Europa 2

Esta página tem informações sobre viagens para a Europa que ocorreram a partir de julho de 2016


VIAJANDO PELA ISLÂNDIA E PELA FRANÇA E CONHECENDO O LHC

Julho de 2019. Eu e a Divina decidimos viajar pela Islândia e pela França e aproveitar para conhecer o LHC (Large Hadron Collider = Grande Colisor de Hádrons) um grande acelerador de partículas que existe na fronteira da França com a Suíça, nas proximidades da cidade suíça de Genebra.


ISLÂNDIA

            A Islândia (em inglês o nome do país é “Iceland” ou seja “Terra de Gelo”) é um país nórdico com uma população aproximada de 360 mil habitantes em uma ilha situada no norte do Oceano Atlântico. O Círculo Polar Ártico atravessa o extremo norte da Islândia (a ilha de Grímsey). A Capital e maior cidade do país (onde ficamos hospedados) é Reykjavik que conta com cerca de 120 mil habitantes. Reykjavik é a capital mais setentrional do mundo ou seja aquela que está mais perto do Polo Norte.


Foto - Vista da Islândia do avião


Foto – Ricardo com escultura ao lado do mar, em Reykjavik

A Islândia é um país rico com uma renda per capita (pelo critério PPC=Paridade do Poder de Compra ou, em inglês, PPP= “Purchasing Power Parity”) de cerca de USD 57.300,00 (USD= Dólar Norte Americano); a fonte para este dado (de 2018) está no link do Banco Mundial (World Bank): <https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.PCAP.PP.CD?locations=IS-FR-CH>. Para efeito de comparação, de acordo com a mesma fonte, em 2018, a renda per capita do Brasil era de USD 16.000,00.

Foto - Divina em uma rua de Reykjavik


Foto – Vista da cidade de Reykjavik


Foto – Barcos em Reykjavik

            Estávamos viajando no verão do hemisfério norte (mês de julho), portanto em nenhum momento vimos uma “noite” escura para ver enquanto estivemos na Islândia.


Foto - Retrato tirado à meia noite da janela de nosso hostel em Reykjavik, com bastante claridade


Foto – Sol não se põe

            Na capital da Islândia, ficamos hospedados no Reykjavik City Hostel.


Foto - Reykjavik City Hostel

            Na cidade de Reykjavik, conhecemos a Igreja Hallgrímskirkja, a Harpa (uma Sala de Concertos), o Jardim Botânico e o Lago Tjornin.


Foto - Igreja Hallgrímskirkja


Foto - Harpa


Foto – Jardim Botânico de Reykjavik


Foto - Lago Tjornin

            Fomos experimentar a célebre sopa de lagosta do Restaurante Saegreifinn, experimentamos também o famoso Hot Dog que foi elogiado por Bill Clinton do Baejarins Beztu e tomamos uma deliciosa cerveja de trigo em um pub que encontramos.


Foto - Sopa de lagosta deliciosa


Foto - Hot Dog (cachorro quente) famoso por causa do ex-presidente norte-americano Bill Clinton


Foto – Divina bebendo uma deliciosa cerveja de trigo

            A cidade de Reykjavik é cheia de esculturas bem interessantes.


Foto - Ricardo junto a uma escultura divertida


Foto - Divina com escultura a beira mar

            Estivemos também na Catedral de Reykjavík (Dómkirkjan í Reykjavík) onde apreciamos jovens de um coral (Jacksonville Children’s Chorus) cantando belas músicas, como por exemplo, “What a Wonderful World” de Louis Armstrong. Quem quiser apreciar este belo coral (ou coro) se apresentando com essa música neste dia pode assistir o vídeo de 2 minutos disponível no link: <https://www.youtube.com/watch?v=CN0Jo4GkofE>.


Foto – Apreciando as músicas cantadas por um coral em na Catedral de Reykjavik


Foto – Catedral de Reykjavík (Dómkirkjan í Reykjavík)


Foto - Praça com flores (Alpingisgarourinn) perto da Igreja em que se apresentou o coral

            Com o carro que alugamos pudemos passear pelo interior da Ilha da Islândia (como não tínhamos muitos dias, ficamos nas atrações mais próximas de Reykjavik).


Foto - Interior da ilha da Islândia

            Deste modo, conhecemos o Parque Pingvellir: nele está uma imensa fenda (rift) que indica a separação das placas tectônicas da América do Norte e da Europa. Aliás, a Islândia é uma ilha com tantos vulcões justamente por estar exatamente sobre esta fenda.


Foto - Parque Pingvellir


Foto – Terreno vulcânico da Islândia

            Conhecemos também a cachoeira de Gullfoss.


Foto – Cachoeira de Gullfoss na Islândia

            Durante o caminho paramos algumas vezes para admirar belos cavalos criados nas proximidades das estradas nas quais circulamos.


Foto – Ricardo com cavalos


Foto - Cavalos perto da estrada na Islândia

            Entramos em Kerid, a cratera de um vulcão extinto onde atualmente há um lago.


Foto – Kerid

            Nadamos na Blue Lagoon (“Lagoa Azul”) um passeio para turistas em águas termais que são aquecidas devido ao vulcanismo da região.


Foto – Divina na Blue Lagoon

            Uma das coisas mais legais que fizemos foi apreciar alguns gêisers na Islândia. Um gêiser é uma nascente de água termal que entra em erupção periodicamente, lançando uma coluna de água quente verticalmente para cima junto com muito vapor de ar. A palavra gêiser é proveniente de “Geysir”, nome de uma nascente eruptiva como essa em Haukadalur, na Islândia: este nome deriva do verbo para "jorrar" na língua islandesa. Visitamos justamente este “Geysir” de Haukadalur, na Islândia. Particularmente bacana de ver neste local é o gêiser de Strokkur que a cada cinco minutos espirra água (fazendo um grande estrondo) para o alto até cerca de 30 metros de altura, molhando muitos dos que estão por perto, para a diversão de todos! É possível admirar este gêiser em funcionamento no vídeo “Geysir Hot Springs in Iceland” (gravado no inverno, dada a presença de neve, algo que nós não vimos lá durante o mês de julho no qual estávamos viajando) de 2 minutos do link <https://www.youtube.com/watch?v=BUruvQysM4A>. Uma boa animação que explica o funcionamento de um gêiser (“Geyser Animation – How a geyser works” = “Animação de um Gêiser – Como um gêiser funciona”) pode ser assistida no link: < <https://www.youtube.com/watch?v=X4zA_YPCyHs>. Ela é falada em inglês, mas é possível colocar uma legenda com a tradução em português.


Foto - Divina junto a um Gêiser


Foto - Nascente onde ocorre a produção de um gêiser


Foto - Gêiser espirrando água para o alto

FRANÇA


            Depois dos dias conhecendo a Islândia, voamos para a França onde passamos alguns dias em Paris (a capital do país) e alugamos um carro com o qual nos deslocamos para conhecer as cidades francesas de Lyon e Grenoble mais ao sul do país e a cidade suíça de Genebra (próxima à fronteira com a França), onde está o maior acelerador de partículas atualmente em funcionamento, o LHC.
            A França tem uma população de cerca de 67 milhão de habitantes e uma renda per capita de USD 45.300,00 (em dólares norte-americanos=USD).

PARIS

            Paris (com 2,1 milhão de habitantes) é uma das cidades mais bonitas do mundo. Portanto vale sempre a pena passear por ela e conhecê-la sob novos pontos de vista em diferentes períodos do ano e apreciar as suas novas atrações turísticas que sempre surgem. Admirar o Rio Sena em diversas regiões da cidade e a partir de diferentes pontes já é uma experiência estética por si só!


Foto – Divina e o Rio Sena


Foto - Divina em uma ponte sobre o Rio Sena

            Em Paris ficamos hospedados perto de duas de suas belas estações de trem: Gare du Nord (Estação do Norte) e Gare de l’Est (Estação do Leste), que apesar do que poderia indicar os seus nomes, estão bem próximas uma da outra.


Foto – Gare du Nord


Foto – Gare de l’Est

            Caminhamos ao lado do belo prédio Academia Nacional de Música e por ali mesmo relaxamos escutando apresentações de músicos de rua.


Foto – Academia Nacional de Música


Foto – Em frente à Academia Nacional de Música

            Visitamos também o Museu de Artes e Ofícios, onde pudemos apreciar um longo Pêndulo de Foucault oscilando e comprovando o movimento de rotação da Terra e, por tabela, que a Terra tem sim um formato aproximadamente esférico. Um vídeo sobre este Pêndulo de Foucault de 2 minutos pode ser assistido no link: <https://www.youtube.com/watch?v=TvPXc1FOFjI>. Um bom vídeo de 2 minutos (feito em Portugal) de explicação a este respeito e denominado “Experiência do pêndulo de Foucault” pode ser assistido no link: <https://www.youtube.com/watch?v=kn6H0rSNlho>. Por sua vez uma explicação mais detalhada do movimento do Pêndulo de Foucault, feita pelo professor Jorge Simões de Sá Martins (Docente de Física da Universidade Federal Fluminense – UFF), do ponto de vista da Mecânica Clássica e com o uso de matemática avançada de nível universitário, pode ser assistida no vídeo de 12 minutos disponível no link: <https://www.youtube.com/watch?v=iA-rLOdKYds>. Este Museu funciona no Conservatório Nacional de Artes e Ofícios, uma instituição fundada em 1794 que conta com um repositório para a preservação de instrumentos científicos e invenções: isto propicia que os visitantes tenham uma ideia mais ampla acerca do desenvolvimento histórico da ciência e da tecnologia ao longo dos séculos. 


Foto - Conservatório Nacional de Artes e Ofícios


Foto – Museu de Artes e Ofícios de Paris (“Musée des arts et métiers”)


Foto – Pêndulo de Foucault

            Assistimos também uma performance artística muito bacana em uma igreja belíssima, a Igreja Saint-Merry: os artistas envolvidos convidavam os presentes a participarem ativamente da performance dançando também. Foi a apresentação denominada "Open Choir" ("Coro Aberto") que interagia com todos os presentes, solicitando a sua participação; é um trabalho do "Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards" (<https://www.theworkcenter.org/>), um centro para experimentação e pesquisa teatral fundado em 1986 na Itália. Para quem quer assistir algum trecho de trabalhos como este, há o vídeo de 4 minutos “Open Choir at Teatro Era” (com a diferença que neste vídeo a performance não é feita em uma igreja, mas, pelo que parece, no lobby de entrada de um teatro) no link <https://www.youtube.com/watch?v=lxfSSEzRJnk>. Sobre a apresentação “Open Choir” (em inglês) é possível ter mais informações no link <http://theworkcenter.org/equipos/op/performance-events/16-open-choir>. Por sua vez o artigo (em português) “Desejo sem objeto” de Mario Biagini sobre o trabalho do “Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards” e publicado na “Revista Brasileira de Estudos da Presença” pode ser lido no link <https://seer.ufrgs.br/presenca/article/view/33506>.


