Esta página tem informações sobre viagens para a Europa que ocorreram a partir de julho de 2016
Uma das coisas mais legais que fizemos foi apreciar alguns gêisers na Islândia. Um gêiser é uma nascente de água termal que entra em erupção periodicamente, lançando uma coluna de água quente verticalmente para cima junto com muito vapor de ar. A palavra gêiser é proveniente de “Geysir”, nome de uma nascente eruptiva como essa em Haukadalur, na Islândia: este nome deriva do verbo para "jorrar" na língua islandesa. Visitamos justamente este “Geysir” de Haukadalur, na Islândia. Particularmente bacana de ver neste local é o gêiser de Strokkur que a cada cinco minutos espirra água (fazendo um grande estrondo) para o alto até cerca de 30 metros de altura, molhando muitos dos que estão por perto, para a diversão de todos! É possível admirar este gêiser em funcionamento no vídeo “Geysir Hot Springs in Iceland” (gravado no inverno, dada a presença de neve, algo que nós não vimos lá durante o mês de julho no qual estávamos viajando) de 2 minutos do link <https://www.youtube.com/watch?v=BUruvQysM4A>. Uma boa animação que explica o funcionamento de um gêiser (“Geyser Animation – How a geyser works” = “Animação de um Gêiser – Como um gêiser funciona”) pode ser assistida no link: < <https://www.youtube.com/watch?v=X4zA_YPCyHs>. Ela é falada em inglês, mas é possível colocar uma legenda com a tradução em português.
VIAJANDO PELA ROMÊNIA, POLÔNIA, ESLOVÁQUIA E UCRÂNIA
VIAJANDO PELA
ISLÂNDIA E PELA FRANÇA E CONHECENDO O LHC
Julho de 2019. Eu e a Divina decidimos viajar pela
Islândia e pela França e aproveitar para conhecer o LHC (Large Hadron Collider
= Grande Colisor de Hádrons) um grande acelerador de partículas que existe na
fronteira da França com a Suíça, nas proximidades da cidade suíça de Genebra.
ISLÂNDIA
A Islândia (em inglês o nome do país
é “Iceland” ou seja “Terra de Gelo”) é um país nórdico com uma população
aproximada de 360 mil habitantes em uma ilha situada no norte do Oceano
Atlântico. O Círculo Polar Ártico atravessa o extremo norte da Islândia (a ilha
de Grímsey). A Capital e maior cidade do país (onde ficamos hospedados) é
Reykjavik que conta com cerca de 120 mil habitantes. Reykjavik é a capital mais
setentrional do mundo ou seja aquela que está mais perto do Polo Norte.
Foto
- Vista da Islândia do avião
A Islândia é um país rico com uma renda per capita
(pelo critério PPC=Paridade do Poder de Compra ou, em inglês, PPP= “Purchasing
Power Parity”) de cerca de USD 57.300,00 (USD= Dólar Norte Americano); a fonte
para este dado (de 2018) está no link do Banco Mundial (World Bank): <https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.PCAP.PP.CD?locations=IS-FR-CH>.
Para efeito de comparação, de acordo com a mesma fonte, em 2018, a renda per
capita do Brasil era de USD 16.000,00.
Foto
- Divina em uma rua de Reykjavik
Estávamos viajando no verão do hemisfério
norte (mês de julho), portanto em nenhum momento vimos uma “noite” escura para
ver enquanto estivemos na Islândia.
Na capital da Islândia, ficamos hospedados
no Reykjavik City Hostel.
Na cidade de Reykjavik, conhecemos a
Igreja Hallgrímskirkja, a Harpa (uma Sala de Concertos), o Jardim Botânico e o Lago
Tjornin.
Fomos experimentar a célebre sopa de
lagosta do Restaurante Saegreifinn, experimentamos também o famoso Hot Dog que
foi elogiado por Bill Clinton do Baejarins Beztu e tomamos uma deliciosa
cerveja de trigo em um pub que encontramos.
A cidade de Reykjavik é cheia de
esculturas bem interessantes.
Estivemos também na Catedral de Reykjavík (Dómkirkjan í
Reykjavík) onde apreciamos jovens de um coral (Jacksonville Children’s Chorus)
cantando belas músicas, como por exemplo, “What a Wonderful World” de Louis
Armstrong. Quem quiser apreciar este belo coral (ou coro) se apresentando com
essa música neste dia pode assistir o vídeo de 2 minutos disponível no link:
<https://www.youtube.com/watch?v=CN0Jo4GkofE>.
Com o carro que alugamos pudemos
passear pelo interior da Ilha da Islândia (como não tínhamos muitos dias,
ficamos nas atrações mais próximas de Reykjavik).
Deste modo, conhecemos o Parque
Pingvellir: nele está uma imensa fenda (rift) que indica a separação das placas
tectônicas da América do Norte e da Europa. Aliás, a Islândia é uma ilha com
tantos vulcões justamente por estar exatamente sobre esta fenda.
Conhecemos também a cachoeira de
Gullfoss.
Durante o caminho paramos algumas
vezes para admirar belos cavalos criados nas proximidades das estradas nas
quais circulamos.
Entramos em Kerid, a cratera de um
vulcão extinto onde atualmente há um lago.
Nadamos na Blue Lagoon (“Lagoa
Azul”) um passeio para turistas em águas termais que são aquecidas devido ao
vulcanismo da região.
Uma das coisas mais legais que fizemos foi apreciar alguns gêisers na Islândia. Um gêiser é uma nascente de água termal que entra em erupção periodicamente, lançando uma coluna de água quente verticalmente para cima junto com muito vapor de ar. A palavra gêiser é proveniente de “Geysir”, nome de uma nascente eruptiva como essa em Haukadalur, na Islândia: este nome deriva do verbo para "jorrar" na língua islandesa. Visitamos justamente este “Geysir” de Haukadalur, na Islândia. Particularmente bacana de ver neste local é o gêiser de Strokkur que a cada cinco minutos espirra água (fazendo um grande estrondo) para o alto até cerca de 30 metros de altura, molhando muitos dos que estão por perto, para a diversão de todos! É possível admirar este gêiser em funcionamento no vídeo “Geysir Hot Springs in Iceland” (gravado no inverno, dada a presença de neve, algo que nós não vimos lá durante o mês de julho no qual estávamos viajando) de 2 minutos do link <https://www.youtube.com/watch?v=BUruvQysM4A>. Uma boa animação que explica o funcionamento de um gêiser (“Geyser Animation – How a geyser works” = “Animação de um Gêiser – Como um gêiser funciona”) pode ser assistida no link: < <https://www.youtube.com/watch?v=X4zA_YPCyHs>. Ela é falada em inglês, mas é possível colocar uma legenda com a tradução em português.
FRANÇA
Depois dos dias conhecendo a
Islândia, voamos para a França onde passamos alguns dias em Paris (a capital do
país) e alugamos um carro com o qual nos deslocamos para conhecer as cidades
francesas de Lyon e Grenoble mais ao sul do país e a cidade suíça de Genebra
(próxima à fronteira com a França), onde está o maior acelerador de partículas
atualmente em funcionamento, o LHC.
A França tem uma população de cerca
de 67 milhão de habitantes e uma renda per capita de USD 45.300,00 (em dólares
norte-americanos=USD).
PARIS
Paris (com 2,1 milhão de habitantes)
é uma das cidades mais bonitas do mundo. Portanto vale sempre a pena passear
por ela e conhecê-la sob novos pontos de vista em diferentes períodos do ano e
apreciar as suas novas atrações turísticas que sempre surgem. Admirar o Rio
Sena em diversas regiões da cidade e a partir de diferentes pontes já é uma
experiência estética por si só!
Em Paris ficamos hospedados perto de
duas de suas belas estações de trem: Gare du Nord (Estação do Norte) e Gare de
l’Est (Estação do Leste), que apesar do que poderia indicar os seus nomes,
estão bem próximas uma da outra.
Caminhamos ao lado do belo prédio
Academia Nacional de Música e por ali mesmo relaxamos escutando apresentações
de músicos de rua.
Visitamos também o Museu de Artes e
Ofícios, onde pudemos apreciar um longo Pêndulo de Foucault oscilando e
comprovando o movimento de rotação da Terra e, por tabela, que a Terra tem sim
um formato aproximadamente esférico. Um vídeo sobre este Pêndulo de Foucault de
2 minutos pode ser assistido no link: <https://www.youtube.com/watch?v=TvPXc1FOFjI>.
Um bom vídeo de 2 minutos (feito em Portugal) de explicação a este respeito e
denominado “Experiência do pêndulo de Foucault” pode ser assistido no link:
<https://www.youtube.com/watch?v=kn6H0rSNlho>.
Por sua vez uma explicação mais detalhada do movimento do Pêndulo de Foucault,
feita pelo professor Jorge Simões de Sá Martins (Docente de Física da
Universidade Federal Fluminense – UFF), do ponto de vista da Mecânica Clássica
e com o uso de matemática avançada de nível universitário, pode ser assistida
no vídeo de 12 minutos disponível no link: <https://www.youtube.com/watch?v=iA-rLOdKYds>.
Este Museu funciona no Conservatório Nacional de Artes e Ofícios, uma
instituição fundada em 1794 que conta com um repositório para a preservação de
instrumentos científicos e invenções: isto propicia que os visitantes tenham
uma ideia mais ampla acerca do desenvolvimento histórico da ciência e da
tecnologia ao longo dos séculos.
Assistimos também uma performance artística muito bacana
em uma igreja belíssima, a Igreja Saint-Merry: os artistas envolvidos
convidavam os presentes a participarem ativamente da performance dançando
também. Foi a apresentação denominada "Open Choir" ("Coro
Aberto") que interagia com todos os presentes, solicitando a sua
participação; é um trabalho do "Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas
Richards" (<https://www.theworkcenter.org/>),
um centro para experimentação e pesquisa teatral fundado em 1986 na Itália.
Para quem quer assistir algum trecho de trabalhos como este, há o vídeo de 4
minutos “Open Choir at Teatro Era” (com a diferença que neste vídeo a performance
não é feita em uma igreja, mas, pelo que parece, no lobby de entrada de um
teatro) no link <https://www.youtube.com/watch?v=lxfSSEzRJnk>.
