que nosso dinheiro fosse devolvido devido à conduta da empresa. Este pedido de indenização ainda estava sendo analisado pela empresa do site da internet quando estamos escrevendo este texto.
Nenhuma das outras empresas de aluguel de carros do aeroporto tinha carros a disposição para alugar, mas a nossa sorte é que uma funcionária de uma destas outras empresas ligou para uma colega dela de uma companhia que ficava na cidade perto do aeroporto e esta colega desta outra empresa acabou providenciando um outro carro Chevrolet que a gente alugou rapidamente pelo mesmo período que pretendíamos originalmente (eles trouxeram o carro até o aeroporto para nós).
O aeroporto internacional de Punta Cana é bem estiloso e tem uma arquitetura bem caracterizada pelo ambiente de praia onde está localizado, com vários prédios com teto de sapé.

Foto - Aeroporto de Punta Cana

Pegamos o carro e guiamos até a capital da República Dominicana, a cidade de Santo Domingo que tem quase 1 milhão de habitantes e está localizada na costa sul da ilha de Hispaniola. A estrada que liga Punta Cana até Santo Dominfgo é bem segura e está totalmente duplicada (com pedágios). Na parte final da viagem ela passa pela costa sul da ilha, propiciando belas paisagens desta parte do Mar do Caribe.

Foto - Mar do Caribe perto de São Domingo

A República Dominicana é um país de língua espanhola localizado em parte da ilha de Hispaniola no mar do Caribe e com cerca de 10 milhões de habitantes. A seguir vamos analisar um pouco da História da República Dominicana. Cristovam Colombo em 1492, quando chegou no mar do Caribe, esteve rapidamente nas Bahamas e em Cuba, mas logo em seguida, desembarcou na ilha de Hispaniola, na costa norte do Haiti, onde tentou-se estabelecer um assentamento, mas que foi logo derrotado pelos índios tainos que habitavam a ilha desde 700 anos antes da chegada de Colombo em 1492. Os cerca de 500 mil índios tainos que existiam na época da chegada dos espanhóis, foram quase que totalmente exterminados em apenas três décadas! Um segundo assentamento foi estabelecido na costa norte da República Dominicana (mais a leste da primeira vila), perto de Puerto Plata, mas também não durou muito tempo, sobretudo devido às doenças. Então o irmão de Cristovam Colombo que se chamava Bartolomé Colombo resolveu fazer um movimento radical e estabelecer um novo assentamento ao sul da ilha, na foz do Rio Ozama, em 1496, que desta vez vingou e deu origem a atual cidade de Santo Domingo que é o mais antigo assentamento europeu de ocupação contínua na América e foi a primeira sede do governo colonial espanhol no chamado “novo mundo”: por isso a cidade é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.
Aliás, é bom lembrar que Colombo fez no total 4 viagens para o atual continente americano (incluindo as ilhas do Caribe) até o seu falecimento em 1506 (14 anos após a sua primeira viagem): até a sua morte ele achava que tinha chegado nas Índias (na Ásia), pois tinha a ideia de que a Terra tinha um tamanho bem menor do que o seu tamanho real (isto aliás foi um dos retrocessos da Idade Médio, pois o grego Eratóstenes, por volta de 200 a.C. já tinha determinado o valor do diâmetro da Terra, com um erro bem pequeno). Por isso é que os habitantes originais das Américas são chamados índios, o que na verdade é um nome equivocado! O livro “Colombo: As Quatro Viagens” escrito por Laurence Bergreen e lançado pela Editora Objetiva em 2014 é uma boa referência para quem se interessa pelo tema.
Ao longo do século XVI, conforme as riquezas minerais da ilha iam acabando, os espanhóis rapidamente passaram a priorizar as suas possessões muito mais ricas em ouro e prata no México e no Peru, abandonando os povoamentos na ilha de Hispaniola a sua própria sorte e aos ataques de piratas e aventureiros, como ocorreu em 1586 quando Santo Domingo foi saqueada pelo inglês Francis Drake. Com a lenta decadência do Império Espanhol ao longo dos séculos, os franceses e os ingleses começaram a competir com eles não somente no velho continente, mas também no novo continente e a Ilha de Hispaniola tornou-se um grande prêmio para este tipo de cobiça, com a Inglaterra e a França incentivando abertamente a atuação de piratas contra as possessões espanholas. Em 1655, os ingleses tentaram atacar Santo Domingo com um exército de 13 mil homens, mas não tiveram sucesso. Quem acabou se estabelecendo na parte oeste da ilha (e dividindo a ilha ao meio) foram os franceses que criaram a colônia de Saint-Domingue que viria a tornar-se o atual Haiti: esta era a colônia mais rica do mundo no final do século 17, devido ao açúcar e a escravidão (cerca de metade do açúcar do mundo vinha desta colônia), o que contrasta notadamente com a atual miséria imensa existente no Haiti, com certeza o país mais pobre das Américas!
Uma dica... Alguns dias após chegarmos no país, compramos um Sim Card (Cartão Sim) por 4 dólares (uns 14 reais), instalamos no meu celular e ficamos 5 dias com wifi no celular (para instalar, tive que fornecer os dados do meu passaporte). Após, os 5 dias, por mais 3 dólares (uns 10,50 reais), compramos wifi por mais 5 dias... Assim ficamos com o wifi que era necessário para o GPS do celular (google maps) para dirigirmos o carro para onde queríamos ir e para reservar hotéis pelo booking.com, etc.
A Zona Colonial de Santo Domingo concentra várias das suas principais atrações turísticas e históricas, tais como a Praça Espanha, o Museu Alcázar de Colón, o Museu das Casas Reais, o Panteão Nacional e a primeira Catedral da América. Aliás, uma informação importante é que em vários estabelecimentos para turistas (hotéis e restaurantes) de toda República Dominicana, eles não aceitam cartão de crédito ou se aceitam cobram um preço muito maior (durante nossa viagem, em um caso, havia um acréscimo adicional de 18% de pagássemos com cartão de crédito).

Foto - Museu de Las casas Reales de santo Domingo

Foto - Relógio de Sol na Zona Colonial de Santo Domingo

Foto - Escultura na Zona colonial de Santo Domingo

Foto - Panteão Nacional em Santo Domingo

Foto - Museu Alcázar de Colón

Foto - Catedral Primada de América de Santo Domingo


Da cidade de Santo Domingo, fomos de carro para a segunda maior cidade do país (com cerca de 700 mil habitantes), Santiago de los Caballeros (ou simplesmente Santiago), localizada na parte central do país, mais ou menos perto de uma região mais montanhosa do país, onde inclusive está situado o seu ponto mais alto, o Pico Duarte, com 3087 metros de altitude.
Deixamos o carro em Santiago, pegamos um ônibus e fomos passar três dias no Haiti, mas este trecho da viagem será descrito mais abaixo, na parte dedicada ao Haiti.
Mais um pouco de História... Em 1791, dois anos após a revolução francesa de 1789, os cerca de 500 mil escravos negros no Haiti iniciaram uma revolução pela sua liberdade, e após muitas batalhas, conflitos brutais, rebeliões e a morte de cerca de 100 mil escravos, aboliram a escravidão e estabeleceram a primeira república negra, livre e independente do mundo em 1804! Com a lentidão do atendimento das suas reivindicações pelo fim da escravidão também na vizinha República Dominicana, as tropas do Haiti invadiram a República Dominicana, aboliram a escravidão que existia ali e unificaram a ilha em uma só nação por mais de 20 anos, entre as décadas de 1820 e 1840.
O Monumento aos Heróis da Restauração da República, a atração turística mais famosa de Santiago e que fica bem no alto de um morro, é justamente uma homenagem a lideranças dominicanas separatistas que ao longo da década de 1840 conseguiram restabelecer a independência da República Dominicana em relação ao Haiti.

Foto - Monumento aos Heróis da Restauração da República em Santiago

Foto - Monumento em Santiago

Até hoje, diversos dominicanos veem o Haiti com desconfiança (e muitas vezes tratam os haitianos de modo evidentemente racista e xenófobo), mesmo com a situação econômica dos dois países tendo se invertido ao longo dos últimos dois séculos, com o Haiti tornando-se um país muito mais pobre que a República Dominicana e visivelmente sem condições de invadir a República Dominicana, já que nem consegue se auto organizar minimamente, tendo em vista a sua imensa pobreza econômica e as tragédias naturais que o atingiu, como foi o caso do terrível terremoto de 2010. Em 2005, por exemplo, sob protestos de muitos grupos defensores de direitos humanos, uma decisão da Suprema Corte Dominicana tornou ilegais e desprovidos da cidadania as crianças cujos pais eram haitianos, mas que tinham nascido em território dominicano. O zênite da xenofobia dominicana contra haitianos aconteceu em 1937, a partir do dia 3 de outubro, quando o ditador da República Dominicana da época, Rafael Trujillo, ordenou a morte de dezenas de milhares de haitianos que viviam em território dominicano. Durante vários dias, alguns historiadores estimam que 35 mil pessoas de origem haitiana foram assassinados a golpe de machetes e facões, com seus corpos tendo sido jogados ao mar – outros historiadores estimam que este número foi de cerca de 15 mil. Posteriormente, o governo haitiano comprometeu-se a pagar ao Haiti uma indenização pelos milhares de haitianos que foram mortos.
De Santiago guiamos até a costa norte da República Dominicana, particularmente até a cidadezinha de Caberete onde passamos uma noite. Lá jantamos no agradável Restaurante Bliss, a beira de uma bonita piscina.