Foto - Performance artística na Igreja Saint-Merry

            Andamos ao lado do Canal Saint-Martin até o “Quai de la Seine” e foi bacana admirar cachorros brincando em espaços reservados para eles nas proximidades do Canal Saint-Martin.


Foto – Canal Saint-Martin


Foto - Cachorros brincando em espaço para eles ao lado do canal Saint-Martin


Foto – Quai de la Seine

             Fomos então ao maior museu de ciência de Paris (e um dos maiores do mundo), o La Villette que estava fechado (em um dia por semana ele fecha), mas que é belíssimo de se admirar por fora, sobretudo “La Géode”, um cúpula geodésica (com formato esférico e espelhada por fora; por dentro há uma sala de cinema Omnimax) vizinha ao grande prédio principal do museu.


Foto - Ricardo no La Villette, o imenso museu de ciência de Paris


Foto - Ricardo no La Villette com o símbolo para o Infinito


Foto - La Villette, o símbolo do infinito e La Géode

            Fomos ainda, na sequência, em diversas atrações, tais como “La Grande Halle”, a Filarmônica, o Parque de Buttes Chaumon, o Cemitério do Père-Lachaise onde está o túmulo do cantor de rock Jim Morrison (da banda The Doors), a Praça da Bastilha e a Ópera.


Foto – La Grande Halle


Foto – Filarmônica


Foto - Parque de Buttes Chaumon


Foto – Túmulo de Jim Morrison no Cemitério do Père-Lachaise


Foto – Praça da Bastilha


Foto - Ópera

            Em vários pontos da cidade foi bacana perceber que haviam toaletes públicos limpos, modernos em termos tecnológicos, fechados, gratuitos e muito bem organizados, utilizados tanto por turistas, quanto por franceses de diferentes classes sociais.


Foto - Toaletes públicos em Paris

            O dia 14 de julho é o grande feriado nacional da França, pois é quando é comemorada a queda da Bastilha. Bastilha é a prisão que existia na época da monarquia e que acabou sendo tomada e destruída em 14 de julho de 1789, um evento crucial durante a Revolução Francesa que estabeleceu uma República na França. Na noite do dia 13 de julho (véspera do feriado de 14 de julho), tradicionalmente são realizadas festas com muita música e luzes nos Corpos de Bombeiros existentes. Como estávamos por Paris nestes dois dias (13 e 14 de julho), decidimos descobrir um Corpo de Bombeiros nas proximidades de onde estávamos e caímos na festa a partir do final da tarde de 13 de julho, dançando bastante e tomando boas cervejas!


Foto - Ricardo e Divina no Baile dos Bombeiros em 13 de julho de 2019


Foto – Cores da França nas luzes durante o Baile dos Bombeiros

            No dia 14 de julho Paris parou para ver os desfiles militares e todos os eventos que acontecem. Nos locomover neste dia foi uma loucura, pois mesmo as linhas de metrô que passam por baixo da avenida Champs-Élysées (onde acontecem os desfiles militares) param de funcionar por medida de segurança. Fomos então primeiro ver perto do Arco do Triunfo os aviões da Força Aérea Francesa passarem por cima de nossas cabeças. Quem quiser pode assistir trechos deste desfile militar aéreo (de 14/07/2019) no vídeo de 10 minutos do link: <https://www.youtube.com/watch?v=WuIuq_qmrpU>.


Foto - Aviões com fumaça das cores da França em 14 de julho


Foto - Arco do triunfo com fumaça colorida dos aviões


Foto - Aviões sobre o Arco do Triunfo

            Tentamos ir ver o desfile militar na avenida Champs-Élysées, mas chegamos muito tarde, a “lotação” já tinha se esgotado e os soldados estavam impedindo qualquer um de se aproximar da avenida. Dica para quem for ver este desfile militar: chegue cedo! Um vídeo de 1 minuto com imagens do desfile militar de 14/07/2019 pode ser assistido no link: <https://www.youtube.com/watch?v=9KnCZ8XWMi8>.
            Como não pudemos ver o desfile militar atravessamos o Rio Sena e perto do Museu do Exército (Musée de l’Armée) de Paris, em frente do qual estavam em exposição veículos e armas do exército francês.


Foto – Museu do Exército (Musée de l’Armée)


Foto - Exposição de veículos do exército em frente ao Museu do Exército

            Acabamos aproveitando para visitar também o Museu da Ordem da Libertação (em anexo) e a Tumba de Napoleão (também nas proximidades, no prédio conhecido como “Hôtel des Invalides”).


Foto - Museu da Ordem da Libertação


Foto – Tumba de Napoleão

            Então nos deslocamos para a região nas proximidades da Torre Eiffel, no Campo de Marte (Champ de Mars), onde nós dois e um montão de gente (num clima de show de rock, como no Festival de Woodstock) esperamos pelo início do show pirotécnico de luzes e sons associado à queima de fogos na área da Torre Eiffel que é o pondo alto das festividades de 14 de julho em Paris. Foi realmente um espetáculo lindo que observamos de perto a partir do gramado do Campo de Marte. Um vídeo de meia hora com o show de luzes, sons e fogos pode ser assistido no vídeo no link: <https://www.youtube.com/watch?v=GW2XXfGF4lc>. Já o também belíssimo (e divertido) concerto musical que precedeu os fogos pode ser assistido no vídeo (de 2horas e 10minutos) no link: <https://www.youtube.com/watch?v=5XmZJUsuyWw>. No final deste vídeo (a partir de 2h01min10seg) é tocado o belíssimo Hino Nacional da França, “La Marseillaise”. Vale muito a pena assistir!

Foto - Preparando-se para a festa de 14 de julho, perto da Torre Eiffel


Foto - Festa de 14 de julho com show de luzes

            De Paris alugamos um carro e fomos conhecer duas cidades situadas mais ao sul: Lyon e Grenoble.

LYON

            Lyon que é a terceira maior cidade da França (conta com cerca de 500 mil habitantes) está situada na confluência dos rios Ródano e Saône. Na região onde estes dois rios se encontram (um pouco mais ao sul do centro da cidade) foi construído o lindo e moderníssimo Museu da Confluência que vale muito a pena de ser visitado.


Foto – Museu da Confluência


Foto Vista do alto do Museu da Confluência


Foto – Dinossauro no Museu da Confluência


Foto - Confluência dos rios Ródano e Saône

            Passeamos nas margens dos dois rios Ródano e Saône que apresentam paisagens muito bonitas.


Foto – Rio Saône


Foto – Rio Ródano

            Nas margens do Rio Ródano, onde havia muito barzinhos (ideias para tomar uma cerveja no calor daquele verão), vimos um cachorrinho se refrescando nas águas do rio e também crianças brincando com um “Parafuso de Arquimedes”, um equipamento que consegue bombear água para cima usando conceitos de física.


Foto -´Cachorro se refrescando em uma margem elevado do Rio Ródano


Foto - Parafuso de Arquimedes nas margens do Rio Ródano

            Visitamos a Place Bellecour, uma praça que tinha nas suas redondezas a bela escultura da Árvore Flor, a “Arbre à fleurs” de autoria de de Jeong-Hwa Choi, artista sul-coreano e instalada na cidade de Lyon em 2003.

Foto – Place Bellecour


Foto – Divina em frente à escultura da Árvore Flor (“Arbre à fleurs”)

            Subimos até o alto de uma colina pelo funicular (“cable car”) onde está a Basílica de Nossa Senhora (Notre Dame) de Fourvière, de onde é possível ter uma bela vista de Lyon.


Foto – Interior da Basílica de Nossa Senhora de Fourvière



Foto – Vista da cidade de Lyon a partir da Basílica

            Visitamos também o Teatro Romano e o Jardim Botânico de Lyon.


Foto – Teatro Romano


Foto – Jardim Botânico de Lyon


GRENOBLE

            Outra cidade que conhecemos foi Grenoble, situada a sudeste de Lyon, entre montanhas com estações de esqui (está no sopé dos Alpes), e atravessada pelos rios Isére e Drac.


Foto – Rio Isére

Grenoble é um dos maiores centros universitários da França com cerca de 60 mil estudantes em quatro grandes universidades. Como era julho (verão), o clima de férias com a ausência destes estudantes dava para ser percebido nitidamente.


Foto – Museu de Grenoble


Foto - Centro da cidade de Grenoble

            Uma atração bacana de Grenoble é o seu Museu de História Natural.


Foto – Museu de História Natural de Grenoble


Foto – Divina dentro do Museu de História Natural de Grenoble

            Grenoble se notabilizou durante a Segunda Guerra Mundial por sediar um forte movimento de resistência à ocupação nazista. Mais informações a este respeito podem ser encontradas visitando-se o excelente Museu da Resistência e da Deportação.


Foto - Painel do Museu da Resistência e da Deportação: “Nossa região foi libertada” [dos nazistas]


Foto – Ricardo dentro do Museu da Resistência e da Deportação


Foto – Divina dentro do Museu da Resistência e da Deportação

            Grenoble é sede um de um Festival de Arte de Rua (“Street Art Fest”) importante (<https://www.streetartfest.org/>).

Foto – Festival de Arte de Rua (“Street Art Fest”) de Grenoble

 Quando estivemos pela cidade o período do Festival propriamente dito já tinha acabado (aparentemente no final de junho), mas pudemos ver ainda algumas obras pelas ruas.


Foto – Painel desenhado em um prédio escrito Paz (“Peace”)

          Mas visitamos uma exposição de arte com painéis que provocam a nossa reflexão e desenhados de forma bem crítica à sociedade contemporânea.