Sobre a apresentação “Open Choir” (em inglês) é possível ter mais informações
no link <http://theworkcenter.org/equipos/op/performance-events/16-open-choir>.
Por sua vez o artigo (em português) “Desejo sem objeto” de Mario Biagini sobre
o trabalho do “Workcenter of Jerzy Grotowski and Thomas Richards” e publicado
na “Revista Brasileira de Estudos da Presença” pode ser lido no link <https://seer.ufrgs.br/presenca/article/view/33506>.
Andamos ao lado do Canal
Saint-Martin até o “Quai de la Seine” e foi bacana admirar cachorros brincando
em espaços reservados para eles nas proximidades do Canal Saint-Martin.
Fomos então ao maior museu de
ciência de Paris (e um dos maiores do mundo), o La Villette que estava fechado (em
um dia por semana ele fecha), mas que é belíssimo de se admirar por fora,
sobretudo “La Géode”, um cúpula geodésica (com formato esférico e espelhada por
fora; por dentro há uma sala de cinema Omnimax) vizinha ao grande prédio
principal do museu.
Fomos ainda, na sequência, em diversas
atrações, tais como “La Grande Halle”, a Filarmônica, o Parque de Buttes
Chaumon, o Cemitério do Père-Lachaise onde está o túmulo do cantor de rock Jim
Morrison (da banda The Doors), a Praça da Bastilha e a Ópera.
Em vários pontos da cidade foi
bacana perceber que haviam toaletes públicos limpos, modernos em termos
tecnológicos, fechados, gratuitos e muito bem organizados, utilizados tanto por
turistas, quanto por franceses de diferentes classes sociais.
O dia 14 de julho é o grande feriado
nacional da França, pois é quando é comemorada a queda da Bastilha. Bastilha é
a prisão que existia na época da monarquia e que acabou sendo tomada e
destruída em 14 de julho de 1789, um evento crucial durante a Revolução
Francesa que estabeleceu uma República na França. Na noite do dia 13 de julho
(véspera do feriado de 14 de julho), tradicionalmente são realizadas festas com
muita música e luzes nos Corpos de Bombeiros existentes. Como estávamos por
Paris nestes dois dias (13 e 14 de julho), decidimos descobrir um Corpo de
Bombeiros nas proximidades de onde estávamos e caímos na festa a partir do
final da tarde de 13 de julho, dançando bastante e tomando boas cervejas!
No dia 14 de julho Paris parou para ver os desfiles
militares e todos os eventos que acontecem. Nos locomover neste dia foi uma
loucura, pois mesmo as linhas de metrô que passam por baixo da avenida
Champs-Élysées (onde acontecem os desfiles militares) param de funcionar por
medida de segurança. Fomos então primeiro ver perto do Arco do Triunfo os
aviões da Força Aérea Francesa passarem por cima de nossas cabeças. Quem quiser
pode assistir trechos deste desfile militar aéreo (de 14/07/2019) no vídeo de
10 minutos do link: <https://www.youtube.com/watch?v=WuIuq_qmrpU>.
Tentamos ir ver o desfile militar na avenida
Champs-Élysées, mas chegamos muito tarde, a “lotação” já tinha se esgotado e os
soldados estavam impedindo qualquer um de se aproximar da avenida. Dica para
quem for ver este desfile militar: chegue cedo! Um vídeo de 1 minuto com
imagens do desfile militar de 14/07/2019 pode ser assistido no link: <https://www.youtube.com/watch?v=9KnCZ8XWMi8>.
Como não pudemos ver o desfile
militar atravessamos o Rio Sena e perto do Museu do Exército (Musée de
l’Armée) de Paris, em frente do qual estavam em exposição veículos e armas do
exército francês.
Acabamos aproveitando para visitar
também o Museu da Ordem da Libertação (em anexo) e a Tumba de Napoleão (também
nas proximidades, no prédio conhecido como “Hôtel des Invalides”).
Então nos deslocamos para a região nas proximidades da
Torre Eiffel, no Campo de Marte (Champ de Mars), onde nós dois e um montão de
gente (num clima de show de rock, como no Festival de Woodstock) esperamos pelo
início do show pirotécnico de luzes e sons associado à queima de fogos na área
da Torre Eiffel que é o pondo alto das festividades de 14 de julho em Paris. Foi
realmente um espetáculo lindo que observamos de perto a partir do gramado do
Campo de Marte. Um vídeo de meia hora com o show de luzes, sons e fogos pode
ser assistido no vídeo no link: <https://www.youtube.com/watch?v=GW2XXfGF4lc>.
Já o também belíssimo (e divertido) concerto musical que precedeu os fogos pode
ser assistido no vídeo (de 2horas e 10minutos) no link: <https://www.youtube.com/watch?v=5XmZJUsuyWw>.
No final deste vídeo (a partir de 2h01min10seg) é tocado o belíssimo Hino Nacional da França, “La Marseillaise”. Vale muito a pena assistir!
De Paris alugamos um carro e fomos
conhecer duas cidades situadas mais ao sul: Lyon e Grenoble.
LYON
Lyon que é a terceira maior cidade
da França (conta com cerca de 500 mil habitantes) está situada na confluência
dos rios Ródano e Saône. Na região onde estes dois rios se encontram (um pouco
mais ao sul do centro da cidade) foi construído o lindo e moderníssimo Museu da
Confluência que vale muito a pena de ser visitado.
Passeamos nas margens dos dois rios Ródano
e Saône que apresentam paisagens muito bonitas.
Nas margens do Rio Ródano, onde
havia muito barzinhos (ideias para tomar uma cerveja no calor daquele verão),
vimos um cachorrinho se refrescando nas águas do rio e também crianças
brincando com um “Parafuso de Arquimedes”, um equipamento que consegue bombear
água para cima usando conceitos de física.
Visitamos a Place Bellecour, uma
praça que tinha nas suas redondezas a bela escultura da Árvore Flor, a “Arbre à
fleurs” de autoria de de Jeong-Hwa Choi, artista sul-coreano e instalada na
cidade de Lyon em 2003.
Subimos até o alto de uma colina
pelo funicular (“cable car”) onde está a Basílica de Nossa Senhora (Notre Dame)
de Fourvière, de onde é possível ter uma bela vista de Lyon.
Foto
– Interior da Basílica de Nossa Senhora de Fourvière
Foto – Vista da cidade de Lyon a partir da Basílica
Foto – Vista da cidade de Lyon a partir da Basílica
Visitamos também o Teatro Romano e o
Jardim Botânico de Lyon.
GRENOBLE
Outra cidade que conhecemos foi
Grenoble, situada a sudeste de Lyon, entre montanhas com estações de esqui (está no sopé dos Alpes), e
atravessada pelos rios Isére e Drac.
Grenoble é um dos maiores centros universitários da
França com cerca de 60 mil estudantes em quatro grandes universidades. Como era
julho (verão), o clima de férias com a ausência destes estudantes dava para ser
percebido nitidamente.
Uma atração bacana de Grenoble é o
seu Museu de História Natural.
Grenoble se notabilizou durante a
Segunda Guerra Mundial por sediar um forte movimento de resistência à ocupação
nazista. Mais informações a este respeito podem ser encontradas visitando-se o
excelente Museu da Resistência e da Deportação.
Grenoble é sede um de um Festival de Arte de Rua (“Street
Art Fest”) importante (<https://www.streetartfest.org/>).
Quando estivemos pela cidade o período do
Festival propriamente dito já tinha acabado (aparentemente no final de junho),
mas pudemos ver ainda algumas obras pelas ruas.
Mas visitamos uma exposição de arte
com painéis que provocam a nossa reflexão e desenhados de forma bem crítica à
sociedade contemporânea.
Foto
– Painel: "América - A terra onde Deus salva e o diabo investe"
Em um outro museu que visitamos
vimos quadros interessantes (e que procuram nos fazer refletir) com cachorros
no lugar dos rostos de homens “importantes”.
Também foi legal passar em frente a
uma escola elementar (para crianças pequenas) onde estava escrito “Liberdade,
Igualdade, Fraternidade” (“Liberté, Egalité, Fraternité”), o lema da Revolução
Francesa, lema este que no Brasil de hoje (bem como em muitas partes do mundo)
ainda é extremamente atual!
Foto
– Escola Elementar, escrito na frente: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”
(“(Liberté, Egalité, Fraternité”)
Finalmente, justamente na noite em
que estávamos em Grenoble aconteceu um eclipse da Lua: como o céu estava sem
nuvens deu para acompanhar todo este eclipse (com a sombra da Terra aos poucos
ao longo de muitos minutos) ir “comendo” a Lua que acabou ficando inteiramente
“escondida” pela sombra produzida pela Terra.
LHC
Então fomos conhecer o LHC situado
ao lado da cidade suíça de Genebra, bem na fronteira entre Suíça e França (pelo subsolo o círculo que o LHC percorre passa pelos dois países).
Para mim que sou físico, um dos
pontos altos desta viagem foi justamente a visita ao LHC (Large Hadron Collider
= Grande Colisor de Hádrons), o maior acelerador de partículas (tais como os
hádrons) existente em funcionamento atualmente e que é constituído de um imenso
túnel (ou tubo) subterrâneo (a 175 metros abaixo do solo) circular cuja
circunferência mede cerca de 27 km e que está na fronteira entre a França e a
Suíça (uma parte no subsolo da França e outra parte no subsolo da Suíça). Neste
túnel partículas (como os hádrons, em específico o caso dos prótons) são
aceleradas e ao se chocarem produzem resíduos que são detectados para investigar
os menores constituintes e as leis da física que se aplicam a eles.
Foto
– Mapa do LHC (o acelerador, em seus 27
km de circunferência, passa pelo subsolo de territórios da Suíça e da França)
O LHC começou a ser construído em 1998 e está funcionando
desde 2008. É um empreendimento conjunto de diversos países europeus (talvez
este seja um dos motivos para ele estar situado sob a fronteira de dois países
europeus: França e Suíça). Mais informações sobre o LHC podem ser obtidas (em
inglês) no link: <https://home.cern/science/accelerators/large-hadron-collider>.