Foto - Restaurante Bliss em Cabarete

As várias praias da região de Cabarete são muito procuradas por surfistas e pelos amantes do kitesurf.

Foto - Praia de Cabarete

Uma das mais gostosas praias da região é a “Playa Encuentro”.

Foto - Playa Encuentro perto de Cabarete

Pegamos o carro e fomos para o leste acompanhando a costa norte da República Dominicana. Perto da cidade de Río San Juan, estivemos na famosa Playa Grande e, bem ao lado desta, na Playa Preciosa, situadas longe de cidades, mas com boa infraestrutura para turistas no local!

Foto - Playa Grande perto de Rio San Juan

Foto - Playa Preciosa perto de Rio San Juan

Guiamos até a Península de Samaná, onde paramos na cidade de Samaná, bem em frente à baia de Samaná! rsrsrsrs...

Foto - Cidade de Samaná

Do meio de janeiro até o meio de março, baleias jubarte vem aqui para as águas quentes desta região para procriar e a principal atividade turística nesta época é observar as baleias. Mas como ainda era fim de dezembro e início de janeiro, elas infelizmente ainda não estavam pelas redondezas! Quem tiver curiosidade sobre a atividade de observação de baleias, pode assistir o belo vídeo do link: <https://www.youtube.com/watch?v=DKj-38y-f9w>. As baleias são animais maravilhosos e a baía de Samaná é considerada um dos dez melhores locais do mundo para observar baleias.

Foto - Visão da Baia de Samaná

Pegamos o carro e fomos então para a cidadezinha de Las Galeras, situada no extremo leste da Península de Samaná, onde passamos a noite de ano novo de 2017 para 2018. 2017 foi um ano de muitos retrocessos sociais e políticos no Brasil (em áreas como educação, ciência, cultura, direitos trabalhistas, soberania nacional, etc), com um aumento de manifestações de intolerância, sobretudo por parte de grupos políticos conservadores e/ou de extrema direita. Esperamos que em 2018 possamos mudar o jogo e ajudar o Brasil a caminhar no sentido da inclusão de amplas parcelas de sua população que ainda vivem em situação de extrema pobreza e de dificuldades!
Aliás, por falar em governo entreguista, ao longo da história a República Dominicana também teve vários governos de perfil entreguista e submisso às potências europeias e aos Estados Unidos. Existiram alguns governos que no século XIX tentaram reanexar a República Dominicana ao Império Espanhol, enquanto que em 1869 o presidente dominicano Buenaventura Báez tentou vender o país aos Estados Unidos por 150 mil dólares! Em 1916 os Estados Unidos enviaram soldados que ocuparam a República Dominicana por 8 anos; um ano antes, em 1915, os EUA fizeram a mesma coisa com o Haiti, e ocuparam militarmente a nação haitiana por 20 anos. Em 1965, os Estados Unidos participaram do golpe de estado que derrubou o presidente dominicano Juan Bosch, acusando-o de esquerdismo, como tinha ocorrido um ano antes (1964), no Brasil, com o golpe de estado que derrubou o presidente constitucional João Goulart (o “Jango”). Aliás, uma história triste é que em 1965 o governo da ditadura militar brasileira enviou soldados para apoiar a ocupação da República Dominicana pelos 14 mil soldados norte-americanos, mostrando nitidamente como o regime militar brasileiro foi vassalo do governo dos EUA.

Foto - Praia de Las Galeras

Perto de Las Galeras, tivemos oportunidade de jantar em um belo restaurante de um casal francês/tailandesa, chamado “El Monte Azul” (com dois cardápios, um francês e um tailandês), situado bem no alto de uma montanha de onde podia se observar toda a baia de Samaná de um lado e o oceano Atlântico do outro lado. Chegamos um pouquinho antes do anoitecer e foi maravilhoso observar o pôr-do-sol de onde estávamos!

Foto - Visão do Alto do Monte Azul

Em um dos dias em que estivemos em Las Galeras, fomos de carro até a Playa Rincón, uma praia bem deserta e bonita situada a 18 km de distância. Aliás, as praias da Península de Samaná são consideradas geralmente um contraponto às praias de Punta Cana, pois enquanto que as primeiras são mais “virgens”, tranquilas e sem muita comercialização, as últimas são geralmente dominadas pelos Resorts caríssimos, pela grande indústria hoteleira e pelo dinheiro.

Foto - Praia Rincón

Um dos problemas desta e de outras praias que conhecemos ao longo da viagem na República Dominicana (do começo ao fim, inclusive em Punta Cana) é a quantidade de “matinho” (“algas”) na areia da praia e flutuando na água do mar. Não é poluição obviamente provocada pelo ser humano, mas não é muito legal para nadar... Para compensar, na ponta esquerda da Praia Rincón, havia um local gostoso onde um riacho com águas bem transparentes e refrescantes formava deliciosas piscinas naturais antes de desaguar no mar.

Foto - Piscina de água natural próxima da Praia Rincón

Em Las Galeras, ficamos no Hotel Villa la Plantacion de um francês bastante gentil e bem humorado chamado Remi. Reservamos este e os outros hotéis desta viagem sempre pelo site booking.com como sempre temos feitos nos últimos anos. Este Hotel tinha uma piscina bem agradável e que ficava muito bonita de noite com a sua iluminação própria.


Foto - Piscina do Hotel Villa la Plantacion em Las Galeras

Em Las Galeras só há um caixa automático ATM para sacar pesos dominicanos, e ele permite que seja retirado pouco dinheiro de cada vez, cobrando uma taxa grande para fazer isto. Portanto, se vier para Las Galeras, traga dinheiro vivo (pesos dominicanos) sacado em caixas automáticos de outras cidades ou traga dólares em espécie para gastar, pois há muitos hotéis e restaurantes que não aceitam cartão de crédito (como ocorre também em outras partes da República Dominicana). Fizemos a nossa reserva no Hotel Villa la Plantacion pelo site booking.com que usa o número de nosso cartão de crédito, mas mesmo assim infelizmente não foi possível pagar com cartão de crédito, mesmo que estivéssemos dispostos a pagar uma quantidade a mais!

Foto - Piscina do Hotel Villa la Plantacion na noite de ano novo

De Las Galeras fomos de carro até a cidade de Las Terrenas situada no norte da Península de Samaná, um local muito chique com muitos franceses e italianos que moram e têm negócios aqui (hotéis, restaurantes, etc) e muitos turistas de diferentes países passeando como nós.

Foto - Praia de Las Terrenas

Aqui ficamos hospedados no Hotel Rincon de Abi de propriedade de uma francesa.

Foto - Piscina do Hotel El Rincon de Abi em Las Terrenas

De noite fomos andando pela praia para jantar no delicioso restaurante La Terrasse (no Pueblo do los Pescadores), uma excelente dica do nosso Guia de Viagens “Dominican Republic” produzido pelo “Lonely Planet”! O jantar delicioso do dia 1º de janeiro aconteceu sob a luz de uma linda Lua Cheia com que iniciamos 2018!

Foto - Jantando a luz do luar em Las Terrenas

Pegamos o carro e fizemos uma grande volta para atingir o outro lado da baia de Samaná e nos hospedarmos por uma noite em um hotel muito legal e com cabanas construídas com pedras em meio a várias quedas de água, nos limites de um dos principais Parques Nacionais da República Dominicana (o “Parque Nacional Los Haitises”): o Hotel “Paraíso Caño Hondo”. Dormimos com o som da cachoeira situada bem do lado de fora da nossa cabana!

Foto - Piscinas de água natural em Paraíso Caño Hondo

Foto - Construções de cabanas do Paraíso Caño Hondo

Foto - Escorregando em queda de agua no hotel Paraíso Caño Hondo

Foto - Cachoeira ao lado de nossa cabana no Paraíso Caño Hondo

Pegamos a estrada costeira para ir até Punta Cana. No caminho paramos para subir (com uma caminhonete adaptada para a estradinha de terra bem inclinada) na “Montanha Redonda” que apresenta uma visão linda do mar de um lado e do interior da ilha de Hispaniola do outro lado. A visão de 360o do alto desta “Montaña Redonda” junto com os vários balanços existentes nela, produziram bastante diversão...

Foto - Balanço no alto da Montanha Redonda

Foto - Balançando no alto da Montanha Redonda

Foto - Rede no alto da Montanha Redonda

Foto - Visão do Oceano Atlântico do alto da Montanha Redonda

Terminamos a nossa viagem hospedando-nos por três noites na região de Punta Cana, mais particularmente em Bávaro. Bávaro e Punta Cana são “praias” que são uma a continuação da outra... Na verdade são a mesma coisa e as pessoas geralmente designam esta região como Bávaro/Punta Cana, uma região cheia de Resorts bem caros e com um mar azul turquesa característico do Caribe (um azul bem clarinho, que alguns denominam “azul calcinha” produzido por areias bem brancas e águas bem transparentes).