Foto – Exposição de arte com painéis que provocam a nossa reflexão

Foto – Painel: "América - A terra onde Deus salva e o diabo investe"


Foto – Painel: "Faça arte não faça guerra"


Foto – Painel: "Capitalismo Indiscriminado"

            Em um outro museu que visitamos vimos quadros interessantes (e que procuram nos fazer refletir) com cachorros no lugar dos rostos de homens “importantes”.


Foto – Quadros com cachorros no lugar dos rostos de homens “importantes”

            Também foi legal passar em frente a uma escola elementar (para crianças pequenas) onde estava escrito “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” (“Liberté, Egalité, Fraternité”), o lema da Revolução Francesa, lema este que no Brasil de hoje (bem como em muitas partes do mundo) ainda é extremamente atual!


Foto – Escola Elementar, escrito na frente: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” (“(Liberté, Egalité, Fraternité”)

            Finalmente, justamente na noite em que estávamos em Grenoble aconteceu um eclipse da Lua: como o céu estava sem nuvens deu para acompanhar todo este eclipse (com a sombra da Terra aos poucos ao longo de muitos minutos) ir “comendo” a Lua que acabou ficando inteiramente “escondida” pela sombra produzida pela Terra.


Foto – Eclipse da Lua em Grenoble


LHC
  
            Então fomos conhecer o LHC situado ao lado da cidade suíça de Genebra, bem na fronteira entre Suíça e França (pelo subsolo o círculo que o LHC percorre passa pelos dois países).


Foto – Lago de Genebra

            Para mim que sou físico, um dos pontos altos desta viagem foi justamente a visita ao LHC (Large Hadron Collider = Grande Colisor de Hádrons), o maior acelerador de partículas (tais como os hádrons) existente em funcionamento atualmente e que é constituído de um imenso túnel (ou tubo) subterrâneo (a 175 metros abaixo do solo) circular cuja circunferência mede cerca de 27 km e que está na fronteira entre a França e a Suíça (uma parte no subsolo da França e outra parte no subsolo da Suíça). Neste túnel partículas (como os hádrons, em específico o caso dos prótons) são aceleradas e ao se chocarem produzem resíduos que são detectados para investigar os menores constituintes e as leis da física que se aplicam a eles.


Foto - Ricardo no LHC


Foto – O Globo da Ciência e da Inovação (“The Globe of Science and Innovation”)


Foto - Inscrições de leis da física em frente ao LHC


Foto – Modelo do tubo do LHC


Foto – Modelo de detectores do LHC


Foto – Mapa do LHC (o acelerador, em seus 27 km de circunferência, passa pelo subsolo de territórios da Suíça e da França)

            O LHC começou a ser construído em 1998 e está funcionando desde 2008. É um empreendimento conjunto de diversos países europeus (talvez este seja um dos motivos para ele estar situado sob a fronteira de dois países europeus: França e Suíça). Mais informações sobre o LHC podem ser obtidas (em inglês) no link: <https://home.cern/science/accelerators/large-hadron-collider>. O LHC é um empreendimento do CERN. O seu nome antigo é “Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear” ou, em francês, “Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire”; o nome atual desta instituição, em português, é Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear. O CERN foi criado em 1954 para combinar os esforços científicos, tecnológicos e econômicos de diferentes nações europeias na área da pesquisa nuclear a respeito das características microscópicas da matéria, de modo a conseguir competir com os Estados Unidos. Hoje há pesquisadores (físicos, engenheiros, etc) do mundo todo trabalhando no CERN (inclusive muitos brasileiros). A descoberta da partícula chamada bóson de Higgs no início de 2013 (feito este que recebeu um Prêmio Nobel de Física em outubro de 2013) só ocorreu graças aos experimentos de detecção do LHC. Boa parte do desenvolvimento da física moderna e de partículas a partir dos anos 1950 deve-se muito ao CERN.

Foto – Quadros com importantes físicos que fizeram contribuições fundamentais na Física Moderna

            Se você quer conhecer mais a respeito do LHC vale a pena assistir o vídeo “Rap do LHC” de 4 minutos no link: <https://www.youtube.com/watch?v=gHdgTOSwbB4>. Este rap é parte de um vídeo (“documentário”) maior de 44 minutos bem didático e chamado “O discreto charme das partículas elementares” no link: <https://www.youtube.com/watch?v=2pfEwQq4pzE>. Uma outra dica é assistir o vídeo da música “É preciso um LHC”, uma paródia de “É preciso saber viver” feita pelo meu colega professor de física Ricardo Meloni Martins Rosado (docente do IFSP no campus de Sertãozinho), disponível no link: <https://www.youtube.com/watch?v=zUs_ZLxvELI&t=1s>.
            Para poder realizar a visita guiada gratuita de 2 horas ao LHC é necessário realizar uma reserva antes (com 15 dias de antecedência) preenchendo formulários pela internet. Não sabíamos disto antes do dia da visita (descobrimos ao chegar ao LHC), mas por sorte exatamente duas pessoas desistiram de uma das visitas guiadas daquele dia e os nossos nomes foram incluídos possibilitando que conhecêssemos mais em detalhes toda a estrutura e funcionamento do LHC. De qualquer modo há junto ao LHC (CERN) duas exposições permanentes, denominadas “Universo das Partículas” (<https://visit.cern/exhibitions/universe-particles> e “Microscosmo” (<http://microcosm.web.cern.ch/en>), que são abertas para qualquer um gratuitamente e que não necessitam de reserva prévia.


Foto – Exposição Universo das Partículas

            Visitamos a sala de controle de um dos quatro experimentos com detectores do LHC, o ATLAS.


Foto – Sala de controle do experimento ATLAS

            Realmente foi uma experiência incrível, sobretudo para mim que sou físico, conhecer o LHC mais a fundo!


Foto - Inscrição em frente ao LHC: "Acelerando a ciência" (“Accelerating Science”)

            A ciência é um empreendimento que necessita do contato e da interação de pessoas de diferentes nações e origens culturais, pois passa necessariamente pelo intercâmbio de ideias e de concepções de mundo. É assim desde a antiguidade quando por exemplo Tales de Mileto, um filosofo e matemático grego pré-socrático (625 a.C.-558 a.C.) viajou muito e esteve na Babilônia e no Egito, onde conheceu os conhecimentos em matemática destes povos o que lhe ajudou a realizar desenvolvimentos importantes na matemática, inclusive o Teorema que leva o seu nome. Hoje a iniciativa de construção do LHC entre diferentes nações europeias mostra que este fato continua sendo verdade: o intercâmbio de ideias e portanto de pessoas de diferentes partes do mundo é um dos motores da ciência!


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VIAJANDO PELOS MICROPAÍSES EUROPEUS


Natal de 2016: pegamos o avião de São Paulo para Luxemburgo (com escala em Frankfurt) para conhecer algumas regiões da Europa, dentre as quais, alguns dos seus chamados micropaíses: Luxemburgo, Liechtenstein, San Marino, Mônaco e Andorra! No caminho conhecemos outras belas cidades europeias.

LUXEMBURGO

Luxemburgo é um pequenino país situado entre a França ao sul, a Alemanha à leste e a Bélgica à oeste. A população deste grão-ducado é de cerca de 500 mil habitantes. Luxemburgo é um dos membros de BENELUX: Bélgica, Holanda (Netherlands) e o próprio Luxemburgo. Além disso, foi um dos seis países fundadores da Comunidade Econômica Europeia (França, Alemanha, Itália e os três países de BENELUX) que mais tarde se tornaria a União Europeia. Cerca de 16% da população é de portugueses o que faz o idioma português ser um dos mais falados no país. Luxemburgo é também conhecido pelos seus bancos e é uma das sedes de organizações da União Europeia, como o Parlamento Europeu.

 Luxemburgo - Vista do avião

Nos nossos dois primeiros dias de viagem ficamos hospedados em um hotel situado bem em frente da bela Estação Ferroviária de Luxemburgo.

 Luxemburgo - Estação de trem

O centro histórico de Luxemburgo é bem compacto.

 Luxemburgo - Centro da cidade

Perto do centro histórico fica o “Grund” um grande vale (uma espécie de “buraco”). É possível passear pelo “caminho da Corniche”, um caminho de pedestres do qual é possível ver as fortificações do outro lado do canyon pelo qual passa o rio Alzette que faz uma espécie de U perto do centro da cidade.

Luxemburgo – Grund

Na frente da “Place d’Armes” fica o “Cercle Cité”, o palácio da cidade onde estava ocorrendo uma bela exposição de obras de Picasso.

Luxemburgo - Ricardo e Picasso

ESTRASBURGO

De Luxemburgo pegamos um trem e fomos para Estrasburgo, uma cidade que fica na região da Alsácia, na França, na margem esquerda do rio Reno; na outra margem fica a cidade de Kehl, na Alemanha.

Estrasburgo - Estação de trem

Estrasburgo é uma cidade que já trocou de lado (entre França e Alemanha) diversas vezes ao longo dos últimos séculos, devido às guerras entre estes dois países; com a derrota alemã na Segunda Guerra Mundial, Estrasburgo tornou-se cidade francesa até hoje. Pela sua localização, próxima da fronteira entre os dois principais países da União Europeia (França e Alemanha), Estrasburgo também é uma das três sedes do Parlamento Europeu (junto com Luxemburgo e Bruxelas).

Estrasburgo - Centro

Quando a grande físico brasileiro José Leite Lopes estava vivo, ele sempre em suas conversas citava a beleza de Estrasburgo cidade em que viveu durante o regime militar brasileiro que o perseguiu. Em particular ele sempre falava a respeito da beleza e da suntuosidade da Catedral de Notre-Dame de Estrasburgo que realmente é linda!

Estrasburgo – Catedral

A catedral está situada na “Grande Ilha” onde fica o centro histórico da cidade entre dois braços do Rio Reno.

Estrasburgo - Rua da cidade

Um local particularmente bonito para passear é a “Petite France” (“Pequena França”) com belas casas e construções ao lado das ruelas.

Estrasburgo - Petite France

Em Estrasburgo pudemos participar de um belo concerto com órgão dentro de uma das igrejas da cidade.

Estrasburgo - Concerto de órgão

LIECHTENSTEIN

De Estrasburgo fomos (passando por Zurique na Suíça) de trem para Liechtenstein, um minúsculo país que está situado na fronteira da Suíça com a Áustria. A população de Liechtenstein é de cerca de 30 mil habitantes. É de fato um micropaís que é famoso pela lavagem de dinheiro. Há mais empresas neste país do que habitantes!