O LHC é um empreendimento do CERN. O seu nome antigo é “Centro Europeu para a Pesquisa
Nuclear” ou, em francês, “Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire”; o nome
atual desta instituição, em português, é Organização Europeia para a Pesquisa
Nuclear. O CERN foi criado em 1954 para combinar os esforços científicos,
tecnológicos e econômicos de diferentes nações europeias na área da pesquisa
nuclear a respeito das características microscópicas da matéria, de modo a
conseguir competir com os Estados Unidos. Hoje há pesquisadores (físicos,
engenheiros, etc) do mundo todo trabalhando no CERN (inclusive muitos
brasileiros). A descoberta da partícula chamada bóson de Higgs no início de
2013 (feito este que recebeu um Prêmio Nobel de Física em outubro de 2013) só
ocorreu graças aos experimentos de detecção do LHC. Boa parte do
desenvolvimento da física moderna e de partículas a partir dos anos 1950
deve-se muito ao CERN.
Se você quer conhecer mais a
respeito do LHC vale a pena assistir o vídeo “Rap do LHC” de 4 minutos no link:
<https://www.youtube.com/watch?v=gHdgTOSwbB4>.
Este rap é parte de um vídeo (“documentário”) maior de 44 minutos bem didático
e chamado “O discreto charme das partículas elementares” no link: <https://www.youtube.com/watch?v=2pfEwQq4pzE>.
Uma outra dica é assistir o vídeo da música “É preciso um LHC”, uma paródia de
“É preciso saber viver” feita pelo meu colega professor de física Ricardo
Meloni Martins Rosado (docente do IFSP no campus de Sertãozinho), disponível no
link: <https://www.youtube.com/watch?v=zUs_ZLxvELI&t=1s>.
Para
poder realizar a visita guiada gratuita de 2 horas ao LHC é necessário realizar
uma reserva antes (com 15 dias de antecedência) preenchendo formulários pela
internet. Não sabíamos disto antes do dia da visita (descobrimos ao chegar ao
LHC), mas por sorte exatamente duas pessoas desistiram de uma das visitas
guiadas daquele dia e os nossos nomes foram incluídos possibilitando que
conhecêssemos mais em detalhes toda a estrutura e funcionamento do LHC. De
qualquer modo há junto ao LHC (CERN) duas exposições permanentes, denominadas “Universo
das Partículas” (<https://visit.cern/exhibitions/universe-particles>
e “Microscosmo” (<http://microcosm.web.cern.ch/en>),
que são abertas para qualquer um gratuitamente e que não necessitam de reserva
prévia.
Visitamos a sala de controle de um
dos quatro experimentos com detectores do LHC, o ATLAS.
Realmente foi uma experiência
incrível, sobretudo para mim que sou físico, conhecer o LHC mais a fundo!
A ciência é um empreendimento que
necessita do contato e da interação de pessoas de diferentes nações e origens
culturais, pois passa necessariamente pelo intercâmbio de ideias e de
concepções de mundo. É assim desde a antiguidade quando por exemplo Tales de
Mileto, um filosofo e matemático grego pré-socrático (625 a.C.-558 a.C.) viajou
muito e esteve na Babilônia e no Egito, onde conheceu os conhecimentos em
matemática destes povos o que lhe ajudou a realizar desenvolvimentos
importantes na matemática, inclusive o Teorema que leva o seu nome. Hoje a
iniciativa de construção do LHC entre diferentes nações europeias mostra que
este fato continua sendo verdade: o intercâmbio de ideias e portanto de pessoas
de diferentes partes do mundo é um dos motores da ciência!
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VIAJANDO PELOS MICROPAÍSES EUROPEUS
Natal de 2016: pegamos o avião de São
Paulo para Luxemburgo (com escala em Frankfurt) para conhecer algumas regiões
da Europa, dentre as quais, alguns dos seus chamados micropaíses: Luxemburgo,
Liechtenstein, San Marino, Mônaco e Andorra! No caminho conhecemos outras belas cidades europeias.
LUXEMBURGO
Luxemburgo é um pequenino país
situado entre a França ao sul, a Alemanha à leste e a Bélgica à oeste. A
população deste grão-ducado é de cerca de 500 mil habitantes. Luxemburgo é um
dos membros de BENELUX: Bélgica, Holanda (Netherlands) e o próprio Luxemburgo.
Além disso, foi um dos seis países fundadores da Comunidade Econômica Europeia
(França, Alemanha, Itália e os três países de BENELUX) que mais tarde se
tornaria a União Europeia. Cerca de 16% da população é de portugueses o que faz
o idioma português ser um dos mais falados no país. Luxemburgo é também
conhecido pelos seus bancos e é uma das sedes de organizações da União
Europeia, como o Parlamento Europeu.
Luxemburgo - Vista do avião
Nos nossos dois primeiros dias de
viagem ficamos hospedados em um hotel situado bem em frente da bela Estação
Ferroviária de Luxemburgo.
Luxemburgo - Estação de trem
O centro histórico de Luxemburgo é
bem compacto.
Luxemburgo - Centro da cidade
Perto do centro histórico fica o
“Grund” um grande vale (uma espécie de “buraco”). É possível passear pelo
“caminho da Corniche”, um caminho de pedestres do qual é possível ver as
fortificações do outro lado do canyon pelo qual passa o rio Alzette que faz uma
espécie de U perto do centro da cidade.
Luxemburgo – Grund
Na frente da “Place d’Armes” fica o
“Cercle Cité”, o palácio da cidade onde estava ocorrendo uma bela exposição de
obras de Picasso.
Luxemburgo - Ricardo e Picasso
ESTRASBURGO
De Luxemburgo pegamos um trem e fomos
para Estrasburgo, uma cidade que fica na região da Alsácia, na França, na
margem esquerda do rio Reno; na outra margem fica a cidade de Kehl, na
Alemanha.
Estrasburgo - Estação de trem
Estrasburgo é uma cidade que já
trocou de lado (entre França e Alemanha) diversas vezes ao longo dos últimos
séculos, devido às guerras entre estes dois países; com a derrota alemã na
Segunda Guerra Mundial, Estrasburgo tornou-se cidade francesa até hoje. Pela
sua localização, próxima da fronteira entre os dois principais países da União
Europeia (França e Alemanha), Estrasburgo também é uma das três sedes do
Parlamento Europeu (junto com Luxemburgo e Bruxelas).
Estrasburgo - Centro
Quando a grande físico brasileiro
José Leite Lopes estava vivo, ele sempre em suas conversas citava a beleza de
Estrasburgo cidade em que viveu durante o regime militar brasileiro que o
perseguiu. Em particular ele sempre falava a respeito da beleza e da suntuosidade
da Catedral de Notre-Dame de Estrasburgo que realmente é linda!
Estrasburgo – Catedral
A catedral está situada na “Grande
Ilha” onde fica o centro histórico da cidade entre dois braços do Rio Reno.
Estrasburgo - Rua da cidade
Um local particularmente bonito para
passear é a “Petite France” (“Pequena França”) com belas casas e construções ao
lado das ruelas.
Estrasburgo - Petite France
Em Estrasburgo pudemos participar de
um belo concerto com órgão dentro de uma das igrejas da cidade.
Estrasburgo - Concerto de
órgão
LIECHTENSTEIN
De Estrasburgo fomos (passando por
Zurique na Suíça) de trem para Liechtenstein, um minúsculo país que está
situado na fronteira da Suíça com a Áustria. A população de Liechtenstein é de
cerca de 30 mil habitantes. É de fato um micropaís que é famoso pela lavagem de
dinheiro. Há mais empresas neste país do que habitantes!
Liechtenstein - Montanhas ao
fundo
O país está situado na região
montanhosa dos Alpes e é uma monarquia.
Liechtenstein - Igreja em
Triesenberg
A capital de Liechtenstein é a
cidadezinha de Vaduz. Entretanto nos hospedamos em Trisenberg que fica em uma
região mais montanhosa e de maior altitude no caminho para a área de esqui.
Liechtenstein - Trisenberg
MILÃO
De Liechtenstein fomos de trem
(novamente passando por Zurique) até Milão, a maior cidade do norte da Itália.
Já conhecíamos Milão, mas aproveitamos para passear por outras regiões da
cidade. Em Milão, como em várias outras cidades que visitamos nesta viagem,
procuramos nos hospedar em hotéis nas proximidades das respectivas estações
ferroviárias centrais, devido ao fato de que nos deslocamos muito de trem entre
as cidades. A este respeito a Estação Central de Trem de Milão estava belíssima
de noite, com uma iluminação colorida evocando as festas de fim de ano.
Milão - Estação de trem
Com certeza a mais bela atração
turística de Milão é o seu Duomo, uma grandiosa construção católica em estilo
gótico que é a sede da arquidiocese da cidade.
Milão - Duomo
Pertinho do Duomo fica a bela Galeria
Vittorio Emanuele II onde é possível entrar e passear de modo a conhecer este
prédio comercial maravilhoso e antigo (uma espécie de pré-shopping center) por
dentro.
Milão - Galeria Vittorio
Emanuele II
Mais divertido ainda foi a tarde que
passamos no Museu Nacional de Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci. Foi
possível admirar o quadro “A santa ceia”, bem como admirar maquetes de
invenções de Leonardo da Vinci, um fragmento de rocha lunar, um experimento com
um pêndulo de Foucault (que prova que a terra está em rotação em torno de seu
próprio eixo) e explicações sobre o LHC (o acelerador de partículas “Grande
Colisor de Hadrons”) e sobre detectores do CERN (Centro de Pesquisas Europeu na
área de Física Nuclear e de Partículas que está situado na fronteira da França
com a Suíça e que conta com uma participação importante de físicos italianos).
Milão - Museu Nacional de
Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci (MNCT)
Milão - MNCT - A santa ceia
Milão - MNCT - Invenções de
Leonardo da Vinci
Milão - MNCT - Pêndulo de
Foucault
Milão - MNCT - LHC
Milão - MNCT - Detetor UA1 do
CERN
RIMINI
De Milão pegamos um trem para Rimini,
uma cidade italiana que fica na costa do mar Adriático, onde passamos a noite
de ano novo. A praia de Rimini é famosa no verão, mas no inverno, de blusa, gorro
e cachecol, deu saudades das praias de Ubatuba no litoral norte paulista!
Rimini - Praia
Mesmo assim passeamos pelos
principais pontos turísticos da cidade, inclusive por uma bela praça perto da
praia.