Foto - Praia de Bávaro

Foto - Praia de Bávaro em frente ao Capri Beach House

Foto - Nadando na praia de Bávaro

Foto - Tomando Sol na praia de Bávaro

Ficamos num hotel pequeno e pé na praia, bem bacana, chamado “Capri Beach House”. De noite tomávamos um “mojito” (água com gás, rum branco, suco de limão, folha de hortelã, gelo picado e açúcar), uma bebida típica cubana, no restaurante deste hotel. De manhã tomávamos uma deliciosa vitamina mista de frutas que eles faziam.

Foto - Bebendo Mojito

É interessante o número de lojas com anúncios em russo em Bávaro! Muitos russos vem passar as férias de inverno deles aqui e alguns acabaram se estabelecendo na região e montando negócios, evidentes pelas  placas em russo com o objetivo de deixar os turistas russos mais a vontade. Como se sabe, o verão dura pouco na Rússia e por isso eles vem para cá em busca de calor, quando em seu país as temperaturas atingem algumas dezenas de graus Celsius abaixo de zero! Sobre o curto verão russo, há até a piada engraçadinha segundo a qual um russo contente fala para outro: “Quem bom, o verão neste ano caiu num domingo!” rsrsrs...

Foto - Loja com placa em russo em Bávaro

Em cada noite saímos a pé para jantar em um dos restaurantes das redondezas. E num dos dias pegamos o carro e fomos almoçar no restaurante Playa Blanca, situado no Resort Puntacana.   

Foto - Praia do Resort Puntacana

Num dos dias saímos pela praia caminhando alguns quilômetros no sentido leste até o Hotel Resort Barceló. No outro dia decidimos caminhar alguns outros quilômetros pela praia em sentido oeste até o Hotel Resort Ocean  Blue & Sand. Passamos muito protetor solar, para proteger nossa pele, pois o sol estava inclemente. Num local da praia existiam várias placas interessantes indicando as direções para coisas como “felicidade”, “beleza”, “alegria” e “amor”.


Foto - Placas em Bávaro

Na última tarde ficamos observando os cachorros vira-latas de um vizinho do nosso hotel brincando e se divertindo na praia... bateu saudades de nossa três cachorrinhas vira-las: Laila, Vênus e Léia. As nossas cachorras são tudo de bom: elas são nossas companheiras, sempre ao nosso lado!

Foto - Cachorros no fim da tarde em Bávaro



Haiti

Como dissemos antes, logo no começo desta viagem, deixamos na cidade de Santiago de los Caballeros (situada no interior da República Dominicana) o carro que tínhamos alugado e fomos de ônibus (da empresa “Caribe Tours”) até a cidade de Cabo Haitiano (Cap-Haïtien), situada na costa norte do Haiti, a segunda maior cidade do país, depois da capital Porto Príncipe que está situada mais ao sul. Esta viagem de ônibus ao todo teve umas duas horas e meia na República Dominicana, cerca de uma hora e meia na travessia pela fronteira (nas alfândegas dos dois países) e mais umas duas horas e meia no Haiti. Curiosamente havia uma diferença de 1 hora no "fuso horário" (na marcação dos relógios) destes dois países, mesmo eles compartilhando a ilha de Hispaniola que tem pequenas dimensões (e está situada a leste da ilha de Cuba no mar do Caribe).

Foto - Mar no Haiti em Cabo Haitiano

O Haiti é um país muito pobre, na verdade é o país mais pobre das Américas e com índices de pobreza semelhantes a diversos países africanos. Para compararmos, a renda per capita em dólares (já corrigido pelo PPC=Paridade do Poder de Compra) do Haiti é de US$ 1771, enquanto que a da renda per capita da república Dominicana é de US$ 9646 e a renda per capita do Brasil é de US$ 15646 (segundo dados atuais do Wikipedia). A língua nacional (falada por quase todos os haitianos) do Haiti é o "creole" ("crioulo") que surgiu do contato de africanos com franceses, na época da escravidão.

Foto - Catedral de Notre Dame de Cabo Haitiano

Na virada do século XVII para o século XVIII, Saint-Domingue ou São Domingos (como era denominada pelos franceses a região do atual Haiti) era a colônia mais próspera da França, sobretudo pela riqueza advinda do açúcar e do comércio de escravos. Após a Revolução Francesa de 1789, os 500 mil escravos negros do Haiti decidiram que também tinham o mesmo direito à liberdade dos franceses e iniciaram aquela que é conhecida como a Revolução dos Escravos ou Revolução Haitiana com sangrentas batalhas que ocorreram entre 1791 e 1804. Esta foi a primeira revolução de escravos bem sucedida da história – conseguir tanto acabar com a escravidão, quanto declarar a independência do Haiti – mas amedrontou muito todos os países que tinham colônias e/ou que tinham escravos – como foi o caso de diversos países europeus e também dos Estados Unidos – que batalharam para punir exemplarmente o Haiti, sufocando as aspirações de desenvolvimento social para impedir que o seu exemplo se propagasse para outras regiões que eram colônias e/ou em que a escravidão vigorava.

Foto - Hostelaria do Rei Christophe em Cabo Haitiano

Mais informações sobre a revolução Haitiana podem ser encontradas no texto “A Revolução escrava do Haiti” no link <http://www.esquerda.net/dossier/revolu%C3%A7%C3%A3o-escrava-do-haiti>, no texto “Revolução Haitiana e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão” no link <http://www.historia.uff.br/nec/sites/default/files/Revolucao_Haitiana_e_a_Declaracao_dos_Direitos_do_Homem_e_do_Cidadao.pdf> e no texto “São Domingos, a única revolta de escravos que foi vitoriosa” <https://jornalggn.com.br/noticia/sao-domingos-a-unica-revolta-de-escravos-que-foi-vitoriosa>. O temor que a revolução haitiana causava nas metrópoles decorria do fato de ela poder se transformar em um exemplo “ruim” para as suas colônias. Sobre isto, é bastante esclarecedor o artigo “Nem terremoto, nem furacão, o Haiti é até hoje punido por sua revolução negra” que pode ser lido no link: <http://operamundi.uol.com.br/blog/samuel/agora/haiti-furacao-terremoto-revolucao/>.
Uma parte dos preconceitos contra haitianos são originados a partir de concepções equivocadas a respeito da religião vudu (“vodou”) que é parte central da identidade haitiana e é hoje reconhecida pela constituição haitiana como uma religião nacional junto com o cristianismo. Infelizmente, por causa de estereótipos e de compreensões mal feitas, até hoje há muitas associações negativas quando se fala do vudu (tais como as referências às bonecas vudu, a zumbis e à magia negra, por exemplo). Na verdade o vudu é um sistema religioso sofisticado de crenças que tem raízes no passado africano da esmagadora maioria da população do Haiti e na rebelião dos escravos que tornou o país independente.

Foto - Praça de Armas de Cabo Haitiano

O terremoto de 2010 atingiu mais o sul do Haiti, provocou cerca de 200 mil mortes de haitianos e aprofundou os problemas seculares existentes neste país. Por isso, a participação de soldados do Brasil (e de tropas da ONU) após esta tragédia foi realmente muito importante para trazer segurança para os seus cidadãos e estabilidade para o país: para termos ideia, cerca de 1,5 milhões de haitianos perderam a casa com este terremoto, isto em um país com aproximadamente 10 milhões de habitantes.

Foto - Carros das Nações Unidas em Cabo Haitiano

A música “Haiti” de Caetano Veloso fala um pouco da miséria existente no Haiti e, de tabela, nos faz refletir sobre como em um país de desenvolvimento mediano como o Brasil, mas com índices extremos de desigualdade, acabam existindo verdadeiros “Haitis”. Esta música, com seus versos “O Haiti é aqui / O Haiti não é aqui”, cantada por Caetano Veloso e Gilberto Gil, pode ser escutada em: <https://www.youtube.com/watch?v=nSJHrHrBkPI>.