Liechtenstein - Montanhas ao fundo

O país está situado na região montanhosa dos Alpes e é uma monarquia.

Liechtenstein - Igreja em Triesenberg

A capital de Liechtenstein é a cidadezinha de Vaduz. Entretanto nos hospedamos em Trisenberg que fica em uma região mais montanhosa e de maior altitude no caminho para a área de esqui.

Liechtenstein - Trisenberg

MILÃO

De Liechtenstein fomos de trem (novamente passando por Zurique) até Milão, a maior cidade do norte da Itália. Já conhecíamos Milão, mas aproveitamos para passear por outras regiões da cidade. Em Milão, como em várias outras cidades que visitamos nesta viagem, procuramos nos hospedar em hotéis nas proximidades das respectivas estações ferroviárias centrais, devido ao fato de que nos deslocamos muito de trem entre as cidades. A este respeito a Estação Central de Trem de Milão estava belíssima de noite, com uma iluminação colorida evocando as festas de fim de ano.

Milão - Estação de trem

Com certeza a mais bela atração turística de Milão é o seu Duomo, uma grandiosa construção católica em estilo gótico que é a sede da arquidiocese da cidade.

Milão - Duomo

Pertinho do Duomo fica a bela Galeria Vittorio Emanuele II onde é possível entrar e passear de modo a conhecer este prédio comercial maravilhoso e antigo (uma espécie de pré-shopping center) por dentro.

Milão - Galeria Vittorio Emanuele II

Mais divertido ainda foi a tarde que passamos no Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci. Foi possível admirar o quadro “A santa ceia”, bem como admirar maquetes de invenções de Leonardo da Vinci, um fragmento de rocha lunar, um experimento com um pêndulo de Foucault (que prova que a terra está em rotação em torno de seu próprio eixo) e explicações sobre o LHC (o acelerador de partículas “Grande Colisor de Hadrons”) e sobre detectores do CERN (Centro de Pesquisas Europeu na área de Física Nuclear e de Partículas que está situado na fronteira da França com a Suíça e que conta com uma participação importante de físicos italianos).

Milão - Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci (MNCT)

Milão - MNCT - A santa ceia

Milão - MNCT - Invenções de Leonardo da Vinci

Milão - MNCT - Pêndulo de Foucault

Milão - MNCT - LHC

Milão - MNCT - Detetor UA1 do CERN

RIMINI
De Milão pegamos um trem para Rimini, uma cidade italiana que fica na costa do mar Adriático, onde passamos a noite de ano novo. A praia de Rimini é famosa no verão, mas no inverno, de blusa, gorro e cachecol, deu saudades das praias de Ubatuba no litoral norte paulista!

Rimini - Praia

Mesmo assim passeamos pelos principais pontos turísticos da cidade, inclusive por uma bela praça perto da praia.

Rimini – Praça

Foi perto desta praça com chafariz (em frente ao belíssimo Grande Hotel Rimini) que passamos a virada do ano de 2016 para 2017, vendo os fogos de artifício na praia.

Rimini - Noite de reveillon

Rimini é a cidade do grande cineasta italiano Federico Fellini. Para manter a tradição fomos ao cinema “Settebello” de Rimini, onde assistimos o belo filme coproduzido pela Índia e pela Austrália, intitulado “Lion: Uma jornada para casa”, com o ator Dev Patel. O filme conta a história de um garotinho indiano de cinco anos de idade que acaba perdido nas ruas de Calcutá a milhares de quilômetros de sua casa onde vivia com sua mãe e seu irmão. Vale muito a pena assistir! Para quem tem interesse, o trailer poder ser assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=oNvcE7YsxWE>.

Rimini - Cinema Settebello onde assitimos o filme Lion

SAN MARINO

A partir de Rimini, fizemos um passeio de um dia até San Marino, um país encravado na Itália, com cerca de 30 mil habitantes e que na verdade é uma cidadezinha nas montanhas próximas ao litoral de Rimini. Com mais de uma dezena de bancos, San Marino é um paraíso fiscal, como alguns outros micropaíses europeus.

San Marino - Catedral

A paisagem da costa italiana vista do alto da região montanhosa onde fica San Marino é belíssima.

San Marino - Paisagem

NICE

No dia 2 de janeiro pegamos um trem de Rimini para Milão (cerca de 2 horas de viagem) e de Milão pegamos outro trem (com uma viagem mais longa) para Nice que fica na Côte D’Azur (“Costa Azul” do Mediterrâneo), região também conhecida como a Riviera Francesa.
Nice é uma cidade belíssima com um agradável calçadão a beira-mar no “Promenade des Anglais”, tanto de dia, quanto de noite. É uma das mais belas regiões costeiras da França.

Nice - Promenade des Anglais de dia

Nice - Calçadão a beira-mar de noite

No verão esta região toda fica uma loucura com tanta gente: o azul bem clarinho do mar de Nice é convidativo, mesmo no inverno.

Nice - Vista da Colina do Castelo

Andamos muito pela cidade de Nice e descobrimos prédios e parques bonitos e agradáveis.

Nice – Biblioteca

Nice - Dentro da Biblioteca

Nice - Prédio em escultura de cabeça humana

Nice - Hotel Negresco

Nice - Palais de la Mediterranée

Nice - Propaganda contra poluição

Nice - Descida do calçadão para a praia

Nice – Liberdade, Igualdade, Fraternidade

Nice - I love Nice

Nice - Promenade du Paillon

Nice - Roda gigante

Nice - Praça Masséna

CANNES

Perto da cidade de Nice, fica Cannes, onde fomos – de ônibus – em um passeio de um dia. Cannes é onde acontece o mais conhecido festival de cinema europeu, um contraponto ao Oscar, o grande festival de cinema associado à Hollywood e à grande indústria cinematográfica norte-americana. O calçadão de beira-mar de Cannes é famoso e está na avenida “La Croisette”.

Cannes - La Croisette

Cannes – Praia


Mas a grande atração da cidade é mesmo o Palácio dos Festivais, onde ocorre o Festival de Cinema de Cannes.

Cannes - Palácio dos Festivais

Cannes - Mãos de atores famosos

Cannes - Mão da atriz Jodie Foster

Cannes - Ricardo como cavaleiro Jedi


MÔNACO

Em outro dia, fomos de trem de Nice para Mônaco onde passeamos durante todo o dia. Mônaco é outro micropaís no litoral do Mediterrâneo com cerca de 37 mil habitantes que é também um paraíso fiscal conhecido pelo seu célebre cassino de Monte Carlo.

Mônaco – Albatroz

Mônaco - Relógio de sol

Mônaco – Catedral

Mônaco – Paisagem

Mônaco – Mar

Mônaco - Escultura Invitation em praça

Mônaco - Cassino de Monte-Carlo

Um passeio que vale a pena fazer em Mônaco é visitar o seu bem estruturado Museu Oceanográfico.

Mônaco - Museu Oceanográfico

Mônaco - Aquário no Museu Oceanográfico

Mônaco - Limpando os vidros do aquário do Museu Oceanográfico

Mônaco - Peixe camuflado em aquário do Museu Oceanográfico

Mônaco - Peixes camuflados em aquário no Museu Oceanográfico

BARCELONA

De Nice pegamos um avião de uma companhia aérea de baixo custo (“low cost”), a Vueling, e voamos para a cidade de Barcelona, capital da Catalunha, uma comunidade autônoma (um “estado”) da Espanha localizada no nordeste da nação espanhola.

Barcelona - Vista do avião

O idioma catalão é uma espécie de mistura de espanhol e francês. Há um forte sentimento de independência na Catalunha e isto foi possível perceber em Barcelona, ao observarmos a bandeira da Catalunha estendida nas janelas de muitos apartamentos em diversos prédios.

Barcelona - Bandeiras da Catalunha


Barcelona é uma das mais belas cidades europeias, com belos parques, praias agradáveis e prédios históricos. Mas talvez a sua principal atração seja a Sagrada Família, um templo religioso desenhado pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí, uma verdadeira obra-prima.

Barcelona - Sagrada Família

Barcelona - Arco do Triunfo

Barcelona - Bairro Gótico

Barcelona – Catedral

Barcelona - Parc de la Ciutadella

Barcelona – Equilíbrio perto da praia

Barcelona - Praia


Algo muito bacana são as imensas bolhas produzidas por “artistas” e que enfeitiçam todo mundo, sobretudo as crianças!

Barcelona - Fazendo bolhas no calçadão de beira-mar

Barcelona - Fazendo bolha na frente da Sagrada Família


Em Barcelona fomos ao cinema assistir o filme “Passageiros”, uma ficção científica em cuja história, cerca de 5 mil passageiros são enviados por uma imensa nave para colonizar um planeta em torno de uma estrela muito distante. Como a viagem dura 120 anos os passageiros todos são colocados em estado de hibernação durante a viagem toda, mas ocorre um acidente e um dos passageiros “acorda” cerca de 30 anos após o início da viagem e se encontra com o dilema de viver sozinho em uma imensa nave espacial para o resto de sua vida, pois não há como colocá-lo em hibernação novamente ... ou acordar alguém (do sexo feminino) para fazer companhia durante a sua vida. O trailer deste interessante filme pode ser visto em: <https://www.youtube.com/watch?v=uvWDtBqjd-c>. O cinema em que fomos é o Multicines Balmes que conta com uma característica interessante. Nos degraus de sua escada para os andares superiores há frases famosas de filmes que entraram para a história. Frases como “I’ll be back” (de “O exterminador do futuro”) e “I see dead people” (de “O sexto sentido”).

Barcelona - Escada dentro do Multicines Balmes

ANDORRA

De Barcelona pegamos um ônibus e fizemos uma viagem de três horas para Andorra, outro micropaís europeu com cerca de 80 mil habitantes que está situado na região montanhosa dos Pirineus, na fronteira entre Espanha e França que obtém muitos recursos também devido ao fato de ser um paraíso fiscal.

Andorra - Sede do governo

Há na cidade de Andorra, a Velha, que é a capital do país, muitas lojas que vendem produtos típicos de “free shops” por preços módicos: bebidas alcoólicas, chocolates, cigarros, etc. Eu mesmo fiquei admirado com uma enorme barra de chocolate toblerone de 4,5 kg!

Andorra - Toblerone de 4.5 kg

É possível caminhar por toda esta cidade, pois ela é bem pequena; no inverno, ela se transforma em uma base para quem quer ir esquiar na neve das montanhas mais altas que existem ao redor.