Rimini – Praça
Foi perto desta praça com chafariz
(em frente ao belíssimo Grande Hotel Rimini) que passamos a virada do ano de
2016 para 2017, vendo os fogos de artifício na praia.
Rimini - Noite de reveillon
Rimini é a cidade do grande cineasta
italiano Federico Fellini. Para manter a tradição fomos ao cinema “Settebello”
de Rimini, onde assistimos o belo filme coproduzido pela Índia e pela
Austrália, intitulado “Lion: Uma jornada para casa”, com o ator Dev Patel. O
filme conta a história de um garotinho indiano de cinco anos de idade que acaba
perdido nas ruas de Calcutá a milhares de quilômetros de sua casa onde vivia
com sua mãe e seu irmão. Vale muito a pena assistir! Para quem tem interesse, o
trailer poder ser assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=oNvcE7YsxWE>.
Rimini - Cinema Settebello
onde assitimos o filme Lion
SAN MARINO
A partir de Rimini, fizemos um
passeio de um dia até San Marino, um país encravado na Itália, com cerca de 30
mil habitantes e que na verdade é uma cidadezinha nas montanhas próximas ao
litoral de Rimini. Com mais de uma dezena de bancos, San Marino é um paraíso
fiscal, como alguns outros micropaíses europeus.
San Marino - Catedral
A paisagem da costa italiana vista do
alto da região montanhosa onde fica San Marino é belíssima.
San Marino - Paisagem
NICE
No dia 2 de janeiro pegamos um trem
de Rimini para Milão (cerca de 2 horas de viagem) e de Milão pegamos outro trem
(com uma viagem mais longa) para Nice que fica na Côte D’Azur (“Costa Azul” do
Mediterrâneo), região também conhecida como a Riviera Francesa.
Nice é uma cidade belíssima com um
agradável calçadão a beira-mar no “Promenade des Anglais”, tanto de dia, quanto
de noite. É uma das mais belas regiões costeiras da França.
Nice - Promenade des Anglais
de dia
Nice - Calçadão a beira-mar de
noite
No verão esta região toda fica uma
loucura com tanta gente: o azul bem clarinho do mar de Nice é convidativo,
mesmo no inverno.
Nice - Vista da Colina do
Castelo
Andamos muito pela cidade de Nice e
descobrimos prédios e parques bonitos e agradáveis.
Nice – Biblioteca
Nice - Dentro da Biblioteca
Nice - Prédio em escultura de
cabeça humana
Nice - Hotel Negresco
Nice - Palais de la
Mediterranée
Nice - Propaganda contra
poluição
Nice - Descida do calçadão
para a praia
Nice – Liberdade, Igualdade,
Fraternidade
Nice - I love Nice
Nice - Promenade du Paillon
Nice - Roda gigante
Nice - Praça Masséna
CANNES
Perto da cidade de Nice, fica Cannes,
onde fomos – de ônibus – em um passeio de um dia. Cannes é onde acontece o mais
conhecido festival de cinema europeu, um contraponto ao Oscar, o grande
festival de cinema associado à Hollywood e à grande indústria cinematográfica
norte-americana. O calçadão de beira-mar de Cannes é famoso e está na avenida “La
Croisette”.
Cannes - La Croisette
Cannes – Praia
Mas a grande atração da cidade é
mesmo o Palácio dos Festivais, onde ocorre o Festival de Cinema de Cannes.
Cannes - Palácio dos Festivais
Cannes - Mãos de atores
famosos
Cannes - Mão da atriz Jodie
Foster
Cannes - Ricardo como
cavaleiro Jedi
MÔNACO
Em outro dia, fomos de trem de Nice
para Mônaco onde passeamos durante todo o dia. Mônaco é outro micropaís no
litoral do Mediterrâneo com cerca de 37 mil habitantes que é também um paraíso
fiscal conhecido pelo seu célebre cassino de Monte Carlo.
Mônaco – Albatroz
Mônaco - Relógio de sol
Mônaco – Catedral
Mônaco – Paisagem
Mônaco – Mar
Mônaco - Escultura Invitation
em praça
Mônaco - Cassino de
Monte-Carlo
Um passeio que vale a pena fazer em
Mônaco é visitar o seu bem estruturado Museu Oceanográfico.
Mônaco - Museu Oceanográfico
Mônaco - Aquário no Museu
Oceanográfico
Mônaco - Limpando os vidros do
aquário do Museu Oceanográfico
Mônaco - Peixe camuflado em
aquário do Museu Oceanográfico
Mônaco - Peixes camuflados em
aquário no Museu Oceanográfico
BARCELONA
De Nice pegamos um avião de uma
companhia aérea de baixo custo (“low cost”), a Vueling, e voamos para a cidade
de Barcelona, capital da Catalunha, uma comunidade autônoma (um “estado”) da
Espanha localizada no nordeste da nação espanhola.
Barcelona - Vista do avião
O idioma catalão é uma espécie de
mistura de espanhol e francês. Há um forte sentimento de independência na
Catalunha e isto foi possível perceber em Barcelona, ao observarmos a bandeira
da Catalunha estendida nas janelas de muitos apartamentos em diversos prédios.
Barcelona - Bandeiras da
Catalunha
Barcelona é uma das mais belas
cidades europeias, com belos parques, praias agradáveis e prédios históricos.
Mas talvez a sua principal atração seja a Sagrada Família, um templo religioso
desenhado pelo arquiteto catalão Antoni Gaudí, uma verdadeira obra-prima.
Barcelona - Sagrada Família
Barcelona - Arco do Triunfo
Barcelona - Bairro Gótico
Barcelona – Catedral
Barcelona - Parc de la
Ciutadella
Barcelona – Equilíbrio perto
da praia
Barcelona - Praia
Algo muito bacana são as imensas
bolhas produzidas por “artistas” e que enfeitiçam todo mundo, sobretudo as
crianças!
Barcelona - Fazendo bolhas no
calçadão de beira-mar
Barcelona - Fazendo bolha na
frente da Sagrada Família
Em Barcelona fomos ao cinema assistir
o filme “Passageiros”, uma ficção científica em cuja história, cerca de 5 mil
passageiros são enviados por uma imensa nave para colonizar um planeta em torno
de uma estrela muito distante. Como a viagem dura 120 anos os passageiros todos
são colocados em estado de hibernação durante a viagem toda, mas ocorre um
acidente e um dos passageiros “acorda” cerca de 30 anos após o início da viagem
e se encontra com o dilema de viver sozinho em uma imensa nave espacial para o
resto de sua vida, pois não há como colocá-lo em hibernação novamente ... ou
acordar alguém (do sexo feminino) para fazer companhia durante a sua vida. O
trailer deste interessante filme pode ser visto em: <https://www.youtube.com/watch?v=uvWDtBqjd-c>. O cinema em que fomos é o
Multicines Balmes que conta com uma característica interessante. Nos degraus de
sua escada para os andares superiores há frases famosas de filmes que entraram
para a história. Frases como “I’ll be back” (de “O exterminador do futuro”) e
“I see dead people” (de “O sexto sentido”).
Barcelona - Escada dentro do
Multicines Balmes
ANDORRA
De Barcelona pegamos um ônibus e
fizemos uma viagem de três horas para Andorra, outro micropaís europeu com
cerca de 80 mil habitantes que está situado na região montanhosa dos Pirineus,
na fronteira entre Espanha e França que obtém muitos recursos também devido ao
fato de ser um paraíso fiscal.
Andorra - Sede do governo
Há na cidade de Andorra, a Velha, que
é a capital do país, muitas lojas que vendem produtos típicos de “free shops”
por preços módicos: bebidas alcoólicas, chocolates, cigarros, etc. Eu mesmo
fiquei admirado com uma enorme barra de chocolate toblerone de 4,5 kg!
Andorra - Toblerone de 4.5 kg
É possível caminhar por toda esta cidade,
pois ela é bem pequena; no inverno, ela se transforma em uma base para quem
quer ir esquiar na neve das montanhas mais altas que existem ao redor.
Andorra - Escultura “A nobreza
do tempo” com Relógio de Dali
Andorra - Divina em uma
escultura
Ficamos hospedados em um confortável
hotel da região central, com uma convidativa piscina aquecida no alto do
prédio, junto com uma grande quantidade de turistas russos.
Andorra - Piscina de Hotel
Andorra Center
BILBAO
De Andorra pegamos um micro-ônibus e
fomos para Lérida (o pneu furou no meio do caminho), na Espanha, onde pegamos
um trem que tinha partido de Barcelona e se dirigia para Bilbao na região da
Espanha que é conhecida como país basco. Viajar de trem é muito melhor que de
ônibus, com certeza!
Lérida - Estação de trem
Trem entre Lérida e Bilbao
Uma das grandes atrações de Bilbao é
o Museu Guggenheim, que a partir da sua inauguração, colaborou por renovar esta
cidade de caráter industrial e atrair turistas.
Bilbao - Museu Guggenheim
Bilbao - Andando pelo Museu Guggenheim
Bilbao - Dentro do Museu
Guggenheim
Bilbao - Escultura perto do
Museu Guggenheim
Bilbao fica ao norte da Espanha,
próxima com a fronteira com a França, e é a capital do país basco, uma outra região
autônoma da Espanha. Porém há um forte sentimento de independência do país
basco: o grupo armado basco ETA é sempre lembrado historicamente pelas suas
ações violentas pela independência basca. O ETA (esta sigla em basco significa
“Pátria Basca e Liberdade”) foi fundado em 1959 e foi considerada como uma
organização terrorista por inúmeros governos, a começar pelo próprio governo
espanhol. Em 2011, o ETA emitiu um comunicado anunciando o fim de suas
atividades. Mas a luta dos nacionalistas bascos pela independência continua de
modo pacífico, como foi possível perceber pelas bandeiras e cartazes
pró-independência.
Bilbao - Bandeiras pela luta
dos bascos
Bilbao - Cartaz sobre a
situação de prisioneiros bascos
O idioma basco é muito curioso, pois
não se assemelha a nenhum outro idioma da região. O basco não tem origem latina
e não apresenta relação com as línguas indo-europeias das regiões vizinhas: os
acadêmicos consideram o basco uma língua isolada. Mas a sua origem é ainda um
mistério e há várias hipóteses que tentam explicar a sua singularidade. Fomos
ver uma exibição de dois músicos no Palácio Euskalduna Jauregia. Trata-se de
dois músicos da banda de txistularis (“flautas” em basco): enquanto um deles
tocou flauta, o outro tocou acordeon. Todas as vezes que eles se dirigiam ao
público era em basco (não dava para entender nada), mas na maior parte das
vezes eles traduziam para o espanhol em seguida: foi possível perceber que este
ato era uma forma de valorizar o idioma basco! O dueto se chamava “2 poliedro”.