Foto - Restaurante La Kay em Cabo Haitiano

Uma das coisas mais evidentes em países muito pobres como o Haiti é a existência de lixo para todo lado, o que ficava evidente conforme se anda pela cidade. Conforme os países vão enriquecendo, as pessoas vão ficando mais críticas a situações de sujeira e de poluição espalhada pelas cidades e há mais recursos para se cuidar melhor do lixo produzido pela sociedade! Se comparado com a Suécia, o Brasil é ainda um país de baixo desenvolvimento humano (“pobre”), mas ao compararmos com o Haiti, o Brasil é um país com um considerável desenvolvimento humano (“rico”): isto é interessante, porque cria uma noção de perspectiva sobre a nossa condição brasileira, no rol das nações do mundo. Obviamente não tiramos fotos de regiões sujas e poluídas, pois não visitamos o país para isto, não queremos dar a impressão de que só há coisas ruins no Haiti e achamos que os turistas devem sempre que for possível visitar este país, pois turistas trazem dinheiro, o que ajuda a tirar o país da miséria e a melhorar as condições de vida de seus habitantes.
Após voltarmos ao Brasil ficamos sabendo da triste declaração do presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, chamando o Haiti e outras nações de “países de merda” (“shithole”), como é possível ler no texto “Revolta mundial após comentário de Trump sobre Haiti e países africanos” no link: <https://www.cartacapital.com.br/internacional/revolta-mundial-apos-comentario-de-trump-sobre-haiti-e-paises-africanos>. O Haiti, assim como muitos outros países pobres do mundo todo – que foram usados por séculos para enriquecer os atuais países ricos por meio da colonização, da escravidão, da exploração de seus recursos naturais, etc – não merecem este tipo de tratamento, mas sim precisam de respeito e de ajuda dos países que são considerados mais ricos no mundo atual, no que diz respeito à infraestrutura, à educação, etc. Temos a opinião que a intensificação das relações diplomáticas e econômicas do Brasil com nações africanas, asiáticas e latino-americanas durante os governos Lula e Dilma foi algo importante para ajudar a tirar estes países da situação de penúria em que vivem, afinal de contas o Brasil em certo sentido também se beneficiou com o trabalho de escravos que foram trazidos acorrentados para o nosso país. Com tanta miséria no Haiti é compreensível que haitianos tentem emigrar para outros países, inclusive para o Brasil, como ocorreu e tem ocorrido: precisamos ser compreensivos e, sempre que puder, devemos ser receptivos, pois o Brasil foi um país de imigrantes (e de africanos que vieram para cá escravizados) e deve continuar sendo, pois é esta mistura de povos e etnias que nos transforma em um país único em termos culturais!

Foto - Haiti esta aí para você! (visitar)

Em quatro restaurantes de Cabo Haitiano comemos bons pratos (com padrão internacional), que recomendamos a quem for se aventurar pelo Haiti: La Kay, Cap Deli, Hostelaria do Rei Christophe e Boukanye. Na cidade de Cabo Haitiano, há algumas atrações turísticas para serem vistas, tais como a Catedral (que está fechada para reparos), a Praça de Armas e o Mercado de Ferro.
Mas a principal atração turística fica na cidadezinha de Milot situada a 20 km de Cabo Haitiano: são as ruínas do Palácio de Sans Souci e da Fortaleza da Citadela (“Citadelle Laferrière”). Percorremos este trajeto entre Cabo Haitiano e Milot em cerca de uma hora, de “tap tap”, uma caminhonete com acentos na parte de atrás onde podem ir entre 15 e 20 pessoas.
O Palácio Sans Souci foi construído logo após o final da revolução haitiana, por Henri Christophe (que tinha se proclamado rei da parte norte do atual Haiti) e objetivava rivalizar com o famoso Palácio de Versalhes, situado nos subúrbios de Paris. A sua construção terminou em 1813, mas ele tornou-se ruína com o terremoto de 1842 e acabou sendo abandonado.

Foto - Ruínas do Palácio de Sans Souci

Contratamos um guia local que nos explicou sobre a história deste palácio conforme percorríamos as suas ruínas.

Foto - Palácio de Sans Souci

Na região próxima do Palácio de Sans Souci, mas num pico de 900 metros de altura esta outra riqueza histórica e arquitetônica da região: a fortaleza da Citadela do Pico Laferrière, construída pelo Rei Christophe (o seu término ocorreu em 1820) com o objetivo de servir para a defesa militar com respeito a um possível ataque de nações imperialistas (principalmente da França). Como para chegar até ela era necessário subir a montanha a cavalo e como a Divina não estava com as costas boas, decidimos não ir até a “Citadelle” e nos concentramos na região do Palácio Sans Souci. Ambas as construções (Sans Souci e Citadelle) foram declaradas como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Foto - Citadelle (foto disponível na internet)

Na nossa visita ao Palácio Sans Souci, percebemos que um rapaz estava escutando música usando um sistema de produção de eletricidade a partir da energia solar.

Foto - Escutando música com energia de placa solar


O Al Gore, em seu novo filme “Uma verdade mais inconveniente” (também sobre o aquecimento global) sustenta que assim como muitos países pobres (na África, por exemplo) passaram a utilizar a telefonia móvel, sem passar pelo estágio da telefonia fixa (“queimando ou pulando etapas”), o mesmo poderia em tese ocorrer com a questão energética, ou seja, os países pobres poderiam começar a utilizar energia elétrica produzida por fontes renováveis, como a energia eólica ou a energia solar, sem passar pelo estágio de queimar combustíveis fósseis (petróleo, carvão) para produzir eletricidade. Para isto a produção de energia eólica ou de energia solar tem que baratear obviamente (em específico, as placas de coleta de energia solar tem se tornar consideravelmente mais baratas), o que só será conseguido com um maior investimento em pesquisas científicas e tecnológicas. Quem sabe, isto possa auxiliar países pobres como o Haiti a proporcionarem mais qualidade de vida a seus habitantes, pois sabemos que a qualidade de vida é diretamente dependente do acesso de todos os cidadãos à energia elétrica em quantidade suficiente para que possa atender às necessidades básicas de cada ser humano.

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Visitando quatro grandes cidades dos EUA

Em julho de 2017 partimos para visitar e conhecer melhor 4 grandes cidades dos EUA, pela ordem: New York (NY), a capital Washington D.C. (DC), Chicago (CH) e, por fim, San Francisco (SF), onde a Divina apresentaria um trabalho acadêmico (em coautoria com minha irmã Renata Plaza Teixeira) no Congresso da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria. Para servir de guia para esta viagem compramos pela internet os capítulos (em pdf), de guias do Lonely Planet, referentes a estas 4 cidades norte-americanas.

New York

Voamos de São Paulo para New York pela Copa Airlines, com escala na cidade do Panamá. Chegamos em New York de madrugada no aeroporto JFK e pegamos um trem com conexão de metrô até o nosso hotel Pennsylvania que ficava mais ou menos perto do centro da ilha de Manhattan, próximo da estação ferroviária Penn. Como teríamos três dias inteiros em New York, decidimos dividir a ilha de Manhattan em três partes, e visitar no primeiro dia a parte mais ao sul da ilha (Lower Manhattan), no segundo dia a parte central da ilha (mais nas proximidades de nosso hotel até a altura do sudeste do central park) e no terceiro dia a parte mais ao norte da ilha e o Harlem (acabamos não indo para o Brooklyn, por exemplo, que fica fora da ilha de Manhattan).
No primeiro dia, saímos andando e admirando as construções desta selva de pedra que é New York: passamos perto do “Empire State Building” (o alto do prédio estava coberto por nuvens), da Union Square, da Washington Square com seu Arco e da New York University.

Foto - NY (NEW YORK) - Arco da Washington Square


Então conhecemos o Cafe Wha (onde músicos como Bob Dylan tocaram no início da carreira), e nos dirigimos para a região do Greenwich Village, onde iniciou-se a luta pelos direitos de homossexuais nos Estados Unidos: uma referência importante é o “Stonewall Inn” um bar gay onde ocorreu o primeiro movimento organizado de homossexuais pelos seus direitos civis.


Foto - NY - The Stonewall Inn

Em frente ao Stonewall Inn havia uma pracinha com esculturas representando um casal de homens gays de pé e um casal de lésbicas sentadas.

Foto - NY - Estátuas de casais gays

Então nos dirigimos até a Ponte do Brooklyn (que faz a travessia da ilha de Manhattan até o bairro do Brooklyn), uma bela obra de engenharia.

Foto - NY - Ponte do Brooklyn

Em seguida nos deslocamos até a região onde havia os antigos dois prédios do World Trade Center que foram vítimas dos atentados terroristas de 2001. Lá foi possível admirar o impressionante e tocante “monumento” às vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001: morreram 3.278 pessoas, a esmagadora maioria de civis, inclusive mulheres, crianças e idosos, e até pessoas de religião mulçumana.

Foto - NY - Monumento em homenagem às vitimas dos atentados de 11 de setembro de 2001

É importante repudiar a violência brutal destes atentados de 11 de setembro de 2001 e toda a dor que eles provocaram. Mas é importante lembrar também de toda a dor (com ordens muito maiores devido à quantidade muito maior de pessoas atingidas) provocada pelas ações militares norte-americanas pelo mundo afora: mais de 2 milhões de vietnamitas mortos na Guerra do Vietnã, centenas de milhares de palestinos, afegãos e iraquianos mortos nos 15 últimos anos, centenas de milhares de mortos e torturados em regimes ditatoriais favoráveis aos Estados Unidos na América Latina nos anos 19760, 1970 e 1980, financiamento de exército de mercenários contra países da África que tornaram-se independentes após a segunda guerra mundial, etc... As próprias bombas de Hiroshima e Nagasaki também podem ser consideradas de certa maneira da mesma forma!
Passamos então por Wall Street onde fica a Bolsa de Valores de New York, que é a mais importante bolsa de valores do mundo, com a tradicional estátua dourada de um búfalo que representa os momentos em que as ações estão em alta.

Foto - NY - Touro de Wall Street

Finalmente, chegamos ao local de onde sai o Ferry Boat para Staten Island (bem na parte sul da ilha de Manhattan) que é gratuito!
A viagem de barco (Ferry Boat) é legal, dura pouco menos que meia hora e do barco dá para ver o “skyline” de Manhattan (a “linha dos prédios”).