Andorra - Escultura “A nobreza do tempo” com Relógio de Dali

Andorra - Divina em uma escultura

Ficamos hospedados em um confortável hotel da região central, com uma convidativa piscina aquecida no alto do prédio, junto com uma grande quantidade de turistas russos.

Andorra - Piscina de Hotel Andorra Center


BILBAO

De Andorra pegamos um micro-ônibus e fomos para Lérida (o pneu furou no meio do caminho), na Espanha, onde pegamos um trem que tinha partido de Barcelona e se dirigia para Bilbao na região da Espanha que é conhecida como país basco. Viajar de trem é muito melhor que de ônibus, com certeza!

Lérida - Estação de trem

Trem entre Lérida e Bilbao

Uma das grandes atrações de Bilbao é o Museu Guggenheim, que a partir da sua inauguração, colaborou por renovar esta cidade de caráter industrial e atrair turistas.

Bilbao - Museu Guggenheim

Bilbao - Andando pelo Museu Guggenheim

Bilbao - Dentro do Museu Guggenheim

Bilbao - Escultura perto do Museu Guggenheim


Bilbao fica ao norte da Espanha, próxima com a fronteira com a França, e é a capital do país basco, uma outra região autônoma da Espanha. Porém há um forte sentimento de independência do país basco: o grupo armado basco ETA é sempre lembrado historicamente pelas suas ações violentas pela independência basca. O ETA (esta sigla em basco significa “Pátria Basca e Liberdade”) foi fundado em 1959 e foi considerada como uma organização terrorista por inúmeros governos, a começar pelo próprio governo espanhol. Em 2011, o ETA emitiu um comunicado anunciando o fim de suas atividades. Mas a luta dos nacionalistas bascos pela independência continua de modo pacífico, como foi possível perceber pelas bandeiras e cartazes pró-independência.

Bilbao - Bandeiras pela luta dos bascos

Bilbao - Cartaz sobre a situação de prisioneiros bascos

O idioma basco é muito curioso, pois não se assemelha a nenhum outro idioma da região. O basco não tem origem latina e não apresenta relação com as línguas indo-europeias das regiões vizinhas: os acadêmicos consideram o basco uma língua isolada. Mas a sua origem é ainda um mistério e há várias hipóteses que tentam explicar a sua singularidade. Fomos ver uma exibição de dois músicos no Palácio Euskalduna Jauregia. Trata-se de dois músicos da banda de txistularis (“flautas” em basco): enquanto um deles tocou flauta, o outro tocou acordeon. Todas as vezes que eles se dirigiam ao público era em basco (não dava para entender nada), mas na maior parte das vezes eles traduziam para o espanhol em seguida: foi possível perceber que este ato era uma forma de valorizar o idioma basco! O dueto se chamava “2 poliedro”.

Bilbao - Músicos da banda de Txistularis


Bilbao - Dupla de músicos 2 Poliedro


O hotel em que ficamos hospedados era bem pertinho do estádio do “Atlético de Bilbao” e deu para perceber como muitos bascos são apaixonados pelo futebol.

Bilbao - Estádio do Atlético de Bilbao


Visitamos vários museus como o Museu de Reproduções e o Museu de Belas Artes, mas o mais interessante foi o Museu Basco (ou, em basco, Museu Euskal), onde havia uma exposição com fotos antigas da cidade em 3D, com explicações sonoras em espanhol.

Bilbao - Descansando no banheiro do Museu de Reproduções

Bilbao - Museu de Belas Artes

Bilbao - Museu Basco

A Estação de Trem de Bilbao é muito bonita e a cidade de Bilbao tem belos parques: uma das suas grandes atrações turísticas é caminhar pelas ruelas da Cidade Velha (“Casco Viejo”, em espanhol).

Bilbao - Estação de trem

Bilbao – Parque

Bilbao - Casco Viejo ("Centro Velho")


CAVERNA DE ALTAMIRA

Em Bilbao alugamos um carro e nos deslocamos por 130 km até a região onde está situada a famosa “Caverna de Altamira” que fica no município de Santillana, perto de Santander. A Caverna de Altamira e a Caverna de Lascaux (no sudoeste da França, próximo da fronteira com a Espanha) são os dois destaques quando pensamos nas primeiras pinturas rupestres desenhadas em seus tetos pelos nossos antepassados humanos do paleolítico. No caso de Altamira, os estudos indicam uma idade de cerca de 18.500 anos para as pinturas de animais no seu teto. Elas são impressionantemente belas, sobretudo os bisões: seus pintores eram uma espécie de “Michelangelos” da pré-história!

Altamira - Admirando pinturas no Museu de Altamira

Altamira - Pintura em Museu de Altamira

Altamira - Pinturas no teto da caverna no Museu de Altamira

Altamira - Museu de Altamira

Altamira - Pintura de cabeça de bisão no Museu de Altamira

Altamira - A Arte Pré-histórica - Fenômeno universal

Altamira - Quadro no Museu de Altamira


Como a visita de milhares de turistas estava estragando as pinturas (pela respiração e umidade provocadas), foi construída ao lado do museu de Altamira, uma réplica da caverna igual à original e que pode ser visitada livremente.

BRUXELAS

De Bilbao pegamos um avião para Bruxelas (capital da Bélgica), com conexão em Barcelona. Bruxelas pela sua posição central na Europa (com a Bélgica se situando entre a Alemanha e a França) é uma das capitais da União Europeia, junto com Luxemburgo e Estrasburgo. A mesma reclamação que muitos brasileiros fazem de Brasília (no que diz respeito aos políticos), muitos europeus fazem de Bruxelas! Em Bruxelas é possível visitar o Parlamentarium, o interessante Museu do Parlamento Europeu que dá destaque para as contribuições importantes de europeus para a cultura e a ciência mundial, como o caso de Albert Einstein e também de Marie Curie, cientista polonesa, naturalizada francesa, que recebeu duas vezes o prêmio Nobel no começo do século XX, por suas descobertas acerca da radioatividade.

Bruxelas - Placa indicando o Parlamento Europeu

Bruxelas - Entrada do Centro de Visitantes do Parlamento Europeu (Parlamentarium)

Bruxelas - No Parlamentarium

Bruxelas - Pesquisando sobre os países europeus no Parlamentarium

Bruxelas - Ricardo e Einstein no Parlamentarium

Ficamos hospedados no Hotel Sabina, e da sua janela na noite que chegamos admiramos a neve caindo.

Bruxelas - Manhã após noite nevando um pouco

Bruxelas - Praça perto do Hotel Sabina

A Bélgica é um país bilíngue: no sul se fala o francês, enquanto no norte se fala o flamengo (que é semelhante ao holandês ou “dutch”). A grande praça central de Bruxelas (“Grand Place”, em francês) é uma das atrações turísticas da cidade. A Praça Real e a Catedral de Bruxelas são também belíssimas.

Bruxelas - Grand Place

Bruxelas - Praça Real

Bruxelas – Catedral

De Bruxelas pegamos um trem para Luxemburgo, numa viagem agradável de cerca de 3 horas.

Bruxelas - Paisagem com neve vista do trem de Bruxelas para Luxemburgo


Finalmente, de Luxemburgo, pegamos o nosso voo de volta para o Brasil (aeroporto de Guarulhos), com escala em Frankfurt na Alemanha.

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VIAJANDO PELA ROMÊNIA, POLÔNIA, ESLOVÁQUIA E UCRÂNIA

Julho de 2016: partimos para viajar pelo leste europeu, de modo a conhecer quatro países da região: Romênia, Polônia, Ucrânia e Eslováquia! Compramos passagens para Bucareste na Romênia (ida e volta) com escala em Istambul na Turquia, pela Turkish Airlines.

ROMÊNIA

A Romênia é um país do leste europeu (com costa no mar Negro) e que paradoxalmente usa uma língua neolatina (como o português, o espanhol, o italiano e o francês) que é bastante próxima do nosso idioma português. Você sabe como se fala em romeno “Com um quilo de carne de vaca não se morre de fome”? ... A resposta é: exatamente de mesma forma que no idioma português!
Os romanos liderados pelo imperador Trajano conquistaram a Dácia (por volta do ano 100 d.C.) e introduziram o idioma e a cultura latina na região, que historicamente foi dividida em três áreas principais diferentes: a Valáquia, a Transilvânia e a Moldávia. No século XVI, toda a península balcânica ficou integralmente ocupada pelos turcos otomanos, mas parcelas acabaram com o tempo sendo dividida com o império austro-húngaro; somente no final do século XIX que o país conseguiu a sua independência e passou a ser reconhecido como um estado independente.
Durante a segunda guerra mundial, a Romênia teve um regime fascista que foi aliado da Alemanha e com políticas nazistas/racistas que provocaram um genocídio de judeus e ciganos locais: se calcula que entre 280 e 380 judeus romenos foram mortos, assim como cerca de 11 mil ciganos romenos, durante a segunda guerra mundial. A Romênia colaborou com um exército de mais de 1 milhão de soldados na tentativa fracassada alemã de invadir a União Soviética, bem como foi um dos principais fornecedores de petróleo para a Alemanha.
Após a segunda guerra, a Romênia foi durante quatro décadas um país comunista, mas mesmo assim adotava uma política externa relativamente independente da União Soviética: foi, por exemplo, o único país do Pacto de Varsóvia que não apoiou a invasão da Tchecoslováquia pelos tanques soviéticos, após a primavera de 1968. Mesmo assim, o ditador de plantão foi Ceausescu que governou o país com mãos de ferro entre 1965 e 1989, com uma extensa política oficial de culto a personalidade. A deposição de Ceausescu na época da queda do muro de Berlim foi dramática. O ditador convocou uma manifestação de apoio ao seu regime para o dia 21 de dezembro de 1989, mas no meio de seu discurso, em meio aos aplausos, muitos romenos acabaram se manifestando com críticas ao regime! Isto deixou clara a fraqueza do regime de Ceausescu. O episódio pode ser visto (com legendas em inglês), sobretudo a partir do tempo 2min30s, no vídeo em: <https://www.youtube.com/watch?v=wWIbCtz_Xwk>. Uma explicação do episódio (em inglês) pode ser vista em: <https://www.youtube.com/watch?v=TcRWiz1PhKU>. A denominada Revolução Romena que levou à queda do regime comunista romeno foi quase que o único episódio realmente violento na sucessão de quedas de regimes comunistas que ocorreram no leste europeu no ano de 1989: se estima que cerca de mil romenos morreram. Resultado: quatro dias após este episódio, no dia de Natal (25 de dezembro de 1989), o ditador Ceausescu e sua esposa Elena foram sumariamente julgados e executados.
Em termos geográficos, o famoso Rio Danúbio antes de desaguar no Mar Negro, forma um conhecido “delta” em território romeno.
Em Bucareste, capital da Romênia, ficamos hospedados no hotel “Unique Bucharest”. Fizemos a reserva deste hotel e dos seguintes pelo site www.booking.com. Este é um site realmente muito bom e que tem nos ajudado bastante em nossas viagens pelo mundo.