Bilbao - Músicos da banda de
Txistularis
Bilbao - Dupla de músicos 2
Poliedro
O hotel em que ficamos hospedados era
bem pertinho do estádio do “Atlético de Bilbao” e deu para perceber como muitos
bascos são apaixonados pelo futebol.
Bilbao - Estádio do Atlético
de Bilbao
Visitamos vários museus como o Museu
de Reproduções e o Museu de Belas Artes, mas o mais interessante foi o Museu
Basco (ou, em basco, Museu Euskal), onde havia uma exposição com fotos antigas
da cidade em 3D, com explicações sonoras em espanhol.
Bilbao - Descansando no
banheiro do Museu de Reproduções
Bilbao - Museu de Belas Artes
Bilbao - Museu Basco
A Estação de Trem de Bilbao é muito
bonita e a cidade de Bilbao tem belos parques: uma das suas grandes atrações
turísticas é caminhar pelas ruelas da Cidade Velha (“Casco Viejo”, em
espanhol).
Bilbao - Estação de trem
Bilbao – Parque
Bilbao - Casco Viejo ("Centro Velho")
CAVERNA DE ALTAMIRA
Em Bilbao alugamos um carro e nos
deslocamos por 130 km até a região onde está situada a famosa “Caverna de
Altamira” que fica no município de Santillana, perto de Santander. A Caverna de
Altamira e a Caverna de Lascaux (no sudoeste da França, próximo da fronteira
com a Espanha) são os dois destaques quando pensamos nas primeiras pinturas
rupestres desenhadas em seus tetos pelos nossos antepassados humanos do
paleolítico. No caso de Altamira, os estudos indicam uma idade de cerca de 18.500
anos para as pinturas de animais no seu teto. Elas são impressionantemente
belas, sobretudo os bisões: seus pintores eram uma espécie de “Michelangelos”
da pré-história!
Altamira - Admirando pinturas
no Museu de Altamira
Altamira - Pintura em Museu de
Altamira
Altamira - Pinturas no teto da
caverna no Museu de Altamira
Altamira - Museu de Altamira
Altamira - Pintura de cabeça
de bisão no Museu de Altamira
Altamira - A Arte
Pré-histórica - Fenômeno universal
Altamira - Quadro no Museu de
Altamira
Como a visita de milhares de turistas
estava estragando as pinturas (pela respiração e umidade provocadas), foi
construída ao lado do museu de Altamira, uma réplica da caverna igual à
original e que pode ser visitada livremente.
BRUXELAS
De Bilbao pegamos um avião para Bruxelas
(capital da Bélgica), com conexão em Barcelona. Bruxelas pela sua posição
central na Europa (com a Bélgica se situando entre a Alemanha e a França) é uma
das capitais da União Europeia, junto com Luxemburgo e Estrasburgo. A mesma
reclamação que muitos brasileiros fazem de Brasília (no que diz respeito aos
políticos), muitos europeus fazem de Bruxelas! Em Bruxelas é possível visitar o
Parlamentarium, o interessante Museu do Parlamento Europeu que dá destaque para
as contribuições importantes de europeus para a cultura e a ciência mundial,
como o caso de Albert Einstein e também de Marie Curie, cientista polonesa, naturalizada francesa, que
recebeu duas vezes o prêmio Nobel no começo do século XX, por suas descobertas
acerca da radioatividade.
Bruxelas - Placa indicando o
Parlamento Europeu
Bruxelas - Entrada do Centro
de Visitantes do Parlamento Europeu (Parlamentarium)
Bruxelas - No Parlamentarium
Bruxelas - Pesquisando sobre
os países europeus no Parlamentarium
Bruxelas - Ricardo e Einstein no Parlamentarium
Ficamos hospedados no Hotel Sabina, e
da sua janela na noite que chegamos admiramos a neve caindo.
Bruxelas - Manhã após noite
nevando um pouco
Bruxelas - Praça perto do
Hotel Sabina
A Bélgica é um país bilíngue: no sul
se fala o francês, enquanto no norte se fala o flamengo (que é semelhante ao
holandês ou “dutch”). A grande praça central de Bruxelas (“Grand Place”, em
francês) é uma das atrações turísticas da cidade. A Praça Real e a Catedral de
Bruxelas são também belíssimas.
Bruxelas - Grand Place
Bruxelas - Praça Real
Bruxelas – Catedral
De Bruxelas pegamos um trem para
Luxemburgo, numa viagem agradável de cerca de 3 horas.
Bruxelas - Paisagem com neve
vista do trem de Bruxelas para Luxemburgo
Finalmente, de Luxemburgo, pegamos o
nosso voo de volta para o Brasil (aeroporto de Guarulhos), com escala em
Frankfurt na Alemanha.
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VIAJANDO PELA ROMÊNIA, POLÔNIA, ESLOVÁQUIA E UCRÂNIA
Julho de 2016: partimos
para viajar pelo leste europeu, de modo a conhecer quatro países da região:
Romênia, Polônia, Ucrânia e Eslováquia! Compramos passagens para Bucareste na
Romênia (ida e volta) com escala em Istambul na Turquia, pela Turkish Airlines.
ROMÊNIA
A Romênia é um país do
leste europeu (com costa no mar Negro) e que paradoxalmente usa uma língua
neolatina (como o português, o espanhol, o italiano e o francês) que é bastante
próxima do nosso idioma português. Você sabe como se fala em romeno “Com um quilo
de carne de vaca não se morre de fome”? ... A resposta é: exatamente de mesma
forma que no idioma português!
Os romanos liderados
pelo imperador Trajano conquistaram a Dácia (por volta do ano 100 d.C.) e
introduziram o idioma e a cultura latina na região, que historicamente foi
dividida em três áreas principais diferentes: a Valáquia, a Transilvânia e a
Moldávia. No século XVI, toda a península balcânica ficou integralmente ocupada
pelos turcos otomanos, mas parcelas acabaram com o tempo sendo dividida com o
império austro-húngaro; somente no final do século XIX que o país conseguiu a
sua independência e passou a ser reconhecido como um estado independente.
Durante a segunda
guerra mundial, a Romênia teve um regime fascista que foi aliado da Alemanha e
com políticas nazistas/racistas que provocaram um genocídio de judeus e ciganos
locais: se calcula que entre 280 e 380 judeus romenos foram mortos, assim como
cerca de 11 mil ciganos romenos, durante a segunda guerra mundial. A Romênia
colaborou com um exército de mais de 1 milhão de soldados na tentativa
fracassada alemã de invadir a União Soviética, bem como foi um dos principais
fornecedores de petróleo para a Alemanha.
Após a segunda guerra,
a Romênia foi durante quatro décadas um país comunista, mas mesmo assim adotava
uma política externa relativamente independente da União Soviética: foi, por
exemplo, o único país do Pacto de Varsóvia que não apoiou a invasão da
Tchecoslováquia pelos tanques soviéticos, após a primavera de 1968. Mesmo
assim, o ditador de plantão foi Ceausescu que governou o país com mãos de ferro
entre 1965 e 1989, com uma extensa política oficial de culto a personalidade. A
deposição de Ceausescu na época da queda do muro de Berlim foi dramática. O
ditador convocou uma manifestação de apoio ao seu regime para o dia 21 de
dezembro de 1989, mas no meio de seu discurso, em meio aos aplausos, muitos
romenos acabaram se manifestando com críticas ao regime! Isto deixou clara a
fraqueza do regime de Ceausescu. O episódio pode ser visto (com legendas em
inglês), sobretudo a partir do tempo 2min30s, no vídeo em: <https://www.youtube.com/watch?v=wWIbCtz_Xwk>.
Uma explicação do episódio (em inglês) pode ser vista em: <https://www.youtube.com/watch?v=TcRWiz1PhKU>.
A denominada Revolução Romena que levou à queda do regime comunista romeno foi
quase que o único episódio realmente violento na sucessão de quedas de regimes
comunistas que ocorreram no leste europeu no ano de 1989: se estima que cerca
de mil romenos morreram. Resultado: quatro dias após este episódio, no dia de
Natal (25 de dezembro de 1989), o ditador Ceausescu e sua esposa Elena foram
sumariamente julgados e executados.
Em termos geográficos,
o famoso Rio Danúbio antes de desaguar no Mar Negro, forma um conhecido “delta”
em território romeno.
Em Bucareste, capital
da Romênia, ficamos hospedados no hotel “Unique Bucharest”. Fizemos a reserva deste
hotel e dos seguintes pelo site www.booking.com.
Este é um site realmente muito bom e que tem nos ajudado bastante em nossas
viagens pelo mundo.
Foto - Romênia - Área
próxima do centro de Bucareste
Bucareste é uma cidade
grande e dinâmica, com cerca de 2 milhões de habitantes.
Foto - Romênia -
Bandeira da Romênia em Bucareste
O maior museu de
história do país é o Museu Nacional de História que fica em Bucareste e tem
dentro dele uma réplica imensa da coluna de Trajano (do século II).
Foto - Romênia - Museu
Nacional de História - Bucareste
Perto do Museu Nacional
de História, fica o bonito prédio do Círculo Militar.
Foto - Romênia - Divina
em frente ao Círculo Militar em Bucareste
Na região central da
cidade fica também o grande prédio da Universidade que visitamos.
Foto - Romênia -
Universidade de Bucareste
O rio que passa pela
região central de Bucareste é o rio Dambovita.
Foto - Romênia - Rio em
Bucareste
Uma das atrações da
cidade é o Palácio do Parlamento, construção realizada durante o regime
comunista que é o segundo maior prédio do mundo (após o Pentágono), com 3 mil
salas, e é conhecido como a criação mais infame de Ceausescu, pela sua
suntuosidade, numa situação em que os romenos estavam sendo submetidos a uma
política rígida de austeridade e sacrifícios (por causa do endividamento
externo da Romênia que ocorreu na mesma época
- anos 1980 – em que muitos outros países de terceiro mundo tiveram este
problema com o saldo de pagamentos da suas dívidas externas, inclusive o
Brasil): ele começou a ser construído em 1984 e ainda não terminou.