Foto - NY - Ilha de Manhattan vista do Ferry Boat

E dá para ver também a Estátua da Liberdade, pois o barco passa perto dela durante a ida e a volta. Quando chegamos em Staten Island não ficamos muito tempo, pois já estava tarde, e pegamos rapidamente um Ferry Boat de volta (também gratuito). Aliás, nesta que é a terra do capitalismo e do dinheiro (money) dá para fazer muita coisa legal gratuitamente.

Foto - NY - Estátua da Liberdade

No segundo dia em New York, deu para ver o alto do Empire State Building que não estava sob névoa desta vez: este arranha-céu de 102 andares é conhecido por ser onde o King Kong sobe para fugir das armas que o estavam atacando, no famoso filme.

Foto - NY - Empire State

Deu para ver também o alto do Prédio da Chrysler que segundo alguns é o prédio mais bonito da cidade (mas não o mais alto)

Foto - NY - Prédio da Chrysler

Fomos então conhecer o belo prédio da Biblioteca Pública de New York, outro local que é gratuito para ser conhecido.

Foto - NY - Biblioteca pública de New York

Por dentro, as várias salas desta maravilhosa Biblioteca são arquitetonicamente impressionantes.

Foto - NY - Interior da Biblioteca Pública de New York

Fomos também conhecer o belo prédio da estação de Trem “Grand Central” que é lindo por dentro.

Foto - NY - Interior do Terminal de Trem Grand Central

Dai nos dirigimos ao prédio da ONU (Organização das Nações Unidas) que fica ao lado do “East River” (“Rio Leste”). Lá está o painel “Guerra e Paz” pintado pelo grande artista brasileiro Candido Portinari. Quando este mural foi inaugurado em 1956, Portinari não pode estar presente, pois seu visto foi recusado e ele foi proibido de entrar nos Estados Unidos, devido à sua histórica militância comunista.
Uma escultura antibélica em frente ao prédio na ONU nos chamou a atenção devido ao seu simbolismo, sobretudo na atual situação de nosso país, quando brasileiros de mentalidade conservadora e obtusa defendem a liberação total da venda de armas de fogo entre os cidadãos!

Foto - NY - Escultura antibelicista em frente ao prédio da ONU

Conhecemos em seguida o prédio do Rockefeller Center, associado à família de banqueiros Rockefeller, uma das mais ricas da história dos EUA. Nos anos 1930, esta família contratou o conhecido pintor e muralista mexicano Diego Rivera para pintar um mural para se localizar no lobby de entrada do principal prédio do Rockefeller Center. O mural “Man at crossroads” (“Homem na encruzilhada”) de Diego Rivera tinha várias referências às lutas de trabalhadores do mundo todo por direitos sociais e pela liberdade. A imprensa mais conservadora, na época começou a atacar a obra de Rivera, qualificando-a de propaganda anticapitalista. Mas a gota d´água, como se diz, foi quando Rivera colocou a imagem do revolucionário soviético Vladimir Lênin em uma parte do mural. A família Rockefeller exigiu que Rivera retirasse Lênin do mural, mas o pintor recusou-se a fazer isto, que para ele significava mutilar a concepção original da obra. Em 1934, a obra foi destruída por ordem da família Rockefeller e outro mural feito por Josep Sert foi feito no mesmo local. Diego Rivera posteriormente repintou a mesma composição no México, com o título “Man, Controller of the Universe” (“Homem, o Controlador do Universo”). Este episódio está bem descrito no recomendadíssimo filme “Frida”, lançado em 2002 e que trata da vida da artista Frida Kahlo, companheira de Diego Rivera; mais informações sobre este filme podem ser obtidas no site IMDB no link: <http://www.imdb.com/title/tt0120679/?ref_=nv_sr_1>. Este filme pode ser baixado gratuitamente por meio do site “Filmes Cult” no link: <http://filmescult.com.br/frida-2002/>.


Foto - NY - Rockfeller Center

Em frente ao Rockefeller Center está a bela e neogótica Catedral de Saint Patrick. É importante lembrar que São Patrício é uma referência importante para os imigrantes católicos irlandeses que também se estabeleceram em New York, juntamente com imigrantes do mundo todo. Os Estados Unidos, assim como o Brasil, é uma nação que foi construída por imigrantes e por isso é um contrassenso ver políticos conservadores atacar os imigrantes com propostas de cunho racista, xenófobo e fascista. Esta catedral é um bom local para procurar a paz de espírito no centro desta movimentada metrópole.

Foto - NY - Catedral de São Patrício - St. Patrick

Passamos então pelo MoMA (“Museum of Modern Art”=”Museu de Arte Moderna”) e descansamos um pouco em seu jardim.

Foto - NY - Jardim do Museu de Arte Moderna – MoMA

Passamos também em frente da “Trump Tower”, propriedade de outro milionário que está fazendo muitos estragos pelo mundo, pelo fato de infelizmente ocupar atualmente a cadeira de presidente dos Estados Unidos e executar políticas terríveis e lesivas para cidadãos de outros países e também para cidadãos norte-americanos das classes populares e de minorias.

Foto - NY - Trump Tower

Da frente desta “Torre de Trump” estava saindo uma manifestação pacífica em forma de passeata até o Central Park, contra iniciativas políticas fascistas do governo Trump, manifestação a qual nós prontamente aderimos e passamos a participar!

Foto - NY - Manifestação contra iniciativas políticas fascistas do governo Trump

Ao final da passeata, entramos no Central Park, que no verão é uma maravilha e tudo de bom...

Foto - NY - Central Park

Foto - NY - Estátua de cachorro no Central Park

Na borda leste do Central Park fomos conhecer o maior museu de arte (e também de objetos históricos) da cidade, o famoso Metropolitan Museum of Art (Museu Metropolitano de Arte). O seu interior é imenso e como muitos museus de países europeus, apresenta riquezas que foram, na avaliação de muitos (inclusive, na nossa opinião), verdadeiramente saqueadas de países mais pobres, como Egito, Síria, Iraque, Turquia, Grécia, etc.    

Foto - NY - Interior do Metropolitan Museum

Após a nossa visita ao “The Met” (como é conhecido popularmente o Metropolitan), fomos a outro museu de arte moderna que fica perto e que também é mundialmente conhecido, o Guggenheim Museum: só o prédio deste museu já é uma obra de arte!

Foto - NY - The Solomon Guggenheim Museum

Voltamos de metrô até a “Times Square” que é um dos locais com mais agitação da cidade e que de noite torna-se um local com muita luz e letreiros luminosos!

Foto - NY - Times Square de noite

De lá fomos andando até o nosso hotel. Antes de entrar no Hotel, passamos pelo “Madison Square Garden” que fica em frente e onde acontecem muitas competições esportivas e outros eventos.
No terceiro dia de manhã em New York, pegamos o metrô e fomos até o norte do Central Park, para conhecer o famoso e histórico bairro negro “Harlem”.

Foto - NY - Igreja no Harlem

Participamos de uma missa em uma igreja do Harlem, pois era domingo. Na primeira Igreja que tentamos entrar, não pudemos, pois eu estava de bermuda e sandália havaiana: Deus não deve gostar de gente mal vestida (pelo menos aquele Deus)! Fomos também ao “Studio Museum  Harlem” que é uma importante instituição cultural desta região da ilha de Manhattan e até o Teatro Apollo, uma verdadeira lenda.

Foto - NY - Teatro Apollo no Harlem

Ali perto vimos cartazes de personalidades importantes e que se tornaram referência para a população negra dos EUA e do mundo todo: Martin Luther King Jr, Nelson Mandela, Barack Obama, etc.

Foto - NY - Cartazes em frente ao teatro Apollo no Harlem

Fazia bastante calor e fomos andando até a prestigiada Universidade de Columbia. O prédio central é lindo e ficamos passeando pelas suas várias construções. A frente da Biblioteca da Columbia University é magnífica!

Foto - NY - Biblioteca da Universidade Columbia

Perto desta Universidade, entramos na “Cathedral Church of St. John the Divine” (“Catedral Igreja de São João o Divino”) e lá havia uma escultura muito legal com um monte de animais de “patas dadas” (“mãos dadas”) e dançando em uma roda!

Foto - NY - Esculturas de animais na Catedral church of St. John the Divine

Havia também outra escultura legal para quem é “cachorreiro” como nós, com um cachorro dando a pata para alguém que se aproximasse.

Foto - NY - Escultura de um cachorro na Catedral de St. John the Divine

Pegamos então o metrô e fomos até o Museu de História Natural de New York, que é fabuloso para quem gosta de ciência e/ou é curioso e/ou é criança. O paleontólogo, biólogo evolucionista, escritor e divulgador de ciência Stephen Jay Gould escreveu o livro “Viva o Brontossauro: reflexões sobre história natural”, no qual, em um capítulo, descreve como a ida a este museu quando ele era criança acabou sendo decisiva para que ele decidisse mais tarde se tornar um cientista. Logo no Hall de entrada deste Museu estão impressionantes esqueletos de imensos dinossauros.