Foto - Romênia - Área próxima do centro de Bucareste

Bucareste é uma cidade grande e dinâmica, com cerca de 2 milhões de habitantes.


Foto - Romênia - Bandeira da Romênia em Bucareste

O maior museu de história do país é o Museu Nacional de História que fica em Bucareste e tem dentro dele uma réplica imensa da coluna de Trajano (do século II).


Foto - Romênia - Museu Nacional de História - Bucareste

Perto do Museu Nacional de História, fica o bonito prédio do Círculo Militar.


Foto - Romênia - Divina em frente ao Círculo Militar em Bucareste

Na região central da cidade fica também o grande prédio da Universidade que visitamos.


Foto - Romênia - Universidade de Bucareste

O rio que passa pela região central de Bucareste é o rio Dambovita.


Foto - Romênia - Rio em Bucareste

Uma das atrações da cidade é o Palácio do Parlamento, construção realizada durante o regime comunista que é o segundo maior prédio do mundo (após o Pentágono), com 3 mil salas, e é conhecido como a criação mais infame de Ceausescu, pela sua suntuosidade, numa situação em que os romenos estavam sendo submetidos a uma política rígida de austeridade e sacrifícios (por causa do endividamento externo da Romênia que ocorreu na mesma época  - anos 1980 – em que muitos outros países de terceiro mundo tiveram este problema com o saldo de pagamentos da suas dívidas externas, inclusive o Brasil): ele começou a ser construído em 1984 e ainda não terminou.


Foto - Romênia - Divina em frente ao Palácio do Parlamento em Bucareste

O antigo prédio do Comitê Central do Partido Comunista é um local de importância histórica, pois foi ali que o ditador Ceausescu fez seu último discurso (como foi explicado anteriormente).


Foto - Romênia - Antiga Sede do Comitê Central do Partido Comunista

Na frente deste prédio fica a praça da revolução, como ficou conhecida esta área após os eventos de 1989 que acabaram por derrubar o regime comunista.


Foto - Romênia - Ricardo na Praça da Revolução em Bucareste

Os eventos que ocorreram nesta Praça da Revolução (“Piata Revolutiei” em romeno) ficaram marcados na história da Romênia.


Foto - Romênia - Praça da Revolução - Bucareste

Ao norte da cidade fica o parque Herastrau, local tranquilo para passear.


Foto - Romênia - Parque Herastrau de Bucareste

Em frente a este parque fica um Arco do Triunfo que é parecido com o francês, apesar de ser de tamanho menor.


Foto - Romênia - Divina perto do Arco do Triunfo de Bucareste

Neste parque, a gente alugou bicicletas e passeamos por todo ele.


Foto - Romênia - Bucareste - Andando de Bicicleta

Quando estávamos em Bucareste ficamos sabendo que o músico Philip Glass e o Quarteto Kronos fariam um concerto ao ar livre em uma concha acústica do parque Herastrau.


Foto - Romênia - Preparação para o show de Philip Glass

No início de uma noite, eles tocaram a música de fundo durante a exibição do famoso filme “Drácula” de 1931 (da época do cinema mudo e em preto e branco), baseado na obra de Bram Stoker e com o ator Bela Lugosi no papel de Drácula. E o mais incrível é que estávamos justamente na Romênia, onde fica a região da Transilvânia, a terra natal do famoso “Drácula”. O filme “Drácula” (de 1931) pode ser assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=vXbOYflQ0vE>.


Foto - Romênia - Show de Philip Glass e do Kronos Quartet - Drácula - Filme e Música

Mas para nós foi uma experiência única: cinema noturno a céu aberto com os sons do fantástico músico minimalista Philip Glass e do Quarteto “Kronos”! O mesmo show já tinha sido realizado antes (em 2010) na França e um clipe muito bonito de 2 minutos deste show pode ser visto em: <https://www.youtube.com/watch?v=oXoKbnfvftw>. E quem quiser conhecer o álbum musical inteiro de “Drácula” (com mais de 1 hora de música), ele pode ser escutado em: <https://www.youtube.com/watch?v=EG76gIvzUeY>.


Foto - Romênia - Filme Drácula

Então alugamos um carro (um Clio da Renault) e fomos viajar pela região da Transilvânia, para conhecer cidades como Brasov, Sighisoara e Sibiu, numa região do país que é mais montanhosa. A Transilvânia é conhecida como a terra do Drácula, na verdade o personagem principal do livro homônimo escrito pelo irlandês Bram Stoker em 1897 e que contava a história do vampiro Conde Drácula que vivia do sangue que bebia de humanos incautos. Este livro é considerado um dos clássicos da literatura de terror. O personagem “Drácula” foi baseado no cruel Príncipe de Valáquia, Vlad Tepes (1431-1476), também conhecido como “Vlad, o Empalador”. Este príncipe (voivoda) viveu numa época em que os grandes inimigos dos cristãos na região eram os turcos otomanos que estavam realizando uma política de expansão por toda a península balcânica, inclusive com a conquista de Constantinopla (atual Istambul) em 1453, data que tradicionalmente separa a Idade Média da Idade Moderna: Vlad ficou conhecido pela crueldade e pelo sadismo com que tratava seus prisioneiros muçulmanos. Um filme razoável sobre a história do príncipe Vlad (“A verdadeira história de Drácula” de 2001) pode ser assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=xDIbufqjz1w>.
A primeira cidade que visitamos na Transilvânia foi Brasov.


Foto - Romênia - Teatro Dramático em Brasov

A cidade de Brasov tem um grande e agradável parque arborizado e central para passearmos; a praça Sfatului foi um local agradável para descansarmos.


Romênia - Praça em Brasov

De Brasov fomos para a pequena cidade de Bran que fica nas proximidades e onde está o castelo de Vlad Tepes, mais conhecido como Drácula. Legal, mas as relações deste castelo com Vlad Tepes são meio tênues.


Foto - Romênia - Ricardo no castelo de Drácula

Dali fomos para a fortaleza Rasnov: suas ruínas ficam no topo de uma elevação.


Foto - Romênia - Fortaleza Rasnov

É também um ponto turístico, onde casais de noivos vem tirar fotos, como tivemos a possibilidade de observar.


Foto - Romênia - Noivos na Fortaleza Rasnov

O visual lá de cima da Fortaleza Rasnov de todo o vale é bem bacana.


Foto - Romênia - Visão do alto do castelo Rasnov

De Brasov, fomos para Sighisoara, uma pequena, mas bela cidade da Transilvânia.


Foto - Romênia - Sighisoara

Uma das atrações da cidade é a Torre do Relógio.


Foto - Romênia - Torre do relógio de Sighisoara

No alto desta antiga torre, há uma pequena exposição científica sobre o físico Hermann Oberth (1894-1989) que nasceu na Transilvânia, de família alemã (os saxões da Transilvânia), e foi um dos precursores da astronáutica e do lançamento de foguetes. Seu interesse pela exploração espacial surgiu quando era criança e leu o livro “Da Terra a Lua”, escrito por Júlio Verne.


Foto - Romênia - Exibição sobre o físico Hermann Oberth

O Hotel Double Tree em que ficamos em Sighisoara estava em promoção e tinha uma gostosa piscina na qual aproveitamos para relaxar!


Foto - Romênia - Piscina no Hotel Double Tree em Sighisoara

De Sighisoara fomos para Sibiu.


Foto - Romênia - Sibiu

Uma das suas principais atrações é a Catedral Evangélica que conta com um belo órgão de 1772.


Foto - Romênia - Catedral Evangélica de Sibiu

Subimos até o alto desta igreja: o visual da cidade de Sibiu vista de cima é fantástico.


Foto - Romênia - Vista da cidade de Sibiu

A viagem pelas estradas da Transilvânia foi bastante interessante.


Foto - Romênia - Cachorro ao lado da estrada na Transilvânia

Uma das curiosidades para observar na beira da estrada são os ninhos de pássaros grandes feitos sobre postes.


Foto - Romênia - Ninho de pássaros ao lado da estrada

Também pudemos observar vários rebanhos de ovelhas sendo conduzidos por pastores nesta região interiorana.


Foto - Romênia - Pastor com ovelhas na Transilvânia

No último dia que estivemos em Bucareste de novo, aproveitamos uma promoção e nos hospedamos no Hotel Ramada Majestic que tinha uma boa piscina interna para a gente relaxar.


Foto - Romênia - Piscina no Hotel Ramada Majestic em Bucareste

Ainda saímos para jantar uma boa refeição: uma suculenta sopa e um grande copo de cerveja Guinness escura!


Foto - Romênia - Sopa e cerveja Guinness em Bucareste

Pegamos, então, um avião em Bucareste e voamos para Cracóvia no sul da Polônia.

POLÔNIA

A Polônia é um país de maioria católica (terra do Papa João Paulo II) e que sofreu ao longo da história por estar bem no meio de grandes vizinhos: principalmente a Alemanha a oeste e a Rússia a leste, mas também a Suécia ao norte e a Áustria ao sul. O estado polonês foi estabelecido em meados do século X, mas foi invadido, fragmentado e partilhado ao longo dos séculos. Após a primeira guerra mundial, a independência da Polônia foi restabelecida, mas isto durou até os nazistas invadirem a Polônia (a partir do oeste) em 1 de setembro de 1939 dando início à Segunda Guerra Mundial. Os soviéticos como resposta invadiram a Polônia a partir do leste em 17 de setembro de 1939 e o território polonês acabou novamente partilhado entre alemães e soviéticos. Grande parte da política de genocídio realizada por nazistas contra prisioneiros judeus de toda a Europa, foi executada nos campos de extermínio construídos pelos alemães em território polonês: Auschwitz, Belzec, Sobibor, Treblinka, Chelmno e Majdanek. Dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas, cerca de três milhões eram judeus poloneses. Desde o pós-guerra até 1989 a Polônia teve um regime comunista aliado da União Soviética. A Polônia entrou na União Europeia em 2004 e atualmente tem cerca de 38 milhões de habitantes. Para viajarmos pela Polônia (e também pela Eslováquia) alugamos um carro Megane da Renault. O meu irmão Roberto tinha viajado pela região um ano antes e tinha adquirido um GPS: ele nos emprestou este GPS (com a voz de uma mulher portuguesa), o que foi muito útil em nossa viagem! Basicamente conhecemos o sul da Polônia.
Cracóvia, no sul do país, é a segunda maior cidade de Polônia, depois da capital Varsóvia. Sua população é de aproximadamente 750 mil pessoas.