Foto - Romênia - Divina
em frente ao Palácio do Parlamento em Bucareste
O antigo prédio do
Comitê Central do Partido Comunista é um local de importância histórica, pois
foi ali que o ditador Ceausescu fez seu último discurso (como foi explicado
anteriormente).
Foto - Romênia - Antiga Sede do Comitê Central do
Partido Comunista
Na frente deste prédio
fica a praça da revolução, como ficou conhecida esta área após os eventos de
1989 que acabaram por derrubar o regime comunista.
Foto - Romênia -
Ricardo na Praça da Revolução em Bucareste
Os eventos que
ocorreram nesta Praça da Revolução (“Piata Revolutiei” em romeno) ficaram
marcados na história da Romênia.
Foto - Romênia - Praça
da Revolução - Bucareste
Ao norte da cidade fica
o parque Herastrau, local tranquilo para passear.
Foto - Romênia - Parque
Herastrau de Bucareste
Em frente a este parque
fica um Arco do Triunfo que é parecido com o francês, apesar de ser de tamanho
menor.
Foto - Romênia - Divina
perto do Arco do Triunfo de Bucareste
Neste parque, a gente
alugou bicicletas e passeamos por todo ele.
Foto - Romênia -
Bucareste - Andando de Bicicleta
Quando estávamos em
Bucareste ficamos sabendo que o músico Philip Glass e o Quarteto Kronos fariam
um concerto ao ar livre em uma concha acústica do parque Herastrau.
Foto - Romênia -
Preparação para o show de Philip Glass
No início de uma noite,
eles tocaram a música de fundo durante a exibição do famoso filme “Drácula” de
1931 (da época do cinema mudo e em preto e branco), baseado na obra de Bram
Stoker e com o ator Bela Lugosi no papel de Drácula. E o mais incrível é que estávamos
justamente na Romênia, onde fica a região da Transilvânia, a terra natal do
famoso “Drácula”. O filme “Drácula” (de 1931) pode ser assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=vXbOYflQ0vE>.
Foto - Romênia - Show
de Philip Glass e do Kronos Quartet - Drácula - Filme e Música
Mas para nós foi uma
experiência única: cinema noturno a céu aberto com os sons do fantástico músico
minimalista Philip Glass e do Quarteto “Kronos”! O mesmo show já tinha sido
realizado antes (em 2010) na França e um clipe muito bonito de 2 minutos deste
show pode ser visto em: <https://www.youtube.com/watch?v=oXoKbnfvftw>.
E quem quiser conhecer o álbum musical inteiro de “Drácula” (com mais de 1 hora
de música), ele pode ser escutado em: <https://www.youtube.com/watch?v=EG76gIvzUeY>.
Foto - Romênia - Filme
Drácula
Então alugamos um carro
(um Clio da Renault) e fomos viajar pela região da Transilvânia, para conhecer
cidades como Brasov, Sighisoara e Sibiu, numa região do país que é mais
montanhosa. A Transilvânia é conhecida como a terra do Drácula, na verdade o
personagem principal do livro homônimo escrito pelo irlandês Bram Stoker em
1897 e que contava a história do vampiro Conde Drácula que vivia do sangue que
bebia de humanos incautos. Este livro é considerado um dos clássicos da
literatura de terror. O personagem “Drácula” foi baseado no cruel Príncipe de
Valáquia, Vlad Tepes (1431-1476), também conhecido como “Vlad, o Empalador”.
Este príncipe (voivoda) viveu numa época em que os grandes inimigos dos
cristãos na região eram os turcos otomanos que estavam realizando uma política
de expansão por toda a península balcânica, inclusive com a conquista de
Constantinopla (atual Istambul) em 1453, data que tradicionalmente separa a
Idade Média da Idade Moderna: Vlad ficou conhecido pela crueldade e pelo
sadismo com que tratava seus prisioneiros muçulmanos. Um filme razoável sobre a
história do príncipe Vlad (“A verdadeira história de Drácula” de 2001) pode ser
assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=xDIbufqjz1w>.
A primeira cidade que visitamos
na Transilvânia foi Brasov.
Foto - Romênia - Teatro
Dramático em Brasov
A cidade de Brasov tem
um grande e agradável parque arborizado e central para passearmos; a praça
Sfatului foi um local agradável para descansarmos.
Romênia - Praça em Brasov
De Brasov fomos para a
pequena cidade de Bran que fica nas proximidades e onde está o castelo de Vlad
Tepes, mais conhecido como Drácula. Legal, mas as relações deste castelo com
Vlad Tepes são meio tênues.
Foto - Romênia -
Ricardo no castelo de Drácula
Dali fomos para a
fortaleza Rasnov: suas ruínas ficam no topo de uma elevação.
Foto - Romênia -
Fortaleza Rasnov
É também um ponto
turístico, onde casais de noivos vem tirar fotos, como tivemos a possibilidade
de observar.
Foto - Romênia - Noivos
na Fortaleza Rasnov
O visual lá de cima da
Fortaleza Rasnov de todo o vale é bem bacana.
Foto - Romênia - Visão
do alto do castelo Rasnov
De Brasov, fomos para
Sighisoara, uma pequena, mas bela cidade da Transilvânia.
Foto - Romênia - Sighisoara
Uma das atrações da
cidade é a Torre do Relógio.
Foto - Romênia - Torre
do relógio de Sighisoara
No alto desta antiga
torre, há uma pequena exposição científica sobre o físico Hermann Oberth
(1894-1989) que nasceu na Transilvânia, de família alemã (os saxões da
Transilvânia), e foi um dos precursores da astronáutica e do lançamento de
foguetes. Seu interesse pela exploração espacial surgiu quando era criança e
leu o livro “Da Terra a Lua”, escrito por Júlio Verne.
Foto - Romênia - Exibição
sobre o físico Hermann Oberth
O Hotel Double Tree em
que ficamos em Sighisoara estava em promoção e tinha uma gostosa piscina na
qual aproveitamos para relaxar!
Foto - Romênia -
Piscina no Hotel Double Tree em Sighisoara
De Sighisoara fomos
para Sibiu.
Foto - Romênia - Sibiu
Uma das suas principais
atrações é a Catedral Evangélica que conta com um belo órgão de 1772.
Foto - Romênia -
Catedral Evangélica de Sibiu
Subimos até o alto
desta igreja: o visual da cidade de Sibiu vista de cima é fantástico.
Foto - Romênia - Vista
da cidade de Sibiu
A viagem pelas estradas
da Transilvânia foi bastante interessante.
Foto - Romênia -
Cachorro ao lado da estrada na Transilvânia
Uma das curiosidades
para observar na beira da estrada são os ninhos de pássaros grandes feitos
sobre postes.
Foto - Romênia - Ninho
de pássaros ao lado da estrada
Também pudemos observar
vários rebanhos de ovelhas sendo conduzidos por pastores nesta região
interiorana.
Foto - Romênia - Pastor
com ovelhas na Transilvânia
No último dia que
estivemos em Bucareste de novo, aproveitamos uma promoção e nos hospedamos no
Hotel Ramada Majestic que tinha uma boa piscina interna para a gente relaxar.
Foto - Romênia -
Piscina no Hotel Ramada Majestic em Bucareste
Ainda saímos para
jantar uma boa refeição: uma suculenta sopa e um grande copo de cerveja
Guinness escura!
Foto - Romênia - Sopa e
cerveja Guinness em Bucareste
Pegamos, então, um
avião em Bucareste e voamos para Cracóvia no sul da Polônia.
POLÔNIA
A Polônia é um país de
maioria católica (terra do Papa João Paulo II) e que sofreu ao longo da
história por estar bem no meio de grandes vizinhos: principalmente a Alemanha a
oeste e a Rússia a leste, mas também a Suécia ao norte e a Áustria ao sul. O
estado polonês foi estabelecido em meados do século X, mas foi invadido, fragmentado
e partilhado ao longo dos séculos. Após a primeira guerra mundial, a
independência da Polônia foi restabelecida, mas isto durou até os nazistas
invadirem a Polônia (a partir do oeste) em 1 de setembro de 1939 dando início à
Segunda Guerra Mundial. Os soviéticos como resposta invadiram a Polônia a
partir do leste em 17 de setembro de 1939 e o território polonês acabou novamente
partilhado entre alemães e soviéticos. Grande parte da política de genocídio
realizada por nazistas contra prisioneiros judeus de toda a Europa, foi
executada nos campos de extermínio construídos pelos alemães em território
polonês: Auschwitz, Belzec, Sobibor, Treblinka, Chelmno e Majdanek. Dos seis
milhões de judeus assassinados pelos nazistas, cerca de três milhões eram judeus
poloneses. Desde o pós-guerra até 1989 a Polônia teve um regime comunista
aliado da União Soviética. A Polônia entrou na União Europeia em 2004 e
atualmente tem cerca de 38 milhões de habitantes. Para viajarmos pela Polônia
(e também pela Eslováquia) alugamos um carro Megane da Renault. O meu irmão
Roberto tinha viajado pela região um ano antes e tinha adquirido um GPS: ele
nos emprestou este GPS (com a voz de uma mulher portuguesa), o que foi muito
útil em nossa viagem! Basicamente conhecemos o sul da Polônia.
Cracóvia, no sul do
país, é a segunda maior cidade de Polônia, depois da capital Varsóvia. Sua
população é de aproximadamente 750 mil pessoas.
Foto - Polônia -
Cracóvia na região perto do hotel em que ficamos
Durante a ocupação
nazista, ocorreu uma tentativa de germanização do sul da Polônia (onde as
tropas alemãs formaram um “governo geral”) com, por exemplo, a troca de placas
e nomes de ruas de uma grafia polonesa para uma grafia alemã. A praça central
da cidade de Cracóvia é belíssima.
Foto - Polônia - Praça central
de Cracóvia
Andando pelas ruas de
Cracóvia, nos deparamos com um músico que tocava as canções em ... copos!
Fantástico.