Foto - NY - Hall de entrada do Museu Americano de História Natural

Neste Museu fica o importante Planetário Hayden dirigido por Neil deGrasse Tyson, o ex-aluno de Carl Sagan que criou o remake da série “Cosmos” (a série original “Cosmos” foi feita nos anos 1980 por Carl Sagan) e que é um dos mais importantes divulgadores da ciência no mundo de hoje. Se você não o conhece vale a pena assistir suas entrevistas e outros programas seus que estão disponíveis no youtube, tais como este trecho de 8 minutos de um debate em que ele analisa o tema “ciência, religião e o Deus das lacunas”: <https://www.youtube.com/watch?v=8iKu5wrafJc>.

Foto - NY - Foto da Lua no Planetário Hayden

Fomos então até a beira do Rio Hudson, um local muito agradável devido ao intenso calor de verão que fazia.

Foto - NY - Rio Hudson

Finalmente, antes de anoitecer, passamos pelo Lincoln Center, um local repleto de atrações artísticas para todos os gostos.

Foto - NY - Lincoln Center

Perto do nosso hotel, foi legal observar o prédio do Empire State de noite: a iluminação lhe dá um aspecto muito bacana.

Foto - NY - Empire State Building de noite

No dia seguinte, bem de manhã, pegamos o trem da Amtrek para a capital dos Estados Unidos, Washington, D.C. (District of Columbia): esta sigla (D.C.) impede que ele seja confundido com o estado de Washington que fica na costa oeste, no outro lado dos Estados Unidos. A viagem de trem durou cerca de três horas e meia.

Foto - NY - Trem de New York para Washington, D.C.


Washington, D.C. (District of Columbia)

Washington é uma cidade que foi construída nos anos 1790 (e inaugurada em 1800) para ser a capital dos EUA, assim como muito tempo depois, no final dos anos 1950, ocorreu com Brasília, a cidade construída para ser a capital do Brasil. Ficava mais ou menos no meio das treze colônias iniciais da Inglaterra na costa leste da América do Norte e que deram início aos atuais Estados Unidos (hoje são 50 estados). Ficamos três dias em Washington.

Foto - DC (WASHINGTON, DC) - Estação de trem de Washington

Chegamos de trem no final da manhã e fomos de metrô para nosso hotel; lá deixamos nossas malas e saímos para ir até o National Mall, um parque gramado retilíneo com cerca de 100 metros de largura e três quilômetros de comprimento. Numa ponta está o prédio do Congresso (“Capitol” ou “Capitólio”) e na outra ponta está o Lincoln Memorial, com o grande obelisco branco do Monumento a Washington mais ou menos no meio. Ao redor desta estrutura retilínea gramada de 3 quilômetros estão situados diversos museus (a maioria deles é gratuita) e memoriais.

Foto - DC - Obelisco do Monumento a Washington

Fomos então conhecer o impressionante Museu do Holocausto que tem como tema o genocídio de cerca de 6 milhões de judeus pelos alemães nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Foto - DC - Museu do Holocausto

Este realmente é um museu impressionante e que deve ser visitado por todos! As suas salas nos fazem refletir sobre a crueldade que o ser humano pode atingir, quando é movido pelo ódio e/ou é conduzido pelos interesses econômicos de um país ou de um grupo de indivíduos.

Foto - DC - Marcas nos braços das vítimas do Holocausto

Passamos então pelo Memorial Nacional da Segunda Guerra Mundial que estava bem agradável por toda a água existente, devido ao calor que fazia. Os dois Arcos nos lados opostos da praça lembram a vitória no Atlântico (sobretudo contra os alemães) e no Pacífico (contra os japoneses), os dois teatros de batalha para os norte-americanos.

Foto - DC - Memorial Nacional da Segunda Guerra Mundial

Fomos então andando pela sombra de algumas árvores até o Memorial de Lincoln, o presidente que nos anos 1860 aboliu a escravidão nos Estados Unidos.

Foto - DC - Memorial de Lincoln

Perto do Memorial de Lincoln, passamos pelo Memorial dos Veteranos da Guerra do Vietnã, e fomos até a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos: na sua frente há uma gigantesca estátua do Einstein, onde é possível sentar!

Foto - DC - Estátua de Einstein na frente da Academia Nacional de Ciências

Passamos então pelo Memorial da Guerra da Coréia e fomos conhecer o Memorial a Martin Luther King, o líder do movimento pelos direitos civis dos negros que foi assassinado em 1968.

Foto - DC - Memorial a Martin Luther King

Passamos também pelo Memorial a Frankin Delano Roosevelt (FDR), o presidente que realizou as políticas públicas keynesianas (com fortes intervenções do estado) que ajudaram a tirar os Estados Unidos da crise econômica após a quebra da bolsa de valores de New York em 1929 e que conduziu o país durante a Segunda Guerra Mundial. Ali, numa das paredes estava a sua famosa frase: “A única coisa da qual devemos ter medo é do próprio medo” (“The only thing we have to fear is fear itself”).

Foto - DC - A única coisa da qual devemos ter medo é o próprio medo

Dali passamos pelas margens do Rio Potomac e ao lado da lagoa da Tidal Basin (“Bacia de Marés”) admiramos ao longe na linha do horizonte o Obelisco do Monumento a Washington e o prédio do Memorial a Jefferson, para onde nos dirigimos.

Foto - DC - Obelisco e Memorial a Jefferson

Foto - DC - Interior do Memorial a Jefferson

No segundo dia em Washington, iniciamos os nossos passeios conhecendo o lindo prédio da Suprema Corte que fica atrás do Capitólio.

Foto - DC - Suprema Corte

Na sequência conhecemos a famosa Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos que é considerada a maior biblioteca do mundo, com 62 milhões de itens.

Foto - DC - Biblioteca do Congresso

A parte interior desta Biblioteca é fantástica e há diversas exposições acontecendo sempre em algumas de suas salas.

Foto - DC - Interior da Biblioteca do Congresso

Dai então partimos para conhecer alguns dos espaços interiores do Prédio do Congresso dos Estados Unidos (“Capitólio”).

Foto - DC - Congresso dos Estados Unidos

Passamos pelo Museu dos Índios Americanos que tem uma construção arquitetonicamente arrojada.

Foto - DC - Museu dos Índios Americanos

Entramos então no Museu Aeroespacial, para conhecer melhor este local magnífico para qualquer “nerd” ou pessoa que ame a ciência.

Foto - DC - Dentro do Museu Aeroespacial

Em uma de suas salas estava até uma maquete da famosa nave espacial Enterprise da série “Star Trek” (“Jornada nas Estrelas”).

Foto - DC - Enterprise

No terceiro dia em Washington, acordamos e fomos até a Casa Branca (White House), local onde reside o presidente da República.

Foto - DC - Casa Branca

Logo após chegarmos na parte de trás da Casa Branca, iniciou-se uma manifestação contra um proposta legislativa apoiada pelo presidente Trump que pretende reduzir e dificultar o direito de voto nos Estados Unidos. Nos solidarizamos com a manifestação, inclusive com uma das suas palavras de ordem: “Resista”! Vale também para o Brasil de 2017, tendo em vista o ataque que estamos sofrendo no que diz respeito a direitos trabalhistas e a conquistas sociais que ocorreram na última década.


Foto - DC - Manifestação em frente à Casa Branca – Resista

Fomos então conhecer aquele que é um dos museus mais recentes de Washington: o Museu Nacional da História e da Cultura Afro-Americana.

Foto - DC - Museu da História e da Cultura Afro-Americana

Tivemos sorte e conseguimos entrar para conhecer (próximo do horário do almoço), pois este parece que é atualmente o museu mais visitado pelos turistas. As suas salas são uma verdadeira aula de história para qualquer cidadão interessado em aprender sobre a complexa luta de afro-americanos pelos seus direitos civis e contra o racismo. Numa das suas salas estava uma escultura sobre os dois atletas negros norte-americanos com os punhos cerrados, nas olimpíadas de 1968 na cidade do México, em um protesto contra o racismo; a história deste protesto pode ser lida no link: <http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-maior-protesto-da-historia-das-olimpiadas/>.


Foto - DC - Punhos cerrados dos atletas negros nas medalhas de ouro e bronze das olimpíadas de 1968

Fomos então visitar o Museu Nacional de História Natural, com muitos esqueletos de dinossauros, como no Museu de História Natural de New York. Estava ocorrendo uma deliciosa mostra de fotos da natureza que foram premiadas (“Nature´s Best Photography”): simplesmente sensacional.

Foto - DC - Junto a uma foto premiada

Uma das belas fotos era de uma leoa com seus dois filhotes.

Foto - DC - Foto da natureza premiada de Leoa com filhotes

A foto de um urso descansando em um monte de neve também é muito legal!

Foto - DC - Foto da natureza premiada de Urso

Magnífica também é a foto de dois elefantes.

Foto - DC - Foto da natureza premiada de dois elefantes


Também adoramos a foto que parece ser de um casal de leopardos.

Foto - DC - Foto da natureza premiada de leopardos

No dia seguinte bem de manhã (ainda era madrugada), fomos até o aeroporto de Washington (por meio de um carro do Uber) e voamos para a cidade de Chicago, situado no norte dos EUA, próximo ao Canadá.

Chicago

Chegamos no aeroporto de Chicago de manhã e pegamos o trem que ia até o nosso hotel que ficava perto de um estação de trem do outro lado da cidade, mas na mesma linha que partia do aeroporto. Aliás, este trem funcionava até de madrugada, com uma frequência menor, obviamente. No trem havia uma mulher com um filhote de gatinho bem sapeca e brincalhão.