Foto - Polônia - Cracóvia na região perto do hotel em que ficamos

Durante a ocupação nazista, ocorreu uma tentativa de germanização do sul da Polônia (onde as tropas alemãs formaram um “governo geral”) com, por exemplo, a troca de placas e nomes de ruas de uma grafia polonesa para uma grafia alemã. A praça central da cidade de Cracóvia é belíssima.


Foto - Polônia - Praça central de Cracóvia

Andando pelas ruas de Cracóvia, nos deparamos com um músico que tocava as canções em ... copos! Fantástico.


Foto - Polônia – Tocando música em copos em Cracóvia

Em Cracóvia há também o castelo de Wawel que pode ser visitado.


Foto - Polônia - Castelo Wawel em Cracóvia

Deste Castelo é possível ter uma bela visão do Rio Vístula que passa pela cidade.


Foto - Polônia - Rio Vístula em Cracóvia

Grande parte desta cidade foi preservada de bombardeios durante a segunda guerra mundial e acabou conservada em termos históricos.


Foto - Polônia - Vista da cidade de Cracóvia

Uma das atrações da cidade que vale a pena ser visitada é o museu da fábrica de Schindler, um empresário alemão que salvou centenas de judeus da morte, exigindo das tropas de ocupação nazistas que eles fossem mantidos vivos para poder trabalhar em sua fábrica de panelas. De início seu objetivo oportunista era aumentar a lucratividade de sua empresa, mas com o tempo ele acabou dedicando-se extraordinariamente em salvar as vidas de seus empregados judeus.


Foto - Polônia - Museu da Fábrica de Schindler

Esta história ficou imortalizada no famoso filme de Steven Spielberg “A lista de Schindler” de 1993, com o ator Liam Neeson no papel principal do empresário Oskar Schindler. O trailer deste comovente filme pode ser visto em: <https://www.youtube.com/watch?v=M5FpB6qDGAE>. A nota do site IMDB que valia filmes é bem alta: 8,9. Informações e resenhas em inglês sobre este filme podem lidas em: <http://www.imdb.com/title/tt0108052/?ref_=nv_sr_1>.


Foto - Polônia - Museu da Fábrica de Schindler em Cracóvia

Em uma das belas igrejas da cidade, pudemos assistir um concerto de músicas clássicas feito com instrumentos de corda: pudemos escutar, por exemplo, uma belíssima versão de “Danúbio Azul”, valsa composta por Johann Strauss em 1867 e que ficou sendo mais conhecida ainda por ser o tema de abertura do filme clássico de ficção científica “2001 – Uma odisseia no espaço”, numa cena belíssima de 10 minutos, que pode ser assistida em: <https://vimeo.com/89440753>.


Foto - Polônia - Concerto em Igreja de Cracóvia

Perto de Cracóvia fomos visitar uma das minas de sal mais antigas do mundo, em Wieliczka: ela foi criada no século XIII e tem 237 metros de profundidade.


Foto - Polônia - Mina de sal perto de Cracóvia

Esta mina de sal é um dos monumentos históricos da Polônia. O site com informações acerca do local é: <http://www.wieliczka-saltmine.com/>.


Foto - Polônia - Esculturas na mina de sal Wieliczka

Há toda uma variedade de diferentes esculturas de sal para serem admiradas e um bom restaurante na parte mais profunda da mina, no final do passeio.


Foto - Polônia - Escultura de Sal

A 66 km a oeste de Cracóvia (indo no sentido da Alemanha) fica o campo de extermínio de Auschwitz (este é o nome grafado de modo alemão da pequena cidade polonesa de Oswiecim), o maior campo de extermínio nazista construído durante a segunda guerra mundial. Estima-se que neste campo de extermínio foram assassinados cerca de 1 milhão de judeus de diferentes regiões da Europa, que foram trazidos pelos trens da morte. Aqui foram mortos mais de 200 mil crianças e adolescentes. Em Auschwitz ocorreu um dos maiores homicídios em massa da história da humanidade.
Fizemos uma visita guiada em espanhol que foi muito educativa. Durante esta visita foi explicado que a partir de 1942 quando os alemães começaram a perder batalhas para os soviéticos no frente leste, como forma de “compensação” política, os nazistas alemães começaram a implementar a sua infame política de “solução final” para o “problema judeu” que consistia em matar civis em campos de extermínio como Auschwitz por meio do gás venenoso Zyklon B, um pesticida feito a base de ácido cianídrico, cloro e nitrogênio.


Foto - Polônia - Auschwitz

Visitar esta verdadeira fábrica de morte é importante e elucidativo para refletir sobre a crueldade e a barbárie que pode ser produzida pela nossa espécie humana!


Foto - Polônia - Lata de veneno para matar seres humanos

Numa entrada deste campo de extermínio, estava escrito em alemão “Arbeit macht frei”, ou seja, “O trabalho liberta”: o cinismo fez os alemães colocarem uma placa falando em liberdade na entrada de um local dedicado a morte!


Foto - Polônia - Auschwitz - Portão de entrada com a inscrição “Arbeit macht frei” (“O trabalho liberta”)

Há muitos grupos neonazistas que tentam negar o holocausto de milhões de judeus assassinados por nazistas durante a segunda guerra mundial. Por isso, há um prédio inteiramente dedicado a provas materiais dos crimes (“material proofs of crimes”) perpetrados pelos nazistas contra prisioneiros deste campo de extermínio, sobretudo judeus, mas também ciganos, russos, nacionalistas poloneses e comunistas em geral.


Foto - Polônia - Prédio com "Material proof of crimes" (“Provas materiais dos crimes”)

Vale a pena passar o dia inteiro visitando as diversas instalações de Auschwitz, para conhecer melhor este período trágico da história humana. Este campo de extermínio foi construído em um antigo alojamento militar polonês: hoje é um museu memorial dedicado a preservar a memória deste período terrível da história da humanidade. Foi nas instalações de Auschwitz que o sádico médico alemão Josef Mengele fez suas experiências cruéis com seres humanos, de acordo com a sua ideologia nazista e racista. Na entrada de um dos prédios estava escrito para todos lerem a conhecida frase de George Santayana: “Those Who do not remember the past are condemned to repeat it” (“Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo”).


Foto - Polônia – “Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo”

Como o campo original de Auschwitz era insuficiente para os propósitos ensandecidos dos nazistas, estes construíram nas proximidades um outro campo imenso, denominado Birkenau (ou Auschwtiz II) que pode ser conhecido no mesmo dia em que se visita Auschwitz.


Foto - Polônia - Campo de Birkenau

No final de 1944 e início de 1945 com o avanço do exército vermelho da União Soviética e o recuo dos alemães, os nazistas tentaram destruir todas as provas de seus crimes neste campo de extermínio, mas como quase todo criminoso, não foram 100% eficazes neste sentido. Foram mantidos intactos fornos crematórios, por exemplo. Além disso, o capitão do exército polonês Witold Pilecki que esteve em Auschwitz como prisioneiro por 945 dias, conseguiu recolher evidências e informações sobre o genocídio durante a guerra, enviando-as junto com relatórios detalhados para as tropas aliadas na Inglaterra, que diga-se de passagem pouco fizeram para tentar atrapalhar os nazistas de cumprirem seus objetivos genocidas. Em 17 de janeiro de 1945, o comando da SS em Berlim deu ordens para que todos os prisioneiros restantes em Auschwitz fossem executados, mas em meio ao caos da retirada nazista na época, a ordem não foi levada adiante. Os 7500 prisioneiros restantes deixados em Auschwitz foram libertados em 27 de janeiro pelo Exército Vermelho: entre os artefatos (“provas”) do genocídio encontrados pelos russos estavam 348.820 ternos de homem e 836.255 vestidos de mulheres, além de montanhas de óculos, cabelos humanos e calçados, muitos deles em tamanhos infantis.


Foto - Polônia - Fornos crematórios

A série de seis documentários intitulada “Auschwitz: Os nazistas e a solução final” produzido pela BBC é uma excelente fonte para compreender este genocídio; o episódio 4 denominado “Corrupção” pode ser assistido legendado em: <https://www.youtube.com/watch?v=nJoXAhp8hj0>.
Um dos melhores filmes sobre esta política de extermínio e que mostra a cumplicidade da ciência e da religião (inclusive do Papa Pio XII que ficou tristemente conhecido como o Papa de Hitler) com a Holocausto é “Amém” produzido pelo cineasta Costa-Gravas. O trailer deste excelente filme pode ser visto em: <https://www.youtube.com/watch?v=9vrlk4ZBGOg>. O filme “Amém” dublado em espanhol pode ser assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=NGzgb_7B3QI>. Mais informações sobre o Memorial e Museu Auschwitz-Birkenau podem ser obtidas em: <http://auschwitz.org/en/>.
Fomos também a Belzec, um outro campo de extermínio construído pelos nazistas na Polônia, situado nas proximidades com a fronteira com a Ucrânia no leste do país.


Foto - Polônia - Entrada do campo de extermínio de Belzec

Em Belzec foram mortos cerca de meio milhão de prisioneiros, a esmagadora maioria consistindo de judeus.


Foto - Polônia - Campo de Belzec

Os nazistas destruíram o campo de Belzec quando perceberam que estavam perdendo a guerra, inclusive queimando muitos milhares de corpos que tinham sido enterrados.  No museu que existe no local hoje, há uma placa com declarações de Hitler de 1919 (20 anos antes do início da segunda guerra mundial): “O nosso firme propósito final tem que ser a completa destruição dos judeus”.