Foto - Polônia –
Tocando música em copos em Cracóvia
Em Cracóvia há também o
castelo de Wawel que pode ser visitado.
Foto - Polônia -
Castelo Wawel em Cracóvia
Deste Castelo é
possível ter uma bela visão do Rio Vístula que passa pela cidade.
Foto - Polônia - Rio
Vístula em Cracóvia
Grande parte desta
cidade foi preservada de bombardeios durante a segunda guerra mundial e acabou
conservada em termos históricos.
Foto - Polônia - Vista
da cidade de Cracóvia
Uma das atrações da
cidade que vale a pena ser visitada é o museu da fábrica de Schindler, um
empresário alemão que salvou centenas de judeus da morte, exigindo das tropas
de ocupação nazistas que eles fossem mantidos vivos para poder trabalhar em sua
fábrica de panelas. De início seu objetivo oportunista era aumentar a
lucratividade de sua empresa, mas com o tempo ele acabou dedicando-se extraordinariamente
em salvar as vidas de seus empregados judeus.
Foto - Polônia - Museu
da Fábrica de Schindler
Esta história ficou
imortalizada no famoso filme de Steven Spielberg “A lista de Schindler” de
1993, com o ator Liam Neeson no papel principal do empresário Oskar Schindler.
O trailer deste comovente filme pode ser visto em: <https://www.youtube.com/watch?v=M5FpB6qDGAE>.
A nota do site IMDB que valia filmes é bem alta: 8,9. Informações e resenhas em
inglês sobre este filme podem lidas em: <http://www.imdb.com/title/tt0108052/?ref_=nv_sr_1>.
Foto - Polônia - Museu
da Fábrica de Schindler em Cracóvia
Em uma das belas
igrejas da cidade, pudemos assistir um concerto de músicas clássicas feito com
instrumentos de corda: pudemos escutar, por exemplo, uma belíssima versão de
“Danúbio Azul”, valsa composta por Johann Strauss em 1867 e que ficou sendo
mais conhecida ainda por ser o tema de abertura do filme clássico de ficção
científica “2001 – Uma odisseia no espaço”, numa cena belíssima de 10 minutos,
que pode ser assistida em: <https://vimeo.com/89440753>.
Foto - Polônia -
Concerto em Igreja de Cracóvia
Perto de Cracóvia fomos
visitar uma das minas de sal mais antigas do mundo, em Wieliczka: ela foi
criada no século XIII e tem 237 metros de profundidade.
Foto - Polônia - Mina
de sal perto de Cracóvia
Esta mina de sal é um
dos monumentos históricos da Polônia. O site com informações acerca do local é:
<http://www.wieliczka-saltmine.com/>.
Foto - Polônia -
Esculturas na mina de sal Wieliczka
Há toda uma variedade
de diferentes esculturas de sal para serem admiradas e um bom restaurante na
parte mais profunda da mina, no final do passeio.
Foto - Polônia -
Escultura de Sal
A 66 km a oeste de
Cracóvia (indo no sentido da Alemanha) fica o campo de extermínio de Auschwitz
(este é o nome grafado de modo alemão da pequena cidade polonesa de Oswiecim),
o maior campo de extermínio nazista construído durante a segunda guerra
mundial. Estima-se que neste campo de extermínio foram assassinados cerca de 1
milhão de judeus de diferentes regiões da Europa, que foram trazidos pelos
trens da morte. Aqui foram mortos mais de 200 mil crianças e adolescentes. Em
Auschwitz ocorreu um dos maiores homicídios em massa da história da humanidade.
Fizemos uma visita
guiada em espanhol que foi muito educativa. Durante esta visita foi explicado
que a partir de 1942 quando os alemães começaram a perder batalhas para os
soviéticos no frente leste, como forma de “compensação” política, os nazistas alemães
começaram a implementar a sua infame política de “solução final” para o
“problema judeu” que consistia em matar civis em campos de extermínio como
Auschwitz por meio do gás venenoso Zyklon B, um pesticida feito a base de ácido
cianídrico, cloro e nitrogênio.
Foto - Polônia -
Auschwitz
Visitar esta verdadeira
fábrica de morte é importante e elucidativo para refletir sobre a crueldade e a
barbárie que pode ser produzida pela nossa espécie humana!
Foto - Polônia - Lata
de veneno para matar seres humanos
Numa entrada deste
campo de extermínio, estava escrito em alemão “Arbeit macht frei”, ou seja, “O
trabalho liberta”: o cinismo fez os alemães colocarem uma placa falando em
liberdade na entrada de um local dedicado a morte!
Foto - Polônia -
Auschwitz - Portão de entrada com a inscrição “Arbeit macht frei” (“O trabalho
liberta”)
Há muitos grupos
neonazistas que tentam negar o holocausto de milhões de judeus assassinados por
nazistas durante a segunda guerra mundial. Por isso, há um prédio inteiramente
dedicado a provas materiais dos crimes (“material proofs of crimes”)
perpetrados pelos nazistas contra prisioneiros deste campo de extermínio,
sobretudo judeus, mas também ciganos, russos, nacionalistas poloneses e
comunistas em geral.
Foto - Polônia - Prédio
com "Material proof of crimes" (“Provas materiais dos crimes”)
Vale a pena passar o
dia inteiro visitando as diversas instalações de Auschwitz, para conhecer
melhor este período trágico da história humana. Este campo de extermínio foi
construído em um antigo alojamento militar polonês: hoje é um museu memorial dedicado
a preservar a memória deste período terrível da história da humanidade. Foi nas
instalações de Auschwitz que o sádico médico alemão Josef Mengele fez suas
experiências cruéis com seres humanos, de acordo com a sua ideologia nazista e
racista. Na entrada de um dos prédios estava escrito para todos lerem a conhecida
frase de George Santayana: “Those Who do not remember the past are condemned to
repeat it” (“Aqueles que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo”).
Foto - Polônia – “Aqueles
que não se lembram do passado estão condenados a repeti-lo”
Como o campo original
de Auschwitz era insuficiente para os propósitos ensandecidos dos nazistas,
estes construíram nas proximidades um outro campo imenso, denominado Birkenau
(ou Auschwtiz II) que pode ser conhecido no mesmo dia em que se visita
Auschwitz.
Foto - Polônia - Campo de Birkenau
No final de 1944 e
início de 1945 com o avanço do exército vermelho da União Soviética e o recuo
dos alemães, os nazistas tentaram destruir todas as provas de seus crimes neste
campo de extermínio, mas como quase todo criminoso, não foram 100% eficazes
neste sentido. Foram mantidos intactos fornos crematórios, por exemplo. Além
disso, o capitão do exército polonês Witold Pilecki que esteve em Auschwitz
como prisioneiro por 945 dias, conseguiu recolher evidências e informações
sobre o genocídio durante a guerra, enviando-as junto com relatórios detalhados
para as tropas aliadas na Inglaterra, que diga-se de passagem pouco fizeram
para tentar atrapalhar os nazistas de cumprirem seus objetivos genocidas. Em 17
de janeiro de 1945, o comando da SS em Berlim deu ordens para que todos os
prisioneiros restantes em Auschwitz fossem executados, mas em meio ao caos da
retirada nazista na época, a ordem não foi levada adiante. Os 7500 prisioneiros
restantes deixados em Auschwitz foram libertados em 27 de janeiro pelo Exército
Vermelho: entre os artefatos (“provas”) do genocídio encontrados pelos russos
estavam 348.820 ternos de homem e 836.255 vestidos de mulheres, além de montanhas
de óculos, cabelos humanos e calçados, muitos deles em tamanhos infantis.
Foto - Polônia - Fornos
crematórios
A série de seis
documentários intitulada “Auschwitz: Os nazistas e a solução final” produzido
pela BBC é uma excelente fonte para compreender este genocídio; o episódio 4
denominado “Corrupção” pode ser assistido legendado em: <https://www.youtube.com/watch?v=nJoXAhp8hj0>.
Um dos melhores filmes
sobre esta política de extermínio e que mostra a cumplicidade da ciência e da
religião (inclusive do Papa Pio XII que ficou tristemente conhecido como o Papa
de Hitler) com a Holocausto é “Amém” produzido pelo cineasta Costa-Gravas. O
trailer deste excelente filme pode ser visto em: <https://www.youtube.com/watch?v=9vrlk4ZBGOg>.
O filme “Amém” dublado em espanhol pode ser assistido em: <https://www.youtube.com/watch?v=NGzgb_7B3QI>.
Mais informações sobre o Memorial e Museu Auschwitz-Birkenau podem ser obtidas
em: <http://auschwitz.org/en/>.
Fomos também a Belzec,
um outro campo de extermínio construído pelos nazistas na Polônia, situado nas proximidades
com a fronteira com a Ucrânia no leste do país.
Foto - Polônia -
Entrada do campo de extermínio de Belzec
Em Belzec foram mortos
cerca de meio milhão de prisioneiros, a esmagadora maioria consistindo de
judeus.
Foto - Polônia - Campo
de Belzec
Os nazistas destruíram
o campo de Belzec quando perceberam que estavam perdendo a guerra, inclusive
queimando muitos milhares de corpos que tinham sido enterrados. No museu que existe no local hoje, há uma
placa com declarações de Hitler de 1919 (20 anos antes do início da segunda
guerra mundial): “O nosso firme propósito final tem que ser a completa
destruição dos judeus”.
Foto - Polônia - Placa
com declarações de Hitler no museu de Belzec (“O nosso firme propósito final
tem que ser a completa destruição dos judeus”)
Mais informações sobre
o Memorial e Museu do Campo de Extermínio de Belzec podem ser obtidas em: <http://www.belzec.eu/en>.
Foto - Polônia –
Memorial do Campo de Belzec
Fomos então até a
cidade de Przemysl que fica bem próxima a fronteira com a Ucrânia.
Foto - Polônia - Praça
em Przemysl
Deixamos o carro no
hotel desta cidade e pegamos um táxi até a fronteira com a Ucrânia.
UCRÂNIA
Atravessamos a
fronteira da Polônia com a Ucrânia a pé (a partir da cidade polonesa de
Przemysl pegamos um taxi por alguns quilômetros até a fronteira). Todos os
guias que lemos aconselhavam a não entrar dirigindo carro estrangeiro na
Ucrânia, devido à fama de corrupta da polícia local. Após cruzar a fronteira, pegamos
então um micro-ônibus que percorreu rapidamente os 100 km até Lviv, uma bela
cidade ucraniana situada no extremo oeste do país.