Foto - CH (CHICAGO) - Gatinho no trem

Deixamos as malas no hotel e saímos para conhecer esta que é a terceira maior cidade dos EUA, depois de New York e Los Angeles. Passamos por uma livraria da famosa rede “Barnes & Noble” e fomos a seguir conhecer o interior da magnífica biblioteca pública de Chicago.

Foto - CH - Biblioteca Pública da cidade de Chicago

Fomos então até o parque que fica na orla do Lago Michigan, um dos cinco grandes lagos localizados na fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá. Esta grande área verde fica bem em frente da cidade de Chicago, entre os seus prédios e o lago.

Foto - CH - Parque na orla do lago Michigan

Caminhamos então até o lado sul onde está localizado o Museu Field de História Natural.

Foto - CH - Museu Field de Historia Natural

Dentro dele, novamente muitos esqueletos de dinossauros gigantescos que levavam as crianças (inclusive aquelas crianças de espírito como nós...) à loucura.

Foto - CH - Museu Field de Historia Natural - Esqueleto de Dinossauro

Deste museu seguimos andando, passamos pelo Aquário Shedd e fomos até o Planetário Adler que estava com propagandas acerca do grande eclipse do sol que ocorreria no dia 21 de agosto de 2017 nos EUA. No câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), onde leciono, acabamos realizando um evento no dia deste eclipse para acompanhar o que aconteceu nos Estados Unidos, com o objetivo de estimular a curiosidade científica dos mais jovens. O texto intitulado “Eclipse de 21 de agosto foi exibido e discutido no IFSP-Caraguatatuba” descreve o nosso trabalho e pode ser lido no link: <https://www.ifspcaraguatatuba.edu.br/noticias/eclipse-de-21-de-agosto-foi-exibido-e-discutido-no-ifsp-caraguatatuba>.

Foto - CH - Planetario Adler

Da frente deste planetário, havia uma bela visão da cidade de Chicago e do lago Michigan.

Foto - CH - Visão de Chicago a partir da frente do Planetário Adler

Pegamos então um ônibus e fomos para a outra ponta da cidade (ao norte), o Navy Pier, um local também ao lado do lago Michigan e cheio de diversões para crianças e adultos. Lá havia um parque coberto em forma de estufa com muitas palmeiras e “jatos de água” que formavam belas parábolas...

Foto - CH - Palmeiras e parábolas no Navy Pier

Havia também um “Beer Garden” (“Jardim de Cerveja”). Lá numa das casas estava acontecendo uma espécie de aula de dança com músicas brasileiras! A Divina aproveitou para literalmente entrar na dança!

Foto - CH - Dançando no Beer Garden do Navy Pier

Foi legal ver os prédios de Chicago ao entardecer, a partir deste Navy Pier.

Foto - CH - Prédios de Chicago no entardecer

Após a noite cair, bem em frente ao Navy Pier, havia um jardim com jatos de água coloridos por feixes de luz e que novamente formavam belas parábolas devido à ação da gravidade.

Foto - CH - Parábolas com jatos de agua coloridos

No dia seguinte, pegamos um ônibus e fomos até o Jardim Zoológico de Chicago, o Lincoln Park Zoo, que é gratuito e fica mais afastado do centro da cidade.

Foto - CH - Lincoln Zoo Park

Foi legal observar os macacos nas suas atividades, sobretudos naquela em que um macaco coleta os piolhinhos do outro, o que para muitos é uma espécie de ancestral fóssil do nosso “cafuné”!

Foto - CH - Macaco catando piolho em outro macaco no Zoológico de Chicago

Dali, pegamos um ônibus e retornamos para o centro de Chicago, indo conhecer o parque da esplanada do Rio Chicago (“River Esplanade Park”).

Foto - CH - Rio Chicago

Como Chicago é uma cidade muito fria no inverno, no verão as pessoas gostam muito de sair para locais abertos, praças e parques.

Foto - CH - Prédio do Chicago Tribune

Ali perto visitamos os diferentes espaços do Centro Cultural de Chicago, que tem salas belíssimas.

Foto - CH - Chicago Cultural Center

Fomos então para o Millenium Park localizado entre a cidade e o lago Michigan. Lá existe uma escultura espelhada chamada Cloud Gate, mas que é também conhecida como “The Bean” (“O Feijão”), devido ao seu formato.

Foto - CH - Cloud Gate no Millenium Park - The Bean

O nosso reflexo na superfície espelhada desta escultura produz imagens curiosas.

Foto - CH - Embaixo da escultura The Bean

Neste momento estava começando um concerto gratuito de música ao ar livre neste parque, no Jay Pritzker Pavillon, e fomos obviamente curtir as músicas.

Foto - CH - Concerto no Millenium Park

No Parque Millenium havia muitas obras de arte contemporâneas que chamavam a atenção pelo inusitado.

Foto - CH - Obra de arte no Millenium Park

Pegamos então um ônibus e fomos para o Museu da Ciência e da Indústria, imenso e cheio de atividades interativas.

Foto - CH - Museum of Science & Industry

Dali, fomos conhecer a importante Universidade de Chicago, cujos prédios se espalham por uma grande região arborizada ao sul e que está mais afastada do centro da cidade.

Foto - CH - Universidade de Chicago

Lá estivemos no monumento que lembra o local onde aconteceu em 02 de dezembro de 1942, a primeira reação nuclear em cadeia autossustentada, feita pelo físico de origem italiana Enrico Fermi que tinha fugido do regime fascista que vigorava na Itália.

Foto - CH - Local da primeira reação nuclear autossustentada feita por Fermi na Universidade de Chicago

Numa porta de entrada para uma Biblioteca da Universidade havia dois avisos: proibido fumar e proibido entrar com armas de fogo! Terrível... E pensar que tem gente no Brasil que defende a proposta de facilitar a venda de armas de fogo, como acontece nos EUA! Os Estados Unidos têm coisas interessantes que podem servir de modelo para outras nações (tal como o grande investimento em ciência e tecnologia, por exemplo), mas a cultura do belicismo e o culto às armas NÃO é algo bom para ser imitado, definitivamente.

Foto - CH - Avisos na entrada da Biblioteca da Universidade de Chicago

Na Universidade tivemos a oportunidade de ir conhecer o Museu do Instituto Oriental. A sua homepage é: <https://oi.uchicago.edu/museum-exhibits>. No seu interior havia inclusive um modelo do famoso código de Hamurabi.

Foto - CH - Código de Hamurabi no Museu do Instituto Oriental

Pegamos um ônibus no final da tarde e voltamos para a orla do lago Michigan perto do centro da cidade, para ver a Fonte Buckingham jogando água para bem alto!

Foto - CH - Buckingham Fountain

Em vários locais da cidade havia referências ao eclipse do sol que ocorreria em cerca de um mês em Chicago.

Foto - CH - Preparação para a observação do eclipse

Paramos para relaxar os pés na água fresca de uma parte do parque.

Foto - CH - Relaxando os pés na água

Ainda deu tempo para ir conhecer o “Art Institute of Chicago”, o segundo maior museu de arte do país!

Foto - CH - Entrada do The Art Institute of Chicago

De noite voltamos de trem para o nosso hotel. Na manhã seguinte pegamos o trem para o aeroporto e tomamos um avião para a cidade de San Francisco, situada na costa oeste dos EUA, do outro lado do país.

San Francisco

Chegamos no aeroporto de San Francisco e pegamos um trem do BART – Bay Area Rapid Transit e fomos diretamente para a cidade de Oakland (do outro lado da baia) onde nos encontramos com minha irmã Renata e a sua filha (e nossa sobrinha) Letícia, para irmos até a casa onde reservamos uma casa pelo airbnb.com, site da internet (como o Uber) por meio do qual pessoas alugam casas ou quartos para turistas. Nas três cidades anteriores, ficamos em hotéis reservados pelo site booking.com, mas agora como estávamos em 4 pessoas, nos hospedamos pelo airbnb.com em uma espécie de “casinha” no fundo de outra casa, onde existiam dois quartos (cada um com uma cama grande de casal), um banheiro, uma sala com TV e uma cozinha equipada.
A Divina e a Renata apresentaram em San Francisco, durante o congresso de 2017 da IAGG (International Association of Gerontology and Geriatrics” ou “Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria”), um trabalho acadêmico que produziram em coautoria pelas duas.

Foto - SF (San Francisco) – Divina e Renata junto ao pôster apresentado no IAGG

Intitulado “Look at me: Meeting of generations mediated by writting letters” (“Olhe para mim: O encontro de gerações mediado por cartas escritas”), este trabalho foi baseado nos resultados da tese de doutorado defendida pela Divina na PUC-SP em 2015; a terceira autora deste trabalho foi a Profa. Dra. Ceneide Cerveny que foi a orientadora de doutorado da Divina.

Foto - SF - Ricardo, Divina, Letícia e Renata na entrada do IAGG no Centro Moscone

O Congresso do IAGG-2017 aconteceu no Centro Moscone, na região central de San Francisco. Durante as atividades pudemos conhecer vários profissionais e pesquisadores que trabalham com idosos do mundo todo, inclusive com cães voltados para este tipo de trabalho.