Foto - Polônia - Placa com declarações de Hitler no museu de Belzec (“O nosso firme propósito final tem que ser a completa destruição dos judeus”)

Mais informações sobre o Memorial e Museu do Campo de Extermínio de Belzec podem ser obtidas em: <http://www.belzec.eu/en>.


Foto - Polônia – Memorial do Campo de Belzec

Fomos então até a cidade de Przemysl que fica bem próxima a fronteira com a Ucrânia.


Foto - Polônia - Praça em Przemysl

Deixamos o carro no hotel desta cidade e pegamos um táxi até a fronteira com a Ucrânia.

UCRÂNIA

Atravessamos a fronteira da Polônia com a Ucrânia a pé (a partir da cidade polonesa de Przemysl pegamos um taxi por alguns quilômetros até a fronteira). Todos os guias que lemos aconselhavam a não entrar dirigindo carro estrangeiro na Ucrânia, devido à fama de corrupta da polícia local. Após cruzar a fronteira, pegamos então um micro-ônibus que percorreu rapidamente os 100 km até Lviv, uma bela cidade ucraniana situada no extremo oeste do país.


Foto - Ucrânia - Centro de Lviv

A Ucrânia é um país que usa o alfabeto cirílico e que pertenceu a antiga União Soviética. A sua população atual é de cerca de 44 milhões de habitantes e a capital é Kiev, situada na região central do país. A idade de ouro de Kiev ocorreu entre os anos 800 e 1100, portanto há cerca de mil anos.


Foto - Ucrânia - Biblioteca de Lviv escrita no alfabeto cirílico

A Ucrânia foi uma das maiores repúblicas da antiga União Soviética, sendo tradicionalmente uma grande produtora de alimentos. Em 2014 ocorreram episódios violento de luta pelo poder central na Ucrânia, com a subida ao poder de grupos considerados mais favoráveis a uma aproximação com a União Europeia e a um afastamento da Rússia. Muitos entendem que o que ocorreu na Ucrânia foi uma espécie de golpe contra o governo que existia e que havia sido eleito, e que foi deposto na época. Alguns dos grupos que apoiaram esta deposição eram abertamente de cunho nazista.


Foto - Ucrânia - Teatro de Ópera e Balé de Lviv

A cidade de Lviv é belíssima e muito bem preservada historicamente.


Foto - Ucrânia - Rua de Lviv

Lviv tem atualmente cerca de 800 mil habitantes e antes de pertencer à Ucrânia, esteve sob controle da Polônia e da Áustria.


Foto - Ucrânia - Estação de trem de Lviv

Andar pelas ruas das cidades nos propicia muitas descobertas.


Foto - Ucrânia - Fazendo bolhas gigantes em Lviv

Vimos um sujeito fazendo grandes bolhas que divertiam as crianças. Vimos também uma pessoa que flutuava em uma calçada: este truque que já tínhamos documentado na Itália e na Irlanda, é produzido por um campo magnético que é o responsável pela flutuação da pessoa.


Foto - Ucrânia - Flutuando em Lviv

Depois de dormirmos uma noite em Lviv, voltamos com o micro-ônibus para a fronteira Ucrânia-Polônia e depois de passarmos pela alfândega ucraniana, mas antes de passarmos pela alfândega polonesa, fomos pegos por uma tempestade de verão que nos deixou completamente molhados (mesmo com o guarda-chuva precário que tínhamos), pois estávamos em um local desabrigado e desprotegido em uma fila junto de muitos outros ucranianos, justamente tentando entrar de volta na União Europeia! Após ficarmos um bom tempo ali no relento (parte deste tempo na chuva), o policial polonês, nos informou que pelo fato de não sermos ucranianos, mas sim turistas brasileiros, poderíamos ter evitado a fila, indo direto por outra porta! Informação obtida tarde demais... Dormimos no hotel em Przemysl (Polônia), pegamos o carro e no dia seguinte percorremos de novo um trecho do sul da Polônia e atravessamos a fronteira com a Eslováquia.

ESLOVÁQUIA

A Eslováquia formava a Tchecoslováquia com a atual República Tcheca, durante as quatro décadas de guerra fria; a divisão da Tchecoslováquia em suas duas partes ocorreu em 1992, após a queda do muro de Berlim. A Eslováquia é um país com aproximadamente 5 milhões de habitantes. Bratislava é a sua capital. O país foi aceito na zona do euro em 2009. Povos de origem eslava chegaram nesta região, por volta dos séculos V e VI, na época da queda do Império Romano.
Entramos na Eslováquia pela sua região nordeste, pela fronteira com a Polônia. Esta é uma região montanhosa que abrigou no final da segunda guerra mundial uma grande e importante batalha entre os soviéticos que avançavam com o exército vermelho e os alemães que estavam recuando. Ao lado da estrada há um monumento com dois tanques lembrando a famosa batalha da passagem de Dukla, entre soviéticos e alemães. Uma boa explicação deste episódio histórico em inglês está em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_the_Dukla_Pass>.


Foto - Eslováquia - Batalha dos Cárpatos do leste

Passamos também pelo Castelo de Spis, o mais bem preservado castelo medieval em território eslovaco.


Foto - Eslováquia - Divina em frente ao castelo de Spis

É belíssimo o visual a partir do castelo que fica no alto de uma montanha.


Foto - Eslováquia - Visão do castelo de Spis

No caminho para Bratislava, que fica perto da fronteira oeste do país, passamos também perto das Montanhas Tatras (“High Tatras”) que no inverno é uma região onde se pratica muito o esqui em neve.


Foto - Eslováquia - Montanhas Tatras

Estes "High Tatras" são realmente majestosos!




Foto - Eslováquia - High Tatras

Na estrada a caminho de Bratislava passamos por um belo campo de girassóis. Mandamos a foto do campo de girassóis pelo whatsapp para nossos familiares e minha irmã (Renata) me escreveu salientando uma coincidência, pois naquele mesmo dia ela e o meu pai (Wilmes) estavam preparando uma cerimônia religiosa que ocorreria, em lembrança da memória de minha mãe (Cândida) que tinha falecido um ano antes: a coincidência foi que eles tinham separado para a cerimônia justamente uma bela foto da minha mãe bem no meio de um campo de girassóis!


Foto - Eslováquia - Campos de Girassóis

Chegando em Bratislava, capital do país, com cerca de 400 mil habitantes, deixamos nossas coisas no hotel reservado pelo site booking.com e saímos para passear.


Foto - Eslováquia - Visão de Bratislava

Bratislava fica bem perto de outras capitais europeias, como Budapeste e Viena.


Foto - Eslováquia - Rua de Bratislava

Bratislava é uma cidade bonita e rica, como deu para perceber nas nossas caminhadas pelo centro.


Foto - Eslováquia - Teatro Nacional em Bratislava

Há muitas igrejas e museus na cidade de Bratislava: é uma cidade que pulsa em termos culturais.


Foto - Eslováquia - Catedral de San Martin em Bratislava

A grande atração da cidade é o Castelo de Bratislava.


Foto - Eslováquia - Jardim do Castelo de Bratislava

Entramos e conhecemos as diversas salas deste castelo que é uma bela obra arquitetônica cheia de obras de arte e imensos espelhos.


Foto - Eslováquia - Dentro do castelo de Bratislava

A vista do rio Danúbio, a partir do castelo de Bratislava é muito bonita.


Foto - Eslováquia - Vista de Bratislava e do rio Danúbio

A ponte nova (“Most SNP”) sobre o rio Danúbio, construída na época do regime comunista é uma obra bastante bizarra, pois parece uma nave espacial.


Foto - Eslováquia - Nova ponte em Bratislava - Most SNP

Finalmente, fomos conhecer o Panteão do Memorial da Guerra (“Slavín War Memorial”), construído também na época do regime comunista.


Foto - Eslováquia - Panteão do Memorial da Guerra em Bratislava

O objetivo desta praça imensa que fica no alto de uma montanha é ressaltar o esforço do exército vermelho soviético em libertar a cidade de Bratislava do domínio nazista.


Foto - Eslováquia - Ricardo no Panteão do Memorial da Guerra em Bratislava

Foi uma batalha sangrenta já no final da segunda guerra mundial, quando o exército vermelho avançava para derrotar os nazistas e chegar em Berlim, capital da Alemanha.


Foto - Eslováquia - Memorial em homenagem aos soldados soviéticos que morreram na libertação de Bratislava

Numa das noites em que estávamos em Bratislava, nós dois ficamos doentes, passamos muito mal e precisamos ativar o nosso seguro saúde que sempre fazemos quando viajamos. Uma médica com um auxiliar enfermeiro veio até o hotel onde estávamos nos examinar (era depois da meia-noite) e tivemos que ficar de repouso absoluto no dia seguinte. Mas sobrevivemos.
Voltamos para Cracóvia na Polônia, onde pegamos um avião de volta para Bucareste na Romênia e desta cidade voamos de volta para São Paulo, via Istambul.
Chegando ao Brasil, almoçamos com nossos familiares, em Mogi das Cruzes, em uma festa para o aniversário de nossa sobrinha Natália.


Foto - Volta da viagem - Almoço em família

Pegamos o carro e ao voltar para Ubatuba, onde moramos, passamos pelo centro de Caraguatatuba e na praça do coreto vimos que ocorria uma manifestação contra o governo golpista de Michel Temer com vários dos meus estudantes do câmpus de Caraguatatuba do Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Aproveitamos para tirar uma foto com os manifestantes.


Foto - Volta da viagem – “Fora Temer” na praça do coreto de Caraguatatuba

Este blog defende a posição de que o impeachment da presidente Dilma foi uma farsa golpista que destituiu uma governante eleita por 54 milhões de votos, sem a comprovação de que ela tivesse realizado qualquer crime e sem nenhuma denúncia de que ela tivesse enriquecido a partir do desvio de dinheiro público. Este golpe contra a democracia já produziu e, com certeza, ainda vai produzir mais consequências trágicas para o Brasil. A História com certeza demonstrará isto. A presidente Dilma cometeu vários erros (como outros governantes), mas não cometeu qualquer crime de responsabilidade e o seu afastamento do modo como ocorreu foi muito ruim para a nação e a democracia brasileira, pela instabilidade que provocou e provocará. Chegar ao poder por meio de um verdadeiro golpe, como ocorreu com Michel Temer não é um bom sinal.

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