Foto - Ucrânia - Centro
de Lviv
A Ucrânia é um país que
usa o alfabeto cirílico e que pertenceu a antiga União Soviética. A sua
população atual é de cerca de 44 milhões de habitantes e a capital é Kiev,
situada na região central do país. A idade de ouro de Kiev ocorreu entre os
anos 800 e 1100, portanto há cerca de mil anos.
Foto - Ucrânia - Biblioteca
de Lviv escrita no alfabeto cirílico
A Ucrânia foi uma das
maiores repúblicas da antiga União Soviética, sendo tradicionalmente uma grande
produtora de alimentos. Em 2014 ocorreram episódios violento de luta pelo poder
central na Ucrânia, com a subida ao poder de grupos considerados mais
favoráveis a uma aproximação com a União Europeia e a um afastamento da Rússia.
Muitos entendem que o que ocorreu na Ucrânia foi uma espécie de golpe contra o
governo que existia e que havia sido eleito, e que foi deposto na época. Alguns
dos grupos que apoiaram esta deposição eram abertamente de cunho nazista.
Foto - Ucrânia - Teatro
de Ópera e Balé de Lviv
A cidade de Lviv é
belíssima e muito bem preservada historicamente.
Foto - Ucrânia - Rua de
Lviv
Lviv tem atualmente
cerca de 800 mil habitantes e antes de pertencer à Ucrânia, esteve sob controle
da Polônia e da Áustria.
Foto - Ucrânia - Estação
de trem de Lviv
Andar pelas ruas das
cidades nos propicia muitas descobertas.
Foto - Ucrânia -
Fazendo bolhas gigantes em Lviv
Vimos um sujeito
fazendo grandes bolhas que divertiam as crianças. Vimos também uma pessoa que
flutuava em uma calçada: este truque que já tínhamos documentado na Itália e na
Irlanda, é produzido por um campo magnético que é o responsável pela flutuação
da pessoa.
Foto - Ucrânia -
Flutuando em Lviv
Depois de dormirmos uma
noite em Lviv, voltamos com o micro-ônibus para a fronteira Ucrânia-Polônia e
depois de passarmos pela alfândega ucraniana, mas antes de passarmos pela
alfândega polonesa, fomos pegos por uma tempestade de verão que nos deixou
completamente molhados (mesmo com o guarda-chuva precário que tínhamos), pois
estávamos em um local desabrigado e desprotegido em uma fila junto de muitos
outros ucranianos, justamente tentando entrar de volta na União Europeia! Após
ficarmos um bom tempo ali no relento (parte deste tempo na chuva), o policial
polonês, nos informou que pelo fato de não sermos ucranianos, mas sim turistas
brasileiros, poderíamos ter evitado a fila, indo direto por outra porta!
Informação obtida tarde demais... Dormimos no hotel em Przemysl (Polônia),
pegamos o carro e no dia seguinte percorremos de novo um trecho do sul da
Polônia e atravessamos a fronteira com a Eslováquia.
ESLOVÁQUIA
A Eslováquia formava a
Tchecoslováquia com a atual República Tcheca, durante as quatro décadas de
guerra fria; a divisão da Tchecoslováquia em suas duas partes ocorreu em 1992,
após a queda do muro de Berlim. A Eslováquia é um país com aproximadamente 5 milhões
de habitantes. Bratislava é a sua capital. O país foi aceito na zona do euro em
2009. Povos de origem eslava chegaram nesta região, por volta dos séculos V e
VI, na época da queda do Império Romano.
Entramos na Eslováquia
pela sua região nordeste, pela fronteira com a Polônia. Esta é uma região
montanhosa que abrigou no final da segunda guerra mundial uma grande e
importante batalha entre os soviéticos que avançavam com o exército vermelho e
os alemães que estavam recuando. Ao lado da estrada há um monumento com dois
tanques lembrando a famosa batalha da passagem de Dukla, entre soviéticos e
alemães. Uma boa explicação deste episódio histórico em inglês está em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_the_Dukla_Pass>.
Foto - Eslováquia -
Batalha dos Cárpatos do leste
Passamos também pelo
Castelo de Spis, o mais bem preservado castelo medieval em território eslovaco.
Foto - Eslováquia -
Divina em frente ao castelo de Spis
É belíssimo o visual a
partir do castelo que fica no alto de uma montanha.
Foto - Eslováquia -
Visão do castelo de Spis
No caminho para
Bratislava, que fica perto da fronteira oeste do país, passamos também perto das
Montanhas Tatras (“High Tatras”) que no inverno é uma região onde se pratica
muito o esqui em neve.
Foto - Eslováquia -
Montanhas Tatras
Estes "High Tatras" são realmente majestosos!
Na estrada a caminho de Bratislava passamos por um belo campo de girassóis. Mandamos a foto do campo de girassóis pelo whatsapp para nossos familiares e minha irmã (Renata) me escreveu salientando uma coincidência, pois naquele mesmo dia ela e o meu pai (Wilmes) estavam preparando uma cerimônia religiosa que ocorreria, em lembrança da memória de minha mãe (Cândida) que tinha falecido um ano antes: a coincidência foi que eles tinham separado para a cerimônia justamente uma bela foto da minha mãe bem no meio de um campo de girassóis!
Foto - Eslováquia - High Tatras
Na estrada a caminho de Bratislava passamos por um belo campo de girassóis. Mandamos a foto do campo de girassóis pelo whatsapp para nossos familiares e minha irmã (Renata) me escreveu salientando uma coincidência, pois naquele mesmo dia ela e o meu pai (Wilmes) estavam preparando uma cerimônia religiosa que ocorreria, em lembrança da memória de minha mãe (Cândida) que tinha falecido um ano antes: a coincidência foi que eles tinham separado para a cerimônia justamente uma bela foto da minha mãe bem no meio de um campo de girassóis!
Foto - Eslováquia -
Campos de Girassóis
Chegando em Bratislava,
capital do país, com cerca de 400 mil habitantes, deixamos nossas coisas no
hotel reservado pelo site booking.com e saímos para passear.
Foto - Eslováquia -
Visão de Bratislava
Bratislava fica bem
perto de outras capitais europeias, como Budapeste e Viena.
Foto - Eslováquia - Rua
de Bratislava
Bratislava é uma cidade
bonita e rica, como deu para perceber nas nossas caminhadas pelo centro.
Foto - Eslováquia -
Teatro Nacional em Bratislava
Há muitas igrejas e
museus na cidade de Bratislava: é uma cidade que pulsa em termos culturais.
Foto - Eslováquia - Catedral
de San Martin em Bratislava
A grande atração da
cidade é o Castelo de Bratislava.
Foto - Eslováquia -
Jardim do Castelo de Bratislava
Entramos e conhecemos
as diversas salas deste castelo que é uma bela obra arquitetônica cheia de
obras de arte e imensos espelhos.
Foto - Eslováquia -
Dentro do castelo de Bratislava
A vista do rio Danúbio,
a partir do castelo de Bratislava é muito bonita.
Foto - Eslováquia -
Vista de Bratislava e do rio Danúbio
A ponte nova (“Most
SNP”) sobre o rio Danúbio, construída na época do regime comunista é uma obra
bastante bizarra, pois parece uma nave espacial.
Foto - Eslováquia -
Nova ponte em Bratislava - Most SNP
Finalmente, fomos
conhecer o Panteão do Memorial da Guerra (“Slavín War Memorial”), construído
também na época do regime comunista.
Foto - Eslováquia -
Panteão do Memorial da Guerra em Bratislava
O objetivo desta praça
imensa que fica no alto de uma montanha é ressaltar o esforço do exército
vermelho soviético em libertar a cidade de Bratislava do domínio nazista.
Foto - Eslováquia -
Ricardo no Panteão do Memorial da Guerra em Bratislava
Foi uma batalha
sangrenta já no final da segunda guerra mundial, quando o exército vermelho
avançava para derrotar os nazistas e chegar em Berlim, capital da Alemanha.
Foto - Eslováquia -
Memorial em homenagem aos soldados soviéticos que morreram na libertação de
Bratislava
Numa das noites em que
estávamos em Bratislava, nós dois ficamos doentes, passamos muito mal e
precisamos ativar o nosso seguro saúde que sempre fazemos quando viajamos. Uma
médica com um auxiliar enfermeiro veio até o hotel onde estávamos nos examinar
(era depois da meia-noite) e tivemos que ficar de repouso absoluto no dia
seguinte. Mas sobrevivemos.
Voltamos para Cracóvia
na Polônia, onde pegamos um avião de volta para Bucareste na Romênia e desta
cidade voamos de volta para São Paulo, via Istambul.
Chegando ao Brasil,
almoçamos com nossos familiares, em Mogi das Cruzes, em uma festa para o
aniversário de nossa sobrinha Natália.
Foto - Volta da viagem
- Almoço em família
Pegamos o carro e ao
voltar para Ubatuba, onde moramos, passamos pelo centro de Caraguatatuba e na
praça do coreto vimos que ocorria uma manifestação contra o governo golpista de
Michel Temer com vários dos meus estudantes do câmpus de Caraguatatuba do Instituto
Federal de São Paulo (IFSP). Aproveitamos para tirar uma foto com os
manifestantes.
Foto - Volta da viagem –
“Fora Temer” na praça do coreto de Caraguatatuba
Este blog defende a
posição de que o impeachment da presidente Dilma foi uma farsa golpista que
destituiu uma governante eleita por 54 milhões de votos, sem a comprovação de
que ela tivesse realizado qualquer crime e sem nenhuma denúncia de que ela
tivesse enriquecido a partir do desvio de dinheiro público. Este golpe contra a
democracia já produziu e, com certeza, ainda vai produzir mais consequências
trágicas para o Brasil. A História com certeza demonstrará isto. A presidente
Dilma cometeu vários erros (como outros governantes), mas não cometeu qualquer
crime de responsabilidade e o seu afastamento do modo como ocorreu foi muito
ruim para a nação e a democracia brasileira, pela instabilidade que provocou e
provocará. Chegar ao poder por meio de um verdadeiro golpe, como ocorreu com
Michel Temer não é um bom sinal.
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