Foto - SF - Cachorro treinado para lidar com idosos no IAGG

Uma curiosidade: num dia em que a Divina e a Renata estavam participando do Congresso, eu e a Letícia fomos num bar bem bacana para beber uma cerveja especial, mas o barman perguntou quantos anos ela tinha e pediu um documento de identificação para provar a idade. Como a idade mínima para beber bebidas alcoólicas na Califórnia é de 21 anos e ela ainda tinha 20 aninhos, a cerveja acabou não rolando. Beber cerveja é um ato social e eu não iria beber sozinho, deixando a minha querida sobrinha com água na boca ...
Perto do Centro Moscone estava o “Yerba Buena Gardens” (Jardins), para onde fomos diversas vezes descansar.

Foto - SF - Letícia no Yerba Buena Gardens

Nestes jardins havia uma bela homenagem a Martin Luther King, o líder do movimento pelos direitos civis dos cidadãos negros dos EUA nos anos 1960, onde estava escrita uma frase de um discurso seu com o seguinte conteúdo: “No. No, we are not satisfied, and we will not be satisfied until justice rolls down like waters, and righteousness like a mighty stream.” (“Não. Não, nós não estamos satisfeitos e não estaremos satisfeitos até que a justiça corra abaixo como a água e a integridade como um fluxo poderoso.”)

Foto - SF - Homenagem a Martin Luther King

Perto do Centro Moscone estava também o MoMA - “Museum of Modern Art” (“Museu de Arte Moderna”) de San Francisco.

Foto - SF - Divina, Letícia e Renata em frente ao MOMA

Nós aproveitamos para passear pelas praças e jardins centrais em San Francisco.

Foto - SF - Em praça central de San Francisco

A principal rua do centro de San Francisco é a Market Street e o Centro Moscone estava localizado no SOMA (South Of MArket), a região ao sul da Market St.

Foto - SF - As três macaquinhas

Perto de um ponto da Market Street partia um dos famosos bondinhos (“Cable Car”) que percorre algumas ruas da cidade.

Foto - SF - Bondinho ou Cable Car de San Francisco

No final de uma de nossas tardes, fomos com a Sonia Fuentes (amiga da Divina que também apresentou um trabalho no IAGG-2017) até uma galeria de arte na qual estavam sendo expostos diversos e interessantes trabalhos artísticos.

Foto - SF - Brindando com a Sonia Fuentes

Estavam presentes diversos artistas e ocorreu um gostoso coquetel com quitutes e bebidas.

Foto - SF - Meninas Brindando: Renata, Divina, Sonia e Letícia

Esta Galeria de Arte localizava-se no conhecido bairro do Castro, uma região que ficou conhecida pela militância em favor dos direitos de homossexuais.

Foto - SF - Renata no bairro Castro junto à homenagem a Oscar Wilde

Lá perto havia um cinema onde estava ocorrendo a pré-estreia do filme “Uma verdade mais inconveniente” (“An inconvenient sequel: truth to power”), uma continuidade do filme “Uma verdade inconveniente”, ambos produzidos por Al Gore (ex vice presidente dos EUA), sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas. Infelizmente havia uma fila imensa e os ingressos já estavam esgotados, assim não pudemos assistir nesta ocasião este importante filme. Mas acabamos assistindo-o no Brasil depois da volta da nossa viagem.

Foto - SF - Letícia perto de um cinema localizado no Castro

Ao final da Market Street está localizado o Porto de San Francisco que foi um porto historicamente importante de toda a costa oeste dos EUA.

Foto - SF - Terminal de Ferry no Porto de San Francisco

A vista da cidade de San Francisco a partir do porto é bem legal.

Foto - SF - Cidade vista do Porto

Nas proximidades do Porto (no “Pier 15”) está localizado o “Exploratorium”, o grande e maravilhoso museu de ciências de San Francisco.

Foto - SF – Exploratorium

Perto do Exploratorium havia inclusive uma escultura com um formato geométrico intrigante.

Foto - SF - Escultura na frente do Exploratorium

Fomos então andando até o Pier 39, uma das regiões mais turísticas da cidade.

Foto - SF - Pier 39

Uma das suas atrações principais são os leões-marinhos que tradicionalmente vem descansar em plataformas flutuantes localizadas no Pier 39.

Foto - SF - Leões Marinhos no Pier 39

Do Pier 39, fomos conhecer uma das mais famosas livrarias da cidade, a “City Lights Bookstore”, e em um bar das proximidades aproveitamos para tomar uma cerveja (escura) Guinness bem gelada!

Foto - SF - Livraria City Lights

No dia seguinte começamos o passeio pelo City Hall (prédio da prefeitura da cidade).

Foto - SF - City Hall – Prefeitura

O interior deste prédio é tão bonito que muitas noivas vem com seus companheiros para tirar fotos em suas salas, sobretudo perto da maravilhosa escadaria.

Foto – SF - Dentro da Prefeitura (City Hall)

Pegamos então um ônibus e fomos até a região do Parque Golden Gate (que não fica assim tão próximo da Ponte Golden Gate) que é retangular, bem alongado e cheio de instituições culturais no seu interior, além de muito verde. Ali por exemplo, estava o Museu de História Natural de San Francisco, intitulado “California Academy of Sciences” ou “Academia de Ciências da Califórnia”.

Foto - SF - California Academy of Sciences

Outra instituição interessante localizada neste Parque é o Jardim Botânico.

Foto - SF - Botanical Garden

Após conhecermos parte considerável do parque pegamos outro ônibus e fomos até a Ponte Golden Gate, de cor vermelha, com certeza a ponte mais famosa dos EUA – e uma das mais belas. Andamos a pé por algumas centenas de metros sobre a Ponte, mas como estávamos cansados, não a atravessamos de ponta a ponta (era possível fazer isto, mas não tínhamos energia para tanto). Um dos lados da ponte está destinado para pedestres e o outro lado está destinado a ciclistas: os veículos motorizados vão pelas pistas do meio. O visual de cima da ponte é lindo!

Foto - SF - Ponte Golden Gate

Perto da entrada da Ponte exista um pequeno parque com exposições sobre a história da sua construção nos anos 1930 e sobre a física e a engenharia envolvidas.

Foto - SF - A física e a engenharia da Golden Gate

Voltamos de metrô até uma estação do BART e pegamos o trem de volta para o local onde estávamos hospedados em Oakland. No trem observamos uma curiosa cena de um bebezinho bem pequeno, num carrinho de bebê, manipulando um celular! Sinal dos tempos...

Foto - SF - Bebê usando celular

No nosso último dia em San Francisco, antes de ir para o aeroporto, ainda deu tempo para ir no cinema assistir o filme “Dunkirk”, dirigido por Christopher Nolan e que estava sendo lançado; mais informações sobre ele podem ser obtidas no site do IMDB no link: <http://www.imdb.com/title/tt5013056/?ref_=nv_sr_1>. Basicamente esta obra narra os eventos da chamada retirada de Dunquerque, quando centenas de milhares de soldados aliados (sobretudo ingleses) ficaram cercados pelas tropas do exército nazista alemão em 1940 (no início da Segunda Guerra Mundial) na praia francesa de Dunquerque (no norte da França) na região do Canal da Mancha entre a França e a Inglaterra, que na parte mais estreita tem cerca de 33 km de largura. Miraculosamente mesmo com a total superioridade militar dos alemães, entre os dias 27/05/1940 e 04/06/1940 – graças a um esforço monumental, inclusive com a participação de dezenas de barcos de civis e de pescadores – conseguiu-se evacuar quase todos os soldados para a segurança o território inglês, pela travessia do Canal da Mancha. Uma questão histórica em aberto é a razão pela qual o exército alemão titubeou, vacilou e não atacou quando poderia ter conseguido uma vitória extraordinária naquele momento. Quem não assistiu ainda este filme, deve fazê-lo se quiser compreender melhor a história da segundo guerra mundial. É possível baixá-lo gratuitamente (por torrent), no excelente site “Filmes Cult” no link: <http://filmescult.com.br/dunkirk-2017/>.
Pegamos o avião da Copa Airlines de volta para o Brasil (aeroporto de Guarulhos). Quando pousamos na escala da cidade do Panamá, para mudarmos de avião, descobrimos que estava ocorrendo um “overbooking” no nosso voo do Panamá para o Brasil (ou seja, a empresa tinha vendido mais bilhetes do que o número de poltronas no avião); os funcionários da Copa estavam procurando pessoas que se dispusessem a ficar mais um dia no Panamá em um hotel muito luxuoso (com a hospedagem e todas as refeições pagas e o transporte de ida e volta para o aeroporto também pagos), mais uma grana extra a título de indenização. Nós dois nos “voluntariamos” e ficamos mais um dia no Panamá no excelente hotel Aloft.

Foto - Panamá - Hotel Aloft

O mais legal deste hotel era a sua piscina que tinha um visual incrível e dava para ver por um vidro, de lado, as pessoas nadando debaixo da água.

Foto - Panamá - Na piscina do Hotel Aloft

Chegamos no Brasil são e salvos no voo do dia seguinte.